Agronegócio
Veja os fatores que devem impactar os preços da soja na próxima semana
O mercado vem com a expectativa da entrada da safra de soja da América do Sul e isso pode mexer com os preços na Bolsa de Chicago
Esta semana foi marcada por recuos expressivos nos preços da soja na Bolsa de Chicago. Para a próxima semana, o mercado vem com a expectativa da entrada da safra de soja da América do Sul e isso pode mais uma vez impactar as cotações no mercado internacional. No físico interno, o avanço da colheita deve continuar pesando contra os prêmios.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na semana que vem. As dicas são do analista da Safras & Mercado, Gil Barabach.
– A soja dá sinais de enfraquecimento na CBOT. A posição Maio/21 já testa a linha de US$ 14 bu e se afasta das máximas. Além da expectativa com a entrada da safra da América do Sul e de uma guinada compradora da China, esvaziando o mercado norte-americano, outro fator que pesou contra Chicago foi a queda no índice de commodities CRB;
– A soja só rompeu a linha de US$ 14 embalada pelo fluxo financeiro de fundos, orientados, justamente, pela leitura positiva no mercado de commodities. Uma acomodação na curva de preço ascendente de commodities, naturalmente, interfere negativamente também sobre a soja, tirando um pouco do excesso de ganhos. E o mercado de soja ainda deve seguir vulnerável a essa referência, que tem como guia o preço do petróleo;
– A expectativa é que com a chegada de a março ocorra uma melhora mais significativa na oferta brasileira de soja. E isso deve aumentar a pressão fundamental sobre os preços tanto em Chicago, como principalmente, no mercado físico interno. Demanda chinesa já reduziu presença nos EUA e deve aparecer com mais força na América do Sul, começando pelo Brasil. A queda no prêmio deixa o Brasil bastante competitivo no mercado externo;
– Interessante também destacar o spread entre a posição Mai/21 e Nov/21 na CBOT. A diferença a favor do contrato mais próximo, que era de 70 cents em novembro, chegou a 237 cents no início de janeiro e agora, mesmo depois da acomodação, gira em torno de 179 cents/bu. Ainda muito distorcido. É natural que o avanço da colheita no Brasil eleve a pressão contra os preços, tendendo a uma aproximação entre os vencimentos, com tombo maior na posição mais curta. Atenção a famosa operação de spread;
– No físico interno, o avanço da safra deve continuar pesando contra os prêmios. Tradings empurraram embarques para frente, para evitar pagar multas diante do atraso da safra brasileira. Isso explica o prêmio negativo no disponível. A posição para embarques em maio gira em torno de +12 cents/bu, já dentro de um intervalo normal para entrada de safra, embora bem mais fraco que o observado em anos anteriores;
– Chicago próxima das máximas e dólar bem acima do patamar de R$ 5,50 mantém os preços extremamente favoráveis aos vendedores de soja do Brasil. E não só no disponível. É interessante também sondar posições mais longas (fixação de safras futuras) aproveitando CBOT e dólar inflados e, com isso, gerir oportunidades.
CANAL RURAL
Agronegócio
Agro brasileiro registra recorde de exportações em setembro
Setor agro exportou US$ 14,95 bilhões e atingiu recorde no mês, respondendo por 49% das exportações brasileiras.
/ Canal Rural
O agronegócio brasileiro atingiu, em setembro de 2025, o maior valor de exportações para o mês desde o início da série histórica, totalizando US$ 14,95 bilhões, alta de 6,1% em relação a setembro de 2024.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o setor representou 49% de todas as exportações do país, impulsionado principalmente pelo aumento de 7,4% nos volumes embarcados, mesmo com leve recuo de 1,1% nos preços médios internacionais.
No acumulado de janeiro a setembro, as exportações do setor somaram US$ 126,6 bilhões, com importações registrando aumento de 7,3% em setembro e 5,4% no acumulado do ano. O superávit do agronegócio brasileiro já ultrapassa US$ 111 bilhões em 2025, contribuindo para o equilíbrio das contas externas do país.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou que o desempenho confirma a resiliência do setor. “Mesmo diante de um cenário externo desafiador, o agronegócio brasileiro mantém competitividade e estratégia de diversificação de mercados e produtos. Até o momento, foram abertas 444 novas oportunidades para produtores e exportadores”, disse.
Entre os produtos de maior destaque, a carne bovina in natura registrou US$ 1,77 bilhão (+55,6%), a carne suína alcançou US$ 346,1 milhões (+28,6%), quase dobrando o volume embarcado (+78,2%), e o milho somou US$ 1,52 bilhão (+23,5%).
Produtos menos tradicionais também tiveram crescimento expressivo, como sementes de oleaginosas (+92,3%), melancias (+65%), feijões (+50,8%) e lácteos (+13,7%), reforçando a diversificação da pauta exportadora.
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