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GUARDIÃO

Com sistema de espionagem, Gaeco flagra alvos combinando ocultar documentos

Com moderno sistema de interceptações telefônicas, membros da organização criminosa que falsificava diplomas e certificados foram monitorados por um longo tempo

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Com base nas informações levantadas desde 2019 quando instaurou um inquérito para apurar a prática dos crimes de organização criminosa, falsificação de documento público uso de documento falso e estelionato é que o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) conseguiu decisão judicial para apreender documentos, mídias eletrônicas, bloquear contas e sequestrar veículos dos alvos da Operação Zircônia. E na produção dessas provas, o Gaeco se valeu do Guardião, sistema de interceptações telefônicas com capacidade para monitorar centenas de ligações simultaneamente, o mesmo usado pela Polícia Federal (PF).

O Guardião é um sistema de software e hardware com funções automáticas que permite monitorar qualquer outra linha que se conecte com o telefone inicialmente visado. Feita a conexão, a segunda linha passa a ser interceptada, antes mesmo que possa ser expedida uma autorização judicial para tanto. Trata-se de um complexo sistema de interceptações telefônicas que permite, inclusive, que as ligações gravadas sejam transferidas em tempo real para algum outro telefone. Como por exemplo, para o celular do delegado responsável pela investigação de modo que pode ficar diretamente de sua residência acompanhando os investigados.

A utilização do equipamento que ganhou destaque e polêmica dentro do Gaeco em julho de 2019, nos desdobramentos da Grampolândia Pantaneira, foi essencial para os investigadores descobrirem que dentro da organização criminosa que utilizava três faculdades em Cuiabá para emitir diplomas e certificados falsos havia um núcleo de embaraço às investigações, cujos componentes auxiliavam na ocultação de provas.  Nesse setor foram listados os seguintes nomes: Barbara Monique Araújo, Nagila Caroline Teixeira Araújo, Marcos Diego de Almeida Gonçalves e Gilberto Louzada de Matos.

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Trechos de diálogos entre os investigados devidamente interceptados pelo Guardião foram reproduzidos na decisão da juíza Ana Cristina da Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá que autorizou os mandados de busca e apreensão, colocação de tornozeleira eletrônica, bloqueio de contas e sequestro de bens.

“No decorrer da coleta de informações pela autoridade policial, parte dos integrantes da suposta organização criminosa ao tomarem ciência da investigação, em razão de terem sido procurados pelos ex-alunos, com a intimação para comparecerem junto ao Gaeco e prestarem os devidos esclarecimentos, munidos dos diplomas, históricos escolares e/ou certificado de conclusão de curso ‘originais’, começaram a praticar atos com objetivo de tumultuar, ocultar e embaraçar a legitima colheita de informações”, diz trecho da decisão assinada pela magistrada no dia 3 de maio. As diligências foram cumpridas na última quinta-feira (27), na deflagração da Operação Zircônia.

“Alegam os representantes que, os investigados ao serem procurados pelos ex-alunos, munidos da intimação do Gaeco, passaram a tumultuar as investigações, ocultando evidências, documentos físicos e virtuais, arquivos, pastas, contratos, panfletos. Sustentam os representantes que, tais evidências acerca da ocultação e do embaraçamento das investigações, foram captadas através da intercepção telefônica devidamente autorizada pelo Juízo, entre os investigados”, consta em outra parte do despacho.

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Um dos diálogos interceptados pelo Guardião e produzidos na decisão envolve o advogado Denilton Péricles de Araújo, apontado como sócio proprietário e diretor jurídico das instituições e integrante do núcleo de liderança. Do outro lado, estava a investigada Solange Silva Rodrigues Conceição, que atuava na secretaria, setor responsável pela emissão e entrega de documentos falsos. “Verificou-se dos áudios captados, no dia 15.01.2021, o suposto investigado Denilton Péricles, pedindo a investigada Solange, que trouxesse os dois mandados de intimação das duas moças da saúde”, consta no despacho onde é reproduzida uma parte da conversa.

OPERAÇÃO ZIRCÔNIA

Na operação foram cumpridas 50 ordens judiciais, das quais 19 foram mandados de busca e apreensão expedidos para Cuiabá e Várzea Grande, além de uma ordem judicial cumprida no estado de Minas Gerais envolvendo um homem, apontado responsável por uma suposta “parceria” com as três faculdades de Cuiabá.

Também foram cumpridas ordens de bloqueio e sequestro de veículos e dinheiro nas contas dos investigados até o valor de R$ 910 mil. Os alvos são apontados pelo Gaeco como integrantes de uma organização criminosa especializada na oferta, realização de cursos e emissão de diplomas, históricos escolares e certificados de conclusão de cursos de ensino superior sem a devida autorização do Ministério da Educação.

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Cidades

Mauro sanciona lei que proíbe uso de celular em sala de aula pelos alunos em MT

Governador destacou que a medida vai impedir que estudantes se distraiam durante a aula.

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  Secom – MT

O governador Mauro Mendes (União Brasil) sancionou, nesta sexta-feira (6), a lei que proíbe o uso de celulares pelos estudantes nas salas de aula da rede estadual. A medida foi encaminhada pelo governador à Assembleia Legislativa em setembro e aprovada pelos deputados.

“Hoje sancionamos uma lei fundamental para o futuro dos nossos jovens. Agradeço à Assembleia Legislativa pelo apoio a esta iniciativa, que demonstra a compreensão da importância de um ambiente escolar focado no aprendizado. Essa medida vai impedir que os celulares se transformem em ferramentas de distração dentro da sala de aula”, afirmou o governador.

Com a sanção da lei, fica proibido o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos com telas em sala de aula nas escolas estaduais de Mato Grosso, exceto para alunos com deficiência ou TEA que necessitem de tais dispositivos para auxílio educacional ou monitoramento de saúde.

Diante da medida, celulares e eletrônicos devem ficar desligados ou no modo silencioso nas mochilas dos estudantes. Caso descumprida, a ação resultará em advertência, notificação aos pais e encaminhamento à equipe psicossocial, além de outras medidas disciplinares.

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Segundo Mauro Mendes, a pesquisa contratada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) sobre a opinião dos pais foi importante e decisiva para a lei sancionada.

“Nós buscamos saber a opinião dos pais e responsáveis em relação ao uso de aparelhos eletrônicos em sala de aula, e mais de 86% deles foram favoráveis a essa proibição. É muito importante ter o apoio da família na tomada de decisões: isso reforça que eles sabem e reconhecem o que é melhor para os seus filhos dentro da escola”, completou.

O governador ainda enfatizou os robustos investimentos feitos em equipamentos tecnológicos em sala de aula para os estudantes.

“O Governo do Estado investiu nos últimos anos em equipamentos necessários como Chromebooks e SmarTVs para as escolas, ferramentas modernas que podem ser usadas para complementar o aprendizado. Acreditamos que a tecnologia deve ser utilizada de forma planejada e responsável para aprimorar a educação, e não para tirar o foco dos estudantes”, completou Mauro.

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