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Boi e café batem novos recordes no Brasil; veja notícias desta sexta-feira

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As cotações do milho também registraram valorização no último pregão. Já a saca de soja teve leve recuo mesmo com o dólar em alta

Os preços da carne bovina voltaram a recuar no atacado, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. O corte traseiro caiu para R$ 19,90 o quilo, enquanto que o dianteiro e a ponta da agulha ficaram estáveis a R$ 15,50 o quilo. O analista Fernando Iglesias aponta que as desvalorizações no atacado são as primeiras sinalizações de inversão da tendência de alta da arroba.

Apesar disso, o indicador do boi gordo do Cepea subiu 0,50% na comparação diária e passou de R$ 302,25 para R$ 303,75. Dessa forma, a cotação voltou a renovar a máxima nominal histórica da série do instituto. Em 2021, a alta acumulada chegou a 13,70%.

Milho: mercado segue com pouco volume e preços firmes

O mercado brasileiro de milho seguiu operando com pouco volume nesta semana encurtada em virtude do feriado de Carnaval. O indicador do Cepea subiu pelo quarto dia consecutivo e passou de R$ 83,80 para R$ 84,06 por saca, o maior patamar em quase um mês. Na B3, o vencimento para março teve um leve recuo e passou de R$ 86,84 para R$ 86,66 por saca.

Em Chicago, os contratos futuros de milho tiveram um pregão de cotações mais baixas, com o mercado realizando lucros das altas recentes. O vencimento para maio caiu 0,29% e saiu de US$ 5,506 para US$ 5,49 por bushel.

Soja: cotações recuam no Brasil, apesar de alta do dólar

O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), recuou 0,2% e passou de R$ 164 para R$ 163,70 por saca. Foi o menor nível da cotação desde 5 de janeiro. Ainda assim, no acumulado do ano, os preços já avançaram 6,4%. Apesar do dólar voltar a se aproximar dos R$ 5,45, o avanço da colheita vai enfraquecendo as cotações.

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Em Chicago, os contratos futuros da soja acompanharam o movimento de desvalorização observado no milho e recuaram 0,59%, de US$ 13,846 para US$ 13,764 por bushel. A expectativa de aumento da área a ser plantada nos Estados Unidos em 2021 pressionou o mercado.

Café: arábica renova recorde no Brasil e bate maior valor em cinco meses em Nova York

O indicador do café arábica do Cepea teve mais um dia de alta expressiva ao subir 2,04%, de R$ 670,04 para R$ 683,70 por saca, e renovou o recorde histórico nominal da série de preços. A cotação acompanha a força observada no exterior e ainda conta com o impulso do dólar que tem se valorizado em relação ao real.

Em Nova York, o contrato para maio subiu de US$ 1,274 para US$ 1,293 por bushel e chegou ao maior patamar de fechamento em cinco meses. Após o mercado chegar a US$ 1,22 na última sexta-feira, 12, e marcar a mínima em praticamente um mês, os preços têm encontrado forte recuperação nesta semana.

No exterior: bolsas sobem com bons dados de atividade econômica

As bolsas europeias e os futuros norte-americanos operavam em alta na abertura do dia seguindo bons dados de atividade econômica na Zona do Euro. O índice dos gerentes de compras (PMI) da região avançou ao maior nível em dois meses tanto para o setor industrial quanto para o setor de serviços. Ao longo do dia, o mesmo dado para os Estados Unidos será divulgado.

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Além dos índices de atividade econômica, na agenda de hoje dos EUA, os investidores aguardam dados de vendas de moradias e discurso de membros do Banco Central norte-americano. O mercado também monitora as discussões em torno do novo plano de estímulos proposto pelo presidente Joe Biden.

No Brasil: governo e Congresso entram em acordo por auxílio emergencial

O governo federal e o Congresso Nacional entraram em acordo nesta quinta-feira, 18, para a edição de uma medida provisória (MP) e proposta de emenda à constituição (PEC) com ajustes de despesas para liberar uma nova rodada de auxílio emergencial. A expectativa é que a proposta seja enviada para votação já na semana que vem.

O plano contou com o apoio do Ministro da Economia, Paulo Guedes, do Ministro da Secretaria de Governo, General Luiz Eduardo Ramos, e dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O formato do novo auxílio não foi divulgado, nem mesmo os valores e as parcelas.

A equipe de Guedes defende valores em torno de R$ 250 por até quatro parcelas e um programa mais focalizado, que atinja apenas a população de renda mais baixa.

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Nota Fiscal Eletrônica será obrigatória para produtores rurais a partir de fevereiro

Destinada a produtores rurais que comercializam produtos como grãos, carnes e laticínios.

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A partir de fevereiro de 2025, a Nota Fiscal de Produtor Eletrônica (NFP-e) será obrigatória, marcando uma importante etapa na digitalização do setor agropecuário brasileiro.

Destinada a produtores rurais que comercializam produtos como grãos, carnes e laticínios, a NFP-e substitui o tradicional talão de papel, trazendo mais agilidade, praticidade e segurança para as transações comerciais.

Benefícios

A NFP-e simplifica a gestão das atividades rurais, reduzindo custos operacionais ao eliminar documentos físicos e garantindo validade jurídica às transações. Além disso, a tecnologia avançada do sistema, com criptografia e certificados digitais, assegura a integridade das informações e reduz o risco de acessos não autorizados.

Ademais, a adesão ao modelo eletrônico pode ampliar o acesso a mercados mais rigorosos, como exportações e vendas públicas, muitas vezes dependentes da emissão digital de notas fiscais.

“A obrigatoriedade da NF-e para Produtores Rurais é fundamental para modernizar o setor agropecuário, facilitando a organização financeira, reduzindo a burocracia e aumentando a segurança jurídica. Além disso, a NF-e combate a sonegação fiscal, promove maior transparência nas transações e incentiva a profissionalização do agronegócio”, avalia Lucas Simer, advogado especialista em Direito Tributário.

Cronograma de implementação

A obrigatoriedade da NFP-e será implantada em duas etapas:

  1. A partir de 3 de fevereiro de 2025: produtores que faturaram mais de R$ 360 mil em 2023 ou 2024 e aqueles que realizam vendas para outros estados deverão adotar a NFP-e.
  2. A partir de 5 de janeiro de 2026: todos os demais produtores deverão se adequar ao sistema eletrônico.
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Como se preparar para a NFP-e

Para garantir a conformidade com a obrigatoriedade, é fundamental que os produtores rurais sigam um passo a passo estruturado:

  1. Credenciamento junto à Secretaria da Fazenda: Cada estado possui requisitos específicos para o credenciamento. É essencial verificar os procedimentos locais e manter os dados cadastrais atualizados.
  2. Aquisição de certificado digital: O certificado digital e-CPF é indispensável para assinar eletronicamente as NFP-e, garantindo validade jurídica e segurança. Escolha uma Autoridade Certificadora confiável para emitir o documento.
  3. Escolha de um sistema emissor: O software para emissão de notas fiscais deve ser confiável e, preferencialmente, integrar ferramentas de gestão empresarial (ERP), permitindo a automação da gestão financeira e fiscal.
  4. Preenchimento adequado das notas: É essencial inserir corretamente as informações obrigatórias, como descrição dos produtos, quantidade e dados do comprador, para evitar rejeições fiscais. Investir em treinamento da equipe responsável pode otimizar o processo.
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