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Exportações do agronegócio brasileiro já somam R$ 915,78 bilhões

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De janeiro a novembro de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram R$ 915,78 bilhões, representando 48,9% do total das exportações do país no período. Este foi o segundo melhor desempenho da história, apesar da queda de 5,2% nos preços internacionais, parcialmente compensada por um aumento de 5,2% no volume exportado.

Os setores que mais contribuíram para esse resultado foram o complexo soja (R$ 313,14 bilhões), carnes (R$ 143,58 bilhões) e o complexo sucroalcooleiro (R$ 109,62 bilhões), que juntos representaram mais de 60% do total exportado. O complexo soja, mesmo com uma redução de 18,7%, manteve sua relevância, enquanto carnes e açúcar registraram crescimentos expressivos, impulsionados por recordes de embarques e ampliação de mercados.

Entre os produtos de maior destaque está o café solúvel, com exportações que totalizaram R$ 4,75 bilhões. O óleo essencial de laranja também se destacou, com R$ 2,19 bilhões exportados no acumulado até novembro. Esses números reforçam a capacidade do agronegócio brasileiro de diversificar sua pauta de exportações, levando ao mundo produtos de alto valor agregado.

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Em novembro, as exportações do setor somaram R$ 75,96 bilhões, correspondendo a 45,2% das exportações brasileiras no mês. Apesar de uma retração de 5,8% em relação a novembro de 2023, setores como carnes, café e produtos florestais registraram resultados positivos, amenizando as perdas em grãos.

O destaque foi o setor de carnes, que bateu recorde histórico para o mês, com exportações de R$ 14,7 bilhões (+30,2%). A carne bovina liderou com R$ 7,38 bilhões (+29,9%), seguida pela carne de frango (R$ 5,26 bilhões, +31,8%) e carne suína (R$ 1,73 bilhão, +30,8%). O crescimento foi impulsionado por maiores volumes exportados e preços mais altos.

As exportações de café também atingiram um recorde para novembro, somando R$ 8,82 bilhões (+84,4%), graças a um aumento de 21,8% no volume exportado e de 51,4% nos preços internacionais. União Europeia, Estados Unidos e México foram os principais destinos do café brasileiro.

Produtos florestais cresceram 29,1%, totalizando R$ 9,06 bilhões, puxados pela celulose, que gerou R$ 5,26 bilhões em receitas. Por outro lado, o complexo soja registrou queda de 50,3%, com exportações de R$ 11,16 bilhões, devido à quebra de safra e estoques reduzidos.

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As importações de produtos agropecuários alcançaram R$ 9,24 bilhões em novembro, um aumento de 14,4% em relação ao mesmo período de 2023. Entre os principais itens estão trigo (R$ 612,96 milhões; +21,2%) e salmões (R$ 456,3 milhões; +14,1%).

Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais, destacou que os resultados refletem os avanços na diversificação de mercados e produtos. “Produtos menos tradicionais da pauta exportadora cresceram 7,2% em relação ao ano anterior. Com a boa safra esperada para 2025, novas aberturas de mercados e ações de promoção comercial, esperamos um avanço ainda maior nas exportações do agronegócio brasileiro”, afirmou.

O agronegócio continua demonstrando sua força e resiliência, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores globais de alimentos e matérias-primas agrícolas, reafirmando seu papel estratégico na economia nacional.

Fonte: Pensar Agro

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Setor de máquinas agrícolas caiu 20% em 2024, diz Anfavea

Entidade não espera mudanças para 2025 e mostra preocupação com aumento de produtos importados no país

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O setor de máquinas agrícolas registrou vendas de 48,9 mil unidades no atacado em 2024. O número representa uma queda de 19,8% em comparação a 2023, mostram os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgados nesta quinta-feira (23).

A queda foi mais evidente justamente no segmento de colheitadeiras, e não tanto no dos tratores, aponta a entidade que considera que em 2025 não se espera mudança nos patamares.

“Só uma política consistente de Plano Safra pode fazer o setor ter uma recuperação ao longo deste ano”, diz a Anfavea, em nota.

Já as exportações de máquinas agrícolas tiveram queda de 31%, com envios de 6 mil unidades, e deverão crescer apenas 1% pelas projeções da Anfavea.

“O ponto de maior atenção no momento é para as importações. O crescimento acentuado dos
importados transformou o superávit em déficit na balança comercial desde o ano passado,
dobrando o déficit em 2024″, afirma o presidente da Associação, Márcio de Lima Leite.

A preocupação se justifica nos números: mais de 55% das máquinas importadas são oriundas da China e 26% da Índia. A participação da China na importação de máquinas nas Américas foi de 7,7% para 12,7%.

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“Nos causa grande preocupação o aumento da participação das máquinas importadas nas compras públicas, com destaque para as empresas com menos de 20 empregados. Estamos levando ao poder público essa questão que prejudica o nível de emprego no Brasil, a competitividade das nossas empresas, a inovação e até o atendimento dos clientes, que no final do processo sofrem com falta de uma rede confiável para assistência técnica. O resumo é que todos no país saem perdendo”, avalia Leite.

Diante dos índices negativos para o setor, a Anfavea divulgou a sua agenda prioritária para 2025 com seis metas:

  • Criação de condições atrativas de financiamento do Plano Safra e do BNDES para máquinas agrícolas e de construção, além de novas fontes de crédito
  • Recomposição da alíquota do Imposto de Importação, de 14%
  • Políticas de garantia e financiamento para exportação
  • Reindustrialização da cadeia de fornecedores
  • Renovação da frota de máquinas agrícolas e de construção, e expansão da mecanização
  • Aperfeiçoamento da política de compras públicas de máquinas, sem prejuízo à indústria local, ao emprego e à inovação
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