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Defensoria alerta para variante indiana e exige novas restrições em MT

Entidade alerta ainda para baixo número de UTIs vagas no Estado

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Nesta quinta-feira (27), a Defensoria Pública de Mato Grosso (DPMT) e a Defensoria Pública da União (DPU) enviaram um ofício ao secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, solicitando que o Estado adote medidas mais restritivas para conter a nova variante do coronavírus, conhecida como cepa indiana, que já registra um caso suspeito em Rondonópolis. O Estado tem cinco dias para responder ao ofício.

Segundo o defensor público estadual Fábio Barbosa, coordenador do Grupo Estratégico em Direitos Coletivos em Saúde Pública (Gaedic Saúde), diante de uma possível terceira onda da pandemia, o objetivo do ofício é cobrar medidas do Estado visando evitar a transmissão comunitária da variante indiana, que já foi detectada em alguns estados, como Maranhão e São Paulo, e há ainda um caso suspeito de um caminhoneiro internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Rondonópolis.

“Cobramos medidas do Estado, se já organizou protocolo, se está acompanhando o caso em Rondonópolis, se vai manifestar em relação aos demais municípios para que criem seus protocolos ou vai encaminhar um protocolo, pedindo ou orientando para que procedam novas medidas restritivas, barreiras, testagem em massa da população”, explicou Barbosa, que assina o documento junto com o defensor público federal Renan Sotto Mayor.

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Frente ao risco de uma terceira onda da pandemia, com a possível transmissão comunitária da variante indiana, também existe preocupação quanto ao número de leitos de UTI Covid disponíveis à população em Mato Grosso. “Requisitamos informações sobre os leitos, se algum leito foi desativado, porque até então, nos últimos dias, estavam sobrando leitos, se houve desabilitação de leitos por parte do Ministério da Saúde, do próprio Estado ou dos municípios com pactuação sobre os leitos, e se já existe algum programa, uma vez que na última onda tínhamos um número alto de pessoas aguardando na fila, muitas inclusive vieram a óbito na fila”, sustentou Barbosa, frisando que o Estado deve se preparar para o pior cenário.

RECOMENDAÇÕES

Seguem abaixo os pedidos e questionamentos da DPMT e da DPU enviados ontem (27 de maio) ao secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo:

  1. a) Em relação a recente queda do número de leitos ocupados, houve novamente por parte do Ministério da Saúde desabilitação ou desfinanciamento dos leitos UTI – covid-19?
  2. b) Ainda houve desabilitação destes leitos por parte do Estado de Mato Grosso ou em relação aos pactuados pelos municípios?
  3. c) Em razão do alto índice de pessoas que chegaram a aguardar por uma vaga de leito UTI covid-19, caso estejamos frente a uma “terceira onda”, cogita-se outras habilitações de leitos UTI para Covid-19?
  4. d) Existe o acompanhamento por parte desta Secretaria de Saúde quanto ao caso suspeito da variante indiana no Município de Rondonópolis?
  5. e) Quanto ao Estado do Mato Grosso ainda é possível falar em evitabilidade do contágio comunitário desta variante?
  6. f) Houve a elaboração por parte desta Secretaria de protocolo no sentido de orientar os Municípios sobre a nova variante e a necessidade de se criar restrições e barreiras para coibir o contágio comunitário?
  7. g) Serão tomadas medidas restritivas e fiscalizatórias (barreiras, testagem em massa etc) por parte do Estado de Mato Grosso a fim de coibir a referida propagação desta variante, bem como minimizar a infecção da chamada “terceira onda”
  8. h) Outros apontamentos julgavam úteis e oportunos.
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Apesar do caráter não vinculativo, o ofício é um relevante meio extrajudicial de prevenção de ações judiciais, torna inequívoca a demonstração da consciência do exposto e constitui em mora o destinatário (no caso, o Estado de Mato Grosso) quanto às providências requisitas. Além disso, a requisição não esgota a atuação da Defensoria Pública sobre o tema, incluindo a adoção de medidas judiciais para assegurar o cumprimento das recomendações.

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Cidades

Temporal derruba árvores e bloqueia vias em bairro de Araguaiana

Prefeitura informou que mobiliza força-tarefa para mensurar estragos, desobstruir vias de acesso e avaliar as necessidades prioritárias.

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 / Assessoria

Um temporal registrado na noite desta quarta-feira (22) causou estragos para moradores na região do bairro Cachoeirinha, em Araguaiana – MT. O evento atípico derrubou diversas árvores, interditou vias e danificou carros e telhados de residências, o que levou a prefeitura do município a colocar a localidade em estado de alerta.

O Poder Executivo Municipal informou que já mobiliza uma força-tarefa para mensurar estragos, desobstruir vias de acesso e avaliar as necessidades prioritárias dos moradores do bairro formado por sítios e chácaras, localizado a poucos quilômetros do paço municipal.

As atividades conjuntas entre o poder público e a população tiveram início ainda na manhã desta quinta-feira (23) logo após os secretários de Obras, Urbanismo e Turismo e Meio Ambiente serem informados sobre a destruição que assolou a região.

Além da mobilidade prejudicada, a equipe de atuação presente no bairro identificou danos ambientais e materiais. O secretário de Turismo e Meio Ambiente, Diari Feitosa, também entrou em contato com o escritório da Sema em Barra do Garças para avaliar possíveis auxílios financeiros à população afetada.

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Já o prefeito de Araguaiana, José Marra Nery, que está em viagem a Cuiabá, afirmou que acompanha com atenção e preocupação a atual condição do bairro. Ele visitará a localidade e conversará com moradores assim que voltar de viagem.

Em nota, a Prefeitura de Araguaiana destacou que se solidariza com todos os que tiveram casas e bens afetados pela chuva. “Colocamos ainda nossos maquinários e colaboradores à disposição para resolver, o mais rápido possível, os imprevistos ocasionados por essa tão repentina, porém violenta tempestade”, diz trecho do comunicado.

Veja fotos abaixo.


Nota MT 728
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