Agronegócio
Campanha de vacinação contra a febre aftosa começa neste sábado em Mato Grosso
A nova etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa em Mato Grosso inicia neste sábado (1). Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), durante todo o mês de maio, mais de 31 milhões de cabeças de gado, entre bovinos e bubalinos, deverão ser vacinados no estado. Os pecuaristas devem fazer a comunicação da vacinação ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea MT) até o dia 10 de junho.
A comunicação com o Instituto deve ser feita via e-mail das unidades locais do Idea. Na mensagem enviada devem constar o formulário disponibilizado pela Instituto, devidamente preenchido, além da Nota Fiscal da aquisição da vacina.
De acordo com o Coordenador de Defesa Sanitária Animal, Felipe Peixoto, “desde de 2005 as etapas têm alcançado índices de vacinação superiores a 99% de bovinos e bubalinos vacinados graças ao comprometimento e dedicação dos produtores rurais de Mato Grosso”.
Ainda neste sentido, o chefe da pasta, César Miranda, reforça os esforço das entidades para manter a segurança sanitária de um dos principais setores da economia mato-grossense. “Esta é a principal etapa da campanha nacional de vacinação, pois todos os animais, de todas as idades, serão imunizados. Estamos há 25 anos sem registro da doença em Mato Grosso e Governo, pecuaristas e entidades seguem trabalhando para que tenhamos segurança sanitária neste setor que é tão importante para nossa economia”, finalizou.
Olho no Araguaia
Agronegócio
Ataque de porcos selvagens em lavouras preocupa em MT
Setor produtivo busca junto ao governo do estado uma forma legal para o controle dos animais.
/ Canal Rural
Os estragos nas lavouras em Mato Grosso provocados por porcos selvagens crescem a cada ano. Em algumas propriedades, produtores relatam perdas tanto na soja quanto no milho que chegam a mais de 10% de prejuízo. O setor produtivo busca junto ao governo do estado uma forma legal para o controle dos animais.
Em Brasnorte, região noroeste do estado, o produtor Matheus Andrzejewski, conta ao Patrulheiro Agro desta semana que esse cenário tem sido uma preocupação constante, uma vez que, ano após ano a quantidade de animais aumenta.
“No milho é uma perda significativa, chega em torno de 5 % por ano, nós estamos em uma área de safrinha de 5 mil hectares. Então, uma perda de 5% é 250 hectares, uma perda muito grande. A gente faz um investimento alto, para colher esse milho e fica na boca do porco e não temos o que fazer legalmente”, conta Matheus.
O presidente do Sindicato Rural do município explica que algum órgão do governo legalize o controle do porco selvagem. Ele explica que o ataque do animal chega à imensidão de perder todo talhão de uma lavoura. “Antes era só no milho, mas agora traz prejuízos até para a soja”.
Em Água Boa, região nordeste de Mato Grosso, o agricultor Antônio Fernandes de Mello explica que não tem como controlar os porcos selvagens.
“Você solta rojão, eles se acostumam. A princípio, se esparramam, se espalham, mas já vão se acostumando com o barulho, e logo estão de volta ali. A gente não pode fazer a caça porque é proibido, a reprodução dele é alta por causa do alimento”, explica.
Os presidentes do Sindicato Rural de Campos de Júlio e Matupá, Rodrigo Cassol e Fernando Bertolin, respectivamente, pontuam o grande crescimento do animal.
Rodrigo conta que na região, passam 600 hectares ao ano destruídos pelos porcos. “A população já está descontrolada e não tem predador suficiente, são bandos de 300 a 400 porcos, então não tem como ter controle”.
Já em Matupá, Fernando diz que os animais causam danos irreversíveis nas lavouras, principalmente, na cultura do milho, quando ela seca e os danos são acima de 10 % em muitos lugares.
Aprosoja adota tarefa de monitoramento
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) adotou uma força tarefa de monitoramento no campo. O objetivo é levantar dados assertivos que possam favorecer uma possível medida de controle populacional.
“Nós conseguimos materiais com fotos, geo localizada para mostrar o ataque que temos no milho e nas outras culturas. Após isso, a Aprosoja-MT junto com a comissão fez a compra de mais de 100 câmeras que vão conseguir monitorar dia a dia o ataque desses animais. Vemos produtores deixando de plantar de 10% a 20% a sua área para não ter essa perda. Esse é um grande problema que não atinge só o produtor, mas todo o social também”, pontua Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja-MT.
Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) está sendo discutido o projeto de lei 551/2024 que autoriza o controle populacional e o manejo sustentável do Javali europeu em todas as suas formas, linhagens, raças e diferentes graus de cruzamento no estado.
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