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Plantio nem bem terminou, mas a colheita já preocupa os produtores

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O plantio da safra 2024/25 de soja no Brasil nem bem terminou e os produtores já demonstram preocupação com a colheita, prevista para iniciar em meados de janeiro.

Estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná têm registrado volumes de precipitação dentro ou acima da média, fatores que impulsionam uma expectativa de produtividade robusta. Com isso, a produção de soja no Brasil deve atingir 170,8 milhões de toneladas, consolidando-se como uma das maiores da história.

Entretanto, um levantamento da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) aponta apreensão sobre as condições para o início da colheita. Entre os fatores de preocupação estão o manejo logístico, as condições climáticas e a manutenção da qualidade da produção, especialmente diante do aumento esperado no volume da safra.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) projeta uma colheita recorde no Estado, que deve atingir 44,04 milhões de toneladas de soja em 2024/25. Isso representa um crescimento de 12,78% em relação à safra anterior, o que reforça a importância do planejamento logístico para escoamento e armazenamento.

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O está em ritmo acelerado, com 95% da área estimada já semeada, segundo dados recentes. No mesmo período do ano passado, o índice era de 91%. Apesar do cenário positivo em produtividade, as condições climáticas seguem como um ponto de atenção.

Nos últimos dias, chuvas foram registradas em regiões que enfrentavam períodos de seca, como Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, beneficiando o desenvolvimento das lavouras. Contudo, a regularidade dessas chuvas será determinante para garantir que as lavouras atinjam o potencial projetado.

O avanço do plantio em ritmo mais acelerado que o de 2023 reflete o empenho dos produtores, que buscaram otimizar as condições de solo e clima disponíveis. O resultado até agora é promissor, com boa expectativa de produtividade em todo o país.

A chegada das chuvas em áreas críticas na semana passada trouxe alívio, mas o clima continuará sendo monitorado de perto. A preocupação agora se volta para os próximos passos do ciclo agrícola, com os produtores atentos ao equilíbrio entre produtividade e capacidade operacional durante a colheita.

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Com o início da colheita de soja já no horizonte, o desafio será não apenas colher uma safra robusta, mas também superar os gargalos logísticos e preservar a qualidade dos grãos, fundamentais para atender à crescente demanda do mercado interno e externo.

 

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Agronegócio

Setor de máquinas agrícolas caiu 20% em 2024, diz Anfavea

Entidade não espera mudanças para 2025 e mostra preocupação com aumento de produtos importados no país

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O setor de máquinas agrícolas registrou vendas de 48,9 mil unidades no atacado em 2024. O número representa uma queda de 19,8% em comparação a 2023, mostram os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgados nesta quinta-feira (23).

A queda foi mais evidente justamente no segmento de colheitadeiras, e não tanto no dos tratores, aponta a entidade que considera que em 2025 não se espera mudança nos patamares.

“Só uma política consistente de Plano Safra pode fazer o setor ter uma recuperação ao longo deste ano”, diz a Anfavea, em nota.

Já as exportações de máquinas agrícolas tiveram queda de 31%, com envios de 6 mil unidades, e deverão crescer apenas 1% pelas projeções da Anfavea.

“O ponto de maior atenção no momento é para as importações. O crescimento acentuado dos
importados transformou o superávit em déficit na balança comercial desde o ano passado,
dobrando o déficit em 2024″, afirma o presidente da Associação, Márcio de Lima Leite.

A preocupação se justifica nos números: mais de 55% das máquinas importadas são oriundas da China e 26% da Índia. A participação da China na importação de máquinas nas Américas foi de 7,7% para 12,7%.

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“Nos causa grande preocupação o aumento da participação das máquinas importadas nas compras públicas, com destaque para as empresas com menos de 20 empregados. Estamos levando ao poder público essa questão que prejudica o nível de emprego no Brasil, a competitividade das nossas empresas, a inovação e até o atendimento dos clientes, que no final do processo sofrem com falta de uma rede confiável para assistência técnica. O resumo é que todos no país saem perdendo”, avalia Leite.

Diante dos índices negativos para o setor, a Anfavea divulgou a sua agenda prioritária para 2025 com seis metas:

  • Criação de condições atrativas de financiamento do Plano Safra e do BNDES para máquinas agrícolas e de construção, além de novas fontes de crédito
  • Recomposição da alíquota do Imposto de Importação, de 14%
  • Políticas de garantia e financiamento para exportação
  • Reindustrialização da cadeia de fornecedores
  • Renovação da frota de máquinas agrícolas e de construção, e expansão da mecanização
  • Aperfeiçoamento da política de compras públicas de máquinas, sem prejuízo à indústria local, ao emprego e à inovação
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