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Construção da ferrovia que chega até Água Boa-MT deve iniciar em maio

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A Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) no Mato Grosso terá início das obras no mês de maio. A ferrovia, projetada há mais de 10 anos, terá o projeto executado pela mineradora Vale, que deve investir cerca de R$ 2,73 bilhões na Fico, com prazo estimado de quatro anos para sua conclusão. As obras vão do estado de Goiás ao estado do Mato Grosso.

Mineradora Vale realizará obras da ferrovia

O projeto das obras terá início na cidade de Mara Rosa, no estado de Goiás, onde os trilhos se conectarão à já operacional malha ferroviária Norte-Sul. A partir daí, a Fico fará um percurso de 383 quilômetros em direção ao Mato Grosso até chegar à cidade de Água Boa.

A mineradora Vale será a responsável pela execução das obras da ferrovia no Mato Grosso e em Goiás. A empresa fechou contrato com o governo federal no final do ano passado e espera investir R$ 2,73 bilhões na Fico nos quatro anos estimados de conclusão.

Contrato entre a Vale e o Governo

A assinatura de contrato da Vale e o Ministério da Infraestrutura se deve à decisão do governo de permitir que as atuais concessionárias ferroviárias do país renovem seus contratos com antecedência. A proposta vem sendo estudada desde 2017, autorizando uma concessão de 30 anos na década de 1990 – a concessão só expira entre 2026 e 2028 – e agora é prorrogada por mais 30 anos. Em contrapartida, essas empresas, além do chamado “investimento cruzado”, também se comprometem a expandir as redes que já operam.

A mineradora Vale aceitou em fazer as obras da ferrovia, após conseguir autorização para renovar antecipadamente duas concessões já operadas por suas empresas de logística, a Estrada de Ferro Vitória-Minas, na Região Sudeste do País, e a Estrada de Ferro Carajás, no Maranhão. Quando a empresa terminar as obras, entregará o projeto ao governo, o governo fará um leilão, e as operações ferroviárias serão realizadas para qualquer empresa interessada nesta rota.

A Vale confirmou por meio de comunicado que iniciou atividades relacionadas à pré-implantação das obras, incluindo exercícios de campo, desenvolvimento e implantação de projetos e contratação de empresas de engenharia. A mineradora disse que ao mesmo tempo, a empresa aguarda a responsabilidade do governo federal de ceder os terrenos dos primeiros 30 quilômetros da ferrovia para dar início à próxima fase do projeto de construção da infraestrutura ferroviária.

Melhora na logística do Mato Grosso

Com a nova malha ferroviária, deve ajudar a reduzir um pouco a pressão sobre as duas principais exportações de grãos de Mato Grosso, as rodovias BR-163 e BR-158. Este ano, assim como a BR-163 anterior, a BR-158 ganhou noticiário nacional, com trechos de solo e intermináveis ​​congestionamentos de caminhões, e hoje o transporte ferroviário responde por cerca de 15% do volume de carga do país.

A meta atual do plano nacional de logística visa atingir uma taxa de participação de 30% até 2025. A meta do Brasil é transportar o setor para 0,6% a 0,8% de todos os produtos produzidos no país a cada ano. Para minimizar a melhoria das condições logísticas atuais, essa proporção deve ser elevada para 2,5% do PIB.

Olho no Araguaia – Por Roberta Souza/www.clickpetroleoegas.com.br.

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‘Não precisamos de mais unidades de conservação até que aquelas criadas tenham as áreas indenizadas’, defende Dr. Eugênio

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O Deputado Dr. Eugênio de Paiva (PSB) defendeu da tribuna da Assembleia Legislativa a indenização de áreas já desapropriadas em Mato Grosso. Somada à não indenização das áreas, ele afirma que propriedades regularizadas têm dificuldade de licenciamento ambiental junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA-MT).

Ele apresentou o argumento antes da aprovação nesta quarta-feira (11/12) da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Nº 1/2024 que veda a criação de novas áreas de conservação no Estado de Mato Grosso. A proposta foi encaminhada pelo governador Mauro Mendes e teve o voto de 19 deputados, 1 contrário e 4 abstenções.

“Quero aplaudir de pé a atitude do governador Mauro Mendes de fazer com que não se tenha mais unidades de conservação até que as existentes tenham cumprido o papel constitucional para aquilo que foram desapropriadas e que não foram até hoje indenizadas”, argumentou o Deputado do Araguaia.

Ele explicou o caso específico do município de Novo Santo Antônio, 1.076 Km a Nordeste de Cuiabá, no Vale do Araguaia.

“Nós temos o município de Novo Santo Antônio, que tem dificuldades financeiras, que vive basicamente de FPM (Fundo de Participação dos Municípios). E que teve em 2008 203 mil hectares da sua área desapropriada para a criação de unidade de conservação”, explicou.

“E apenas 3% daqueles que tinham área nessa unidade de conservação foram indenizados. Outros 97% perderam as suas áreas e até hoje não foram indenizadas”, lamentou Dr. Eugênio.

Usinas e fronteira agrícola

O Deputado do Araguaia ainda afirmou que o Vale do Araguaia é atualmente a maior fronteira agrícola em expansão. E que passa pela agroindustrialização ou processamento industrial da produção.

“Nós temos hoje no Araguaia 4 usinas de etanol de milho que estão chegando na região, em construção. Água Boa, Canarana, Querência e Porto Alegre do Norte. É um momento bacana e nós não vamos deixar esse momento ser passado e perder essa oportunidade”, comemora.

“O cavalo está passando e nós estamos montando porque o Araguaia é a maior fronteira agrícola do Estado de Mato Grosso e do Brasil”, reforçou Dr. Eugênio.

Dr. Eugênio – O Deputado do Araguaia

Cuiabá-MT, 12 de dezembro de 2024

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