Agronegócio
Pasto com altura adequada mitiga gases de efeito estufa, diz Embrapa

De acordo com estudo promovido pela instituição, a emissão de metano por bovinos em áreas com pastagem correta foi 30% menor
Segundo uma pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), realizar o manejo correto do pasto proporciona a redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE). Além disso, ainda garante ao pecuarista resultados produtivos satisfatórios, equilibrando a estabilidade de boas forrageiras e o bom desempenho animal.
Os estudos conduzidos pela Embrapa em área de integração lavoura-pecuária, com pasto em altura adequada, segundo recomendações técnicas, mostrou que o gado emitiu 30% menos metano em comparação aos índices preconizados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas, o IPCC.
De acordo com a Cristina Genro, pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul, quando os pastos são manejados segundo recomendações técnicas, os animais emitem menos metano e o solo acumula mais carbono. Com isso, quando é feito o balanço do que foi emitido de carbono com o que foi fixado pelas plantas, a pecuária é considerada de baixa emissão do elemento ou apresenta resultado neutro, ou seja, reabsorve todo o carbono que ela mesma emite.
“É uma pecuária que está produzindo uma carne limpa em termos ambientais, de excelente qualidade e valor nutricional, inclusive com perfis de ácidos graxos benéficos à saúde humana, como já foi atestado em outros estudos da Embrapa que relatam a grande presença de ômega 3 e de ácido graxo linoleico conjugado (CLA) na carne de animais criados a pasto, este último com comprovado efeito anticarcinogênico”, completa a pesquisadora.
A pesquisadora da Embrapa Márcia Silveira, revela que é fundamental o monitoramento da altura da pastagem rotineiramente. No caso de pastagens naturais sugere-se medir a altura dos pastos uma vez ao mês, no outono e inverno, e a cada 15 dias na primavera e no verão.
No caso de pastagens nativas melhoradas por fertilização e sobressemeadas com espécies cultivadas de inverno, a recomendação é que a medição seja feita pelo menos quinzenalmente durante todo o ano.
Silveira ainda relata que é necessário controlar a quantidade de animais por hectare para manter a altura do pasto dentro do recomendado. Se a lotação de animais for acima do esperado, o gado perde desempenho e emite mais metano por área, além do pasto diminuir a capacidade de fixação do carbono no solo.
Segundo o produtor e engenheiro-agrônomo Marcelo Fett Pinto, as medições da altura do pasto podem ser realizadas com o uso de ferramentas simples como uma régua ou um bastão medidor de altura de pasto.
“Na prática, e após algumas medições, calibramos o olho com boa precisão para as alturas dos pastos (nativos e cultivados), podendo nos valer de referências campeiras, como a altura do pasto em relação ao casco do cavalo, aos bichos de campo como a lebre, à bota, etc., mas lembrando que o importante é sempre que possível ter pasto, seja a avaliação da forma que for”, destaca Fett Pinto.
O manejo correto da pastagem pode ter resultados expressivos no ganho animal. “O que, consequentemente, diminui mais ainda em termos de emissão de metano. Isso quer dizer que, manejando o pasto em uma altura adequada, vamos produzir mais carne, conservando o solo, ter uma colheita mais eficiente dessa forrageira e, em consequência, contribuir na redução da emissão de gases de efeito estufa para o meio ambiente”, diz Cristina Genro.
CANAL RURAL

Agronegócio
Força do Campo – Valor da produção agropecuária de MT em 2025 é estimada em quase R$ 200 bilhões
VBP do Estado fica maior puxado pela oferta e não pela valorização das cotações da soja, segundo o Imea

– Diário de Cuiabá
Dados da 2ª estimativa de 2025, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), apontam que o Valor Bruto de Produção (VBP) da agropecuária está prevista em R$ 199,79 bilhões.
Esse valor representa uma alta de 7,30% em relação à projeção anterior e está 14,98% acima do observado em 2024.
O VBP é o cálculo da produção dentro das propriedades, ou seja, da porteira para dentro, levando em conta preços médios do mercado e a produção.
Os analistas do Imea chamam à atenção em relação ao VBP da soja.
A oleaginosa corresponde por 44,56% do VBP total, o equivalente a R$ 89,03 bilhões, incremento de 10,61% em comparação à estimativa anterior e 20,09% acima do valor registrado em 2024.
“Esse desempenho é pautado pela perspectiva de produção recorde de soja na safra 2024/25, que apresentou crescimento de 27,05% em relação à temporada passada. Apesar da produção elevada, os preços praticados nesta temporada estão abaixo dos da safra anterior, o que é um ponto de atenção para o VBP”.
Com a oferta de soja no estado praticamente consolidada, o fator que deve influenciar as próximas estimativas do VBP é o comportamento dos preços, visto que ainda restam mais de 40% da produção a ser negociada em Mato Grosso.
ESMAGAMENTO – Os analistas do Imea destacaram ainda que em esmagamento de soja, em março deste ano, em Mato Grosso atingiu um novo recorde para o mês, totalizando 1,21 milhão de toneladas processadas.
Isso representa um aumento de 13,45% em relação a fevereiro e de 3,81% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
“Esse desempenho está relacionado, principalmente, à ampliação da capacidade de processamento das indústrias em 2025.
Além disso, a retomada das atividades de algumas unidades que estavam em manutenção no mês anterior também contribuiu para o elevado volume registrado”, explicam os analistas do Imea.
No que se refere à margem bruta de esmagamento, o indicador fechou março com média de R$ 662,61/t, uma queda de 10,70% em relação ao mês anterior, influenciada pela desvalorização dos coprodutos e pela elevação no preço da oleaginosa no estado.
Na primeira quinzena de abril, a margem bruta de esmagamento apresentou redução de 1,38% em relação à última quinzena de março, encerrando com média de R$ 649,17/t, reflexo da alta nos preços da soja.
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