PISCICULTURA
Sorriso é o segundo maior produtor de peixe do estado e Mato Grosso é o 5º maior produtor de peixes do país

O Mato Grosso é o 5º maior produtor de peixes do país, com 34 mil toneladas produzidas em 2019. Apesar do potencial para a atividade a produção está em queda nos últimos anos. Em 2013, por exemplo, ocupava o 1º lugar como maior produtor de peixes do Brasil, com 75 mil toneladas. Os dados constam no “Diagnóstico da Cadeia Produtiva da Piscicultura em Mato Grosso”, desenvolvido pelo Observatório do Desenvolvimento da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec),
A demanda mundial por pescado tem aumentado e a piscicultura é uma alternativa viável para ampliar a produção de alimentos. Com base nisso o Estado quer diminuir as entraves para o desenvolvimento da piscicultura. “A principal limitação que impede o acesso dos pequenos piscicultores ao mercado é a dificuldade em consolidar suas produções e assim poder oferecer os volumes demandados com regularidade”, explica Sérgio Leal, coordenador do Observatório do Desenvolvimento.
Outra dificuldade passa pela indústria. Para promover o desenvolvimento da cadeia produtiva, o estudo entende que é preciso agregação de valor, aumento nas escalas de produção, da qualidade e da eficiência logística para garantir acesso às oportunidades do setor, além de desburocratizar o sistema de licenciamento ambiental e o combate ao produto clandestino.
“É um setor que tem muito a crescer de forma sustentável, inclusive e principalmente em pequenas propriedades e localidades”, afirma César Miranda, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso.
O perfil dos produtores da piscicultura mato-grossense é bem heterogêneo, segundo aponta o diagnóstico da Sedec. Há desde grandes estruturas produtivas, com perfil empresarial, até pequenos piscicultores familiares com produção voltada para subsistência e venda de excedentes. Há atualmente 4.198 piscicultores ativos em 139 municípios, segundo o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea MT).
Os municípios de Nossa Senhora do Livramento (8,8 mil toneladas), Sorriso (5,6 mil toneladas), Alto Paraguai (2,5 mil toneladas), Campo Verde (1,5 mil toneladas), Canarana (1,1 mil toneladas) e Várzea Grande (0,9 mil toneladas) são os maiores produtores de pescado do estado.
A ração representa o item com maior peso na composição dos custos de produção da piscicultura, chegando a 70% no caso das espécies de peixes redondos, a mais produzida em Mato Grosso. O estado é líder na produção de grãos – soja e milho, principalmente, o que seria uma oportunidade para instalação de fábricas de ração. De acordo com Laura Stella Silva, coordenadora de Cadeias Produtivas da Agropecuária da Sedec, o diagnóstico aponta, entretanto, que há carência em relação às especificações das rações em relação a espécie e fases e falta orientação técnica em reação ao manejo alimentar.
As principais espécies produzidas atualmente em Mato Grosso são os peixes redondos (pacu, tambaqui e seus híbridos tambacu e tambatinga) e bagres de couro (pintado e surubim). Em relação ao volume produzido, as principais espécies são tambacu e tambatinga (62% da produção) pintado, cachara e surubim (15% da produção) e tambaqui (13%).
São 24 plantas frigoríficas de processamento de pescado operantes, cinco possuem o Serviço de Inspeção Federal (SIF) que autoriza a exportação para outros países. Mais de 60% dos frigoríficos estão na região Centro Sul do Estado. A dificuldade das indústrias é que cerca de 60% do pescado comercializado tem origem clandestina, deixando uma ociosidade de 48% nos frigoríficos pela baixa disponibilidade de matéria prima, aponta o diagnóstico.
Os piscicultores poderão acessar o Programa de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso (Proder), que tem a finalidade de dar condições para o desenvolvimento do agronegócio no estado, tornando-o mais competitivo. Para as cadeias inseridas no Proder, há benefício de isenção de ICMS nas operações internas e, para operações interestaduais, percentual de incentivo de 62,5%.

Agronegócio
Força do Campo – Valor da produção agropecuária de MT em 2025 é estimada em quase R$ 200 bilhões
VBP do Estado fica maior puxado pela oferta e não pela valorização das cotações da soja, segundo o Imea

– Diário de Cuiabá
Dados da 2ª estimativa de 2025, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), apontam que o Valor Bruto de Produção (VBP) da agropecuária está prevista em R$ 199,79 bilhões.
Esse valor representa uma alta de 7,30% em relação à projeção anterior e está 14,98% acima do observado em 2024.
O VBP é o cálculo da produção dentro das propriedades, ou seja, da porteira para dentro, levando em conta preços médios do mercado e a produção.
Os analistas do Imea chamam à atenção em relação ao VBP da soja.
A oleaginosa corresponde por 44,56% do VBP total, o equivalente a R$ 89,03 bilhões, incremento de 10,61% em comparação à estimativa anterior e 20,09% acima do valor registrado em 2024.
“Esse desempenho é pautado pela perspectiva de produção recorde de soja na safra 2024/25, que apresentou crescimento de 27,05% em relação à temporada passada. Apesar da produção elevada, os preços praticados nesta temporada estão abaixo dos da safra anterior, o que é um ponto de atenção para o VBP”.
Com a oferta de soja no estado praticamente consolidada, o fator que deve influenciar as próximas estimativas do VBP é o comportamento dos preços, visto que ainda restam mais de 40% da produção a ser negociada em Mato Grosso.
ESMAGAMENTO – Os analistas do Imea destacaram ainda que em esmagamento de soja, em março deste ano, em Mato Grosso atingiu um novo recorde para o mês, totalizando 1,21 milhão de toneladas processadas.
Isso representa um aumento de 13,45% em relação a fevereiro e de 3,81% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
“Esse desempenho está relacionado, principalmente, à ampliação da capacidade de processamento das indústrias em 2025.
Além disso, a retomada das atividades de algumas unidades que estavam em manutenção no mês anterior também contribuiu para o elevado volume registrado”, explicam os analistas do Imea.
No que se refere à margem bruta de esmagamento, o indicador fechou março com média de R$ 662,61/t, uma queda de 10,70% em relação ao mês anterior, influenciada pela desvalorização dos coprodutos e pela elevação no preço da oleaginosa no estado.
Na primeira quinzena de abril, a margem bruta de esmagamento apresentou redução de 1,38% em relação à última quinzena de março, encerrando com média de R$ 649,17/t, reflexo da alta nos preços da soja.
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