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Avanço da colheita no Brasil deve impactar preços da soja? Confira análise

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O foco segue segue especialmente para as lavouras da América do Sul, onde o mercado espera conhecer o tamanho da safra na Argentina

O andamento da colheita brasileira de soja pode determinar novos rumos para o mercado na próxima semana. O foco segue especialmente para as lavouras da América do Sul, onde o mercado espera conhecer o tamanho da safra na Argentina.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na semana que vem. As dicas são
do analista da Safras & Mercado, Luiz Fernando Roque.

– A soja em Chicago segue de lado, esperando o avanço da colheita brasileira, a definição da safra na Argentina e os próximos movimentos da China no mercado. Enquanto isso, embora volátil, continua respeitando um intervalo
estreito de atuação. O avanço da colheita no Brasil deve servir de gatilho para uma movimentação mais intensa da China em direção a América do Sul. E isso deve favorecer uma acomodação negativa nos preços da soja na bolsa norte-americana;

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– A soja na CBOT sustenta um bom aspecto técnico, em típico movimento de consolidação lateral. A posição Maio/21 encontra 1 suporte em US$ 13,33 e o 2o em 12,97 bu. E deve enfrentar a 1 resistência em US$ 14,06 e a 2 em 14,44

– O Fórum do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou as expectativas e indicou aumento forte na área plantada de soja nos EUA em 2021 (+8,3%). No combo, indica não só o aumento na área como também a elevação na produção e recuperação dos estoques. Os estoques não subiram tanto como esperado, por conta da maior demanda. Tudo isso precisa ser confirmado, o que depende, entre outras coisas, do clima, mas sem dúvida, traz um viés negativo aos preços. Muito embora os baixos estoques atuais nos EUA devem servir como contraponto, suavizando a pressão sobre as cotações;

– Mas o foco atual do mercado é a América do Sul, iniciando pela safra brasileira. O prêmio pago pela soja brasileira em Paranaguá recuou significativamente, girando entre +16 a +24 cents para embarque maio. Um patamar bem inferior aos +52 cents do final de janeiro. Para posições imediatas a soja brasileira é bidada a -5 enquanto a oferta pede +15 cents/bu;

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– O tombo no prêmio forja um realinhamento negativo nos preços físicos internos. E assim, a soja em Rondonópolis caiu a R$ 153 a saca no disponível, contra R$ 158 na semana passada. A falta de direção na CBOT e a volatilidade cambial servem como contraponto aliviando a pressão sobre o mercado, que deve aumentar com a melhora oferta disponível;

– O dólar segue em crise de direção, atento à cena externa e preocupado com o risco fiscal interno. E deve seguir volátil, pelo menos no curto prazo, o que pode ser bom para o preço da soja. Já a leitura mais longa aponta para um dólar mais fraco.

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Produção brasileira cresce e reforça posição de destaque no mercado global

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A suinocultura brasileira vive um período de expansão e consolidação, com números que mostram sua relevância tanto no mercado interno quanto externo. Entre 2015 e 2023, a produção de carne suína no Brasil cresceu expressivos 54,4%, passando de 3,4 milhões para 5,2 milhões de toneladas. Esse avanço posiciona o país como o quarto maior produtor mundial, atrás apenas da China, União Europeia e Estados Unidos.

O consumo de carne suína também tem ganhado espaço à mesa dos brasileiros. Em 2015, o consumo per capita era de 15,1 kg; em 2023, esse número chegou a 20,6 kg. O reconhecimento pela qualidade do produto tem ajudado a impulsionar esse crescimento, conforme destaca Marcelo Lopes, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS): “O mercado interno está aprendendo a reconhecer a qualidade da carne suína, enquanto no mercado externo batemos recordes de exportação.”

Nas exportações, o avanço foi ainda mais notável: um salto de 130,3% no mesmo período. Em 2023, o Brasil exportou 1,08 milhão de toneladas de carne suína, consolidando-se como um fornecedor de peso no mercado global.

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Um dos pilares do sucesso brasileiro no setor é o modelo integrado de produção, que abrange cerca de 45% das granjas do país. Essa integração entre produtores e indústrias começou no Sul e se expandiu para regiões com maior disponibilidade de grãos, como o Centro-Oeste. Essa organização eficiente é complementada pela excelência sanitária brasileira, fator essencial para conquistar mercados exigentes.

O Brasil mantém um rígido controle de rastreabilidade, passando por quarentenas rigorosas e adotando práticas que garantem o bem-estar animal e a sustentabilidade. Essa estrutura tem sido um diferencial competitivo frente a concorrentes globais.

O crescimento da suinocultura no Brasil é puxado por estados com forte tradição agropecuária. No terceiro trimestre de 2024, o abate de suínos no país aumentou 2,1%, totalizando 14,95 milhões de cabeças. Entre os destaques regionais estão:

  • Rio Grande do Sul: aumento de 197,99 mil cabeças.
  • Minas Gerais: incremento de 79,47 mil cabeças.
  • Mato Grosso do Sul: crescimento de 36,64 mil cabeças.
  • Paraná: alta de 27,89 mil cabeças.
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Com a expansão da produção, o Brasil se aproxima do terceiro lugar no ranking global de produção de carne suína. No campo das exportações, a expectativa é alcançar mercados ainda mais exigentes, como Japão e Coreia do Sul, e consolidar a presença nos atuais parceiros, como China e Rússia.

A Associação Brasileira de Criadores de Suínos aposta também em campanhas voltadas ao consumidor interno, buscando fortalecer a imagem da carne suína como uma opção saborosa, saudável e versátil. A combinação de inovação, qualidade e foco no consumidor promete manter a suinocultura brasileira em trajetória ascendente.

(com informações da ABCS)

Fonte: Pensar Agro

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