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Boi gordo vai a R$ 310 e milho e soja batem recorde; veja notícias desta quarta

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No mercado financeiro, as atenções estão voltadas à aprovação da PEC Emergencial no Brasil e do pacote de estímulos nos Estados Unidos

Boi: Safras & Mercado registra arroba a R$ 310 em São Paulo

A consultoria Safras & Mercado registrou nova alta da arroba do boi gordo em São Paulo. Os preços avançaram de R$ 309 para R$ 310 na praça no levantamento diário da consultoria. De acordo com a análise da empresa, as valorizações ocorrem na esteira do cenário permanente de oferta restrita e da nova rodada de desvalorização do real em relação ao dólar. Com isso, os frigoríficos exportadores conseguem ser mais agressivos na compra do gado.

Na B3, os contratos futuros do boi gordo subiram seguindo o movimento do mercado físico. O vencimento para março passou de R$ 307,55 para R$ 308,75, do abril foi de R$ 304,75 para R$ 305,25 e do maio, de R$ 299 para R$ 299,85 por arroba.

Milho: preços têm nova alta, mas negócios são escassos

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), subiu pelo sétimo dia consecutivo e renovou a máxima histórica. A cotação variou 0,28% em relação ao dia anterior e passou de R$ 89,63 para R$ 89,88 por saca. Os negócios estão escassos em virtude do foco do produtor na colheita da soja e, dessa maneira, este cenário de oferta restrita suporta as cotações.

Em Chicago, os contratos futuros de milho tiveram recuo ao reagirem ao relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O documento manteve a projeção de 1,502 bilhão de bushels para o estoque final de passagem da safra 2020/2021. Porém, o mercado esperava redução da estimativa para 1,46 bilhão de bushels. O contrato com vencimento para maio caiu 0,26% e passou de US$ 5,47 para US$ 5,456 por bushel.

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Soja: cotações têm terceiro seguido dia de valorização

O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) chegou ao terceiro dia consecutivo de alta, de forma que apenas neste período, o avanço foi de 4,3%. A cotação variou 0,71% em relação ao dia anterior e passou de R$ 178,03 para R$ 179,3 por saca. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 16,5%. Em 12 meses, os preços alcançaram 94,22% de alta.

Na Bolsa de Chicago, a cotação do contrato para maio voltou a marcar uma nova máxima de fechamento para o ano. O preço subiu 0,45% e passou de US$ 14,336 para US$ 14,40 por bushel. O mercado chegou a recuar após o relatório do USDA, mas se recuperou ao final do pregão com os investidores monitorando com preocupação o clima na América do Sul.

Café: saca se recupera das quedas dos últimos dias

O indicador do café arábica do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, se recuperou após quatro dias de quedas. A cotação variou 0,92% em relação ao dia anterior e passou de R$ 730,76 para R$ 737,48 por saca. Desta forma, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 21,56%. Em 12 meses, os preços alcançaram 35,5% de valorização.

Os preços no Brasil seguiram o movimento de recuperação do arábica em Nova York, que subiu pelo segundo dia seguido, após ter recuado por seis dias consecutivos. O contrato com vencimento para maio, o mais líquido no momento, teve alta de 0,97% e passou de US$ 1,2915 para US$ 1,304 por libra-peso.

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No exterior: bolsas globais tentam sustentar altas

As bolsas europeias e os índices futuros norte-americanos abrem o dia tentando sustentar as altas observadas na terça-feira após alívio nos juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. O mercado monitora atentamente a possibilidade de votação do pacote de US$ 1,9 trilhão na Câmara dos Representantes dos EUA. Se aprovado, pode ser sancionado pelo presidente Joe Biden até o final desta semana.

Apesar das leves altas do mercado de ações no início do dia, as taxas de juros dos títulos do Tesouro norte-americano por enquanto sobem um pouco em relação à terça. O destaque do último pregão foi a recuperação das ações de tecnologia nos EUA, que são os papéis que mais sofrem com aumento dos juros, pois as empresas do setor utilizam bastante o crédito barato para expansão dos negócios.

No Brasil: Câmara aprova PEC Emergencial em primeiro turno

Após um longo dia de discussões e obstruções da oposição, na madrugada desta quarta-feira, 10, a Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno o texto-base da PEC Emergencial. A proposta prevê mecanismos que limitam a despesa pública em caso de descumprimento do Teto de Gastos e viabiliza a retomada do pagamento do auxílio emergencial. A PEC foi aprovada com 341 votos favoráveis.

Para que a votação seja concluída, é necessário que os deputados ainda analisem os destaques ao texto, propostas que podem modificar a PEC, e votar o projeto em segundo turno. Foi convocada uma nova sessão deliberativa para esta quarta, às 10h, para a conclusão dos destaques e do segundo turno. Se a PEC for aprovada sem destaques adicionais, ela vai direto à sanção do presidente Jair Bolsonaro.

Canal Rural

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Produção brasileira cresce e reforça posição de destaque no mercado global

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A suinocultura brasileira vive um período de expansão e consolidação, com números que mostram sua relevância tanto no mercado interno quanto externo. Entre 2015 e 2023, a produção de carne suína no Brasil cresceu expressivos 54,4%, passando de 3,4 milhões para 5,2 milhões de toneladas. Esse avanço posiciona o país como o quarto maior produtor mundial, atrás apenas da China, União Europeia e Estados Unidos.

O consumo de carne suína também tem ganhado espaço à mesa dos brasileiros. Em 2015, o consumo per capita era de 15,1 kg; em 2023, esse número chegou a 20,6 kg. O reconhecimento pela qualidade do produto tem ajudado a impulsionar esse crescimento, conforme destaca Marcelo Lopes, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS): “O mercado interno está aprendendo a reconhecer a qualidade da carne suína, enquanto no mercado externo batemos recordes de exportação.”

Nas exportações, o avanço foi ainda mais notável: um salto de 130,3% no mesmo período. Em 2023, o Brasil exportou 1,08 milhão de toneladas de carne suína, consolidando-se como um fornecedor de peso no mercado global.

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Um dos pilares do sucesso brasileiro no setor é o modelo integrado de produção, que abrange cerca de 45% das granjas do país. Essa integração entre produtores e indústrias começou no Sul e se expandiu para regiões com maior disponibilidade de grãos, como o Centro-Oeste. Essa organização eficiente é complementada pela excelência sanitária brasileira, fator essencial para conquistar mercados exigentes.

O Brasil mantém um rígido controle de rastreabilidade, passando por quarentenas rigorosas e adotando práticas que garantem o bem-estar animal e a sustentabilidade. Essa estrutura tem sido um diferencial competitivo frente a concorrentes globais.

O crescimento da suinocultura no Brasil é puxado por estados com forte tradição agropecuária. No terceiro trimestre de 2024, o abate de suínos no país aumentou 2,1%, totalizando 14,95 milhões de cabeças. Entre os destaques regionais estão:

  • Rio Grande do Sul: aumento de 197,99 mil cabeças.
  • Minas Gerais: incremento de 79,47 mil cabeças.
  • Mato Grosso do Sul: crescimento de 36,64 mil cabeças.
  • Paraná: alta de 27,89 mil cabeças.
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Com a expansão da produção, o Brasil se aproxima do terceiro lugar no ranking global de produção de carne suína. No campo das exportações, a expectativa é alcançar mercados ainda mais exigentes, como Japão e Coreia do Sul, e consolidar a presença nos atuais parceiros, como China e Rússia.

A Associação Brasileira de Criadores de Suínos aposta também em campanhas voltadas ao consumidor interno, buscando fortalecer a imagem da carne suína como uma opção saborosa, saudável e versátil. A combinação de inovação, qualidade e foco no consumidor promete manter a suinocultura brasileira em trajetória ascendente.

(com informações da ABCS)

Fonte: Pensar Agro

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