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MT investe R$ 3,5 milhões em melhoramento genético para aumentar produção de leite

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Programa ‘MT Produtivo Leite’ beneficia produtores familiares de 33 cidades, com doação de semên bovino e transferência de embriões

Doação de sêmen bovino, fertilização in vitro e transferência de embriões são as ferramentas que o governo do Mato Grosso, por meio da secretaria da Agricultura Familiar (Seaf), adotou para melhorar geneticamente o rebanho leiteiro de Mato Grosso. A iniciativa, conhecida como ‘MT Produtivo Leite’, beneficia produtores familiares de 33 cidades, abrangendo todas as setes regiões do estado.

Segundo o secretário de agricultura familiar, Silvano Amaral, a expectativa é aumentar a produção leiteira. Atualmente, cada vaca produz em média quatro litros de leite por dia e o objetivo é aumentar esse número em dez anos. “Esse aumento de produção representará mais renda ao pequeno produtor, e ainda diminui a capacidade ociosa das indústrias de laticínios, ajudando a movimentar todo o comércio da cadeia produtiva”, explica. Segundo o secretário, os investimentos em melhoramento genético do rebanho leiteiro já alcançaram R$ 3,5 milhões.

A médica veterinária Vânia Ângela Kohl e o engenheiro agrônomo Avelino Taques Neto, ambos responsáveis pelo programa da Seaf, acrescentam que nos últimos três meses o Governo do Estado distribuiu 5 mil doses de sêmen bovino sexado (fêmea) e 10 mil doses de sêmen convencional. As doses de sêmen são de cinco raças com forte potencial para produção leiteira: holandesa, jersey, girolando ¾, girolando 5/8 e gir leiteiro.

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Além das doses de sêmen bovino, o programa adota ainda o fornecimento de prenhezes com a transferência de embriões. Estão em andamento a realização de 650 prenhezes nas cidades de Aripuanã, Campinápolis, Juína, Itanhangá e Terra Nova do Norte. “Na prática essa ação consiste em promover em laboratório a fertilização in vitro, e em seguida a transferência de embrião para a vaca. Essa transferência é realizada por uma empresa especializada, contratada através de licitação, que executa todo o trabalho e é remunerada por prenhez confirmada, sexada de fêmea aos 60 dias de gestação”, relata Kohl.

A médica veterinária explica ainda que, por meio de acordos de cooperação, cooperativas e prefeituras dessas cinco cidades irão promover mais 650 prenhezes, totalizando ao final 1.300 prenhezes. “Nesse pacote estão incluídas as vacinas reprodutivas, exames de brucelose e tuberculose, e medicamentos do protocolo hormonal, a ação de transferência de embriões e o diagnóstico de gestação”, acrescenta Vânia.

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Agronegócio

Ataque de porcos selvagens em lavouras preocupa em MT

Setor produtivo busca junto ao governo do estado uma forma legal para o controle dos animais.

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/ Canal Rural

Os estragos nas lavouras em Mato Grosso provocados por porcos selvagens crescem a cada ano. Em algumas propriedades, produtores relatam perdas tanto na soja quanto no milho que chegam a mais de 10% de prejuízo. O setor produtivo busca junto ao governo do estado uma forma legal para o controle dos animais.

Em Brasnorte, região noroeste do estado, o produtor Matheus Andrzejewski, conta ao Patrulheiro Agro desta semana que esse cenário tem sido uma preocupação constante, uma vez que, ano após ano a quantidade de animais aumenta.

“No milho é uma perda significativa, chega em torno de 5 % por ano, nós estamos em uma área de safrinha de 5 mil hectares. Então, uma perda de 5% é 250 hectares, uma perda muito grande. A gente faz um investimento alto, para colher esse milho e fica na boca do porco e não temos o que fazer legalmente”, conta Matheus.

O presidente do Sindicato Rural do município explica que algum órgão do governo legalize o controle do porco selvagem. Ele explica que o ataque do animal chega à imensidão de perder todo talhão de uma lavoura. “Antes era só no milho, mas agora traz prejuízos até para a soja”.

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Em Água Boa, região nordeste de Mato Grosso, o agricultor Antônio Fernandes de Mello explica que não tem como controlar os porcos selvagens.

“Você solta rojão, eles se acostumam. A princípio, se esparramam, se espalham, mas já vão se acostumando com o barulho, e logo estão de volta ali. A gente não pode fazer a caça porque é proibido, a reprodução dele é alta por causa do alimento”, explica.

Os presidentes do Sindicato Rural de Campos de Júlio e Matupá, Rodrigo Cassol e Fernando Bertolin, respectivamente, pontuam o grande crescimento do animal.

Rodrigo conta que na região, passam 600 hectares ao ano destruídos pelos porcos. “A população já está descontrolada e não tem predador suficiente, são bandos de 300 a 400 porcos, então não tem como ter controle”.

Já em Matupá, Fernando diz que os animais causam danos irreversíveis nas lavouras, principalmente, na cultura do milho, quando ela seca e os danos são acima de 10 % em muitos lugares.

Aprosoja adota tarefa de monitoramento
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) adotou uma força tarefa de monitoramento no campo. O objetivo é levantar dados assertivos que possam favorecer uma possível medida de controle populacional.

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“Nós conseguimos materiais com fotos, geo localizada para mostrar o ataque que temos no milho e nas outras culturas. Após isso, a Aprosoja-MT junto com a comissão fez a compra de mais de 100 câmeras que vão conseguir monitorar dia a dia o ataque desses animais. Vemos produtores deixando de plantar de 10% a 20% a sua área para não ter essa perda. Esse é um grande problema que não atinge só o produtor, mas todo o social também”, pontua Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja-MT.

Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) está sendo discutido o projeto de lei 551/2024 que autoriza o controle populacional e o manejo sustentável do Javali europeu em todas as suas formas, linhagens, raças e diferentes graus de cruzamento no estado.

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