falta logística
MT: produção de calcário deve ter alta de 12%, mas problemas logísticos prejudicam vendas
A situação atual é de vendas suspensas para embarque imediato e uma lista de espera com mais de 600 caminhões para carregar o insumo, o que representa mais do que o dobro da capacidade diária, que é de 285 veículos. Os transtornos enfrentados por três fábricas de calcário no município de Cocalinho em momento de demanda recorde, a falta de infraestrutura e logística na região comprometem o fluxo das indústrias que, juntas, devem produzir cerca de 1,9 milhão de toneladas de calcário este ano, volume 17,3% superior ao registrado no ano passado.
“As usinas estão na capacidade máxima de produção e um item que poderia contribuir muito seria a energia. O governo tinha que nos ajudar, investindo com a Energisa para que nós possamos aumentar a demanda e, assim, fazer os investimentos necessários. A outra questão é a logística em si, já que os caminhoneiros ficam horas nas filas das duas balsas, por isso a a ponte é fundamental para escoar o nosso produto, como está caminhando o mercado, a gente acredita que o ano que vem a gente teria espaço para um crescimento desse nível, que continua crescente e a gente está disposto a investir e precisamos dessas contrapartidas”, falou o empresário Alexandre Annicchino.
Em outras regiões, a procura aquecida movimenta o pátio das indústrias nesta época do ano, que marca o início da chamada safra do calcário, período em que ocorre a maior parte dos embarques. Mato Grosso é o principal fornecedor do insumo no país e o crescimento em 2020 foi de quase 11%. As 34 indústrias instaladas no estado produziram 9,5, milhões de toneladas, cerca de 1 milhão a mais do que em 2019.
“Esse ano, fizemos investimento pesado em produtividade para dar conta de atender tranquilamente esse possível aumento da demanda. Os agricultores procuram muito calcário neste momento, aproveitando os fretes mais baratos do que os fretes cotados por eles nos meses de julho e agosto, quando é o pico da safra de calcário”, nos contou o também empresário Cassiano Riedi.
O agricultor Robson Weber foi um dos que garantiu a compra. Foram 5 mil toneladas de calcário, que pretende usar na propriedade em Paranatinga. Parte vai para a nova área, de 170 hectares, e o restante na correção do solo mais antigo.
“Aqui na fazenda a gente vem todo ano, ou sempre que necessário, repondo esse calcário que é necessário para poder equilibrar esse solo. Hoje não dá para se pensar em alta produtividade sem uma correção de solo, um bom equilíbrio de solo”, falou Robson.
Nos últimos cinco anos, a produção do insumo saltou 80% em Mato Grosso, reconhecimento dos benefícios confirmados por pesquisas que analisam os efeitos do calcário nas lavouras.
“Os resultados têm mostrado aumento significativo na produtividade. O efeito do calcário, como agente na correção do PH, no fornecimento de cálcio e magnésio, na melhoria de perfil de solo, na eficiência do uso dos nutrientes, no aumento do uso e potencializador do uso dos fósforos, tem se mostrado positivo e as culturas têm respondido em produtividade, com aumento do número de grãos por planta, principalmente em soja chegando aí a 10,15 sacas por hectare numa calagem mais assertiva”, explicou Anderson Lange, pesquisador de energia nuclear na agronomia.
Com a valorização das principais commodities cultivadas no estado, como soja e milho, o setor das indústrias de calcário espera uma nova expansão na demanda pelo insumo nesta safra. “Em 2021, a expectativa é de que esse crescimento seja maior, na faixa dos 12%. Todos nós temos muito orgulho de participar destes números e destes resultados positivos e crescentes do agronegócio do estado e do país. O produtor pode e deve contar conosco, pois temos plenas condições de fornecer o calcário na quantidade e na qualidade que ele deseja”, falou o presidente do Sindicato das Indústrias de Calcário (Sinecal-MT), Ricardo Dietrich.
Olho no Araguaia – Por Canal Rural
Agronegócio
Ataque de porcos selvagens em lavouras preocupa em MT
Setor produtivo busca junto ao governo do estado uma forma legal para o controle dos animais.
/ Canal Rural
Os estragos nas lavouras em Mato Grosso provocados por porcos selvagens crescem a cada ano. Em algumas propriedades, produtores relatam perdas tanto na soja quanto no milho que chegam a mais de 10% de prejuízo. O setor produtivo busca junto ao governo do estado uma forma legal para o controle dos animais.
Em Brasnorte, região noroeste do estado, o produtor Matheus Andrzejewski, conta ao Patrulheiro Agro desta semana que esse cenário tem sido uma preocupação constante, uma vez que, ano após ano a quantidade de animais aumenta.
“No milho é uma perda significativa, chega em torno de 5 % por ano, nós estamos em uma área de safrinha de 5 mil hectares. Então, uma perda de 5% é 250 hectares, uma perda muito grande. A gente faz um investimento alto, para colher esse milho e fica na boca do porco e não temos o que fazer legalmente”, conta Matheus.
O presidente do Sindicato Rural do município explica que algum órgão do governo legalize o controle do porco selvagem. Ele explica que o ataque do animal chega à imensidão de perder todo talhão de uma lavoura. “Antes era só no milho, mas agora traz prejuízos até para a soja”.
Em Água Boa, região nordeste de Mato Grosso, o agricultor Antônio Fernandes de Mello explica que não tem como controlar os porcos selvagens.
“Você solta rojão, eles se acostumam. A princípio, se esparramam, se espalham, mas já vão se acostumando com o barulho, e logo estão de volta ali. A gente não pode fazer a caça porque é proibido, a reprodução dele é alta por causa do alimento”, explica.
Os presidentes do Sindicato Rural de Campos de Júlio e Matupá, Rodrigo Cassol e Fernando Bertolin, respectivamente, pontuam o grande crescimento do animal.
Rodrigo conta que na região, passam 600 hectares ao ano destruídos pelos porcos. “A população já está descontrolada e não tem predador suficiente, são bandos de 300 a 400 porcos, então não tem como ter controle”.
Já em Matupá, Fernando diz que os animais causam danos irreversíveis nas lavouras, principalmente, na cultura do milho, quando ela seca e os danos são acima de 10 % em muitos lugares.
Aprosoja adota tarefa de monitoramento
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) adotou uma força tarefa de monitoramento no campo. O objetivo é levantar dados assertivos que possam favorecer uma possível medida de controle populacional.
“Nós conseguimos materiais com fotos, geo localizada para mostrar o ataque que temos no milho e nas outras culturas. Após isso, a Aprosoja-MT junto com a comissão fez a compra de mais de 100 câmeras que vão conseguir monitorar dia a dia o ataque desses animais. Vemos produtores deixando de plantar de 10% a 20% a sua área para não ter essa perda. Esse é um grande problema que não atinge só o produtor, mas todo o social também”, pontua Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja-MT.
Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) está sendo discutido o projeto de lei 551/2024 que autoriza o controle populacional e o manejo sustentável do Javali europeu em todas as suas formas, linhagens, raças e diferentes graus de cruzamento no estado.
-
Policial3 dias ago
Mandante da morte de advogado em Rio Verde queria fazenda de R$ 100 milhões, diz polícia
-
Policial6 dias ago
Homem é preso em Água Boa, suspeito de mandar matar advogado executado a tiros na porta de escritório em Goiás; vídeo mostra crime
-
Agronegócio6 dias ago
Preço do boi gordo bate recorde histórico e desafia o mercado
-
Policial4 dias ago
Forças de segurança apreendem 185 tabletes de maconha na BR-158 em Água Boa
-
Acidente5 dias ago
Ônibus tomba na BR-158, próximo a cidade de Água Boa, e deixa feridos
-
Policial7 dias ago
Operação da Polícia Civil contra o tráfico prende seis pessoas em Ribeirão Cascalheira
-
Acidente2 dias ago
Explosão com gás em estabelecimento comercial de Água Boa deixa duas pessoas feridas
-
Policial6 dias ago
Corpos são achados dentro de carro; vítimas tinham pés e mão amarrados