Economia
Consignado no Auxílio Brasil é ‘fogo na gasolina’, alerta economista
Juliana Inhasz, professora de Economia do Insper, avalia que o endividamento da população é um entrave a mais para o desempenho da economia no próximo ano.
Para ela, diante do quadro atual, o crédito consignado a beneficiários do Auxílio Brasil nos moldes propostos pelo governo é “colocar fogo na gasolina”. O risco é gerar um quadro maior de insolvência das famílias no país, o que prejudica o consumo, afirma em entrevista ao GLOBO.
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O endividamento e a inadimplência atingiram em julho o maior patamar da série histórica. O que isso significa?
Esse dado reflete o que é o Brasil hoje, um país que tem dificuldade de deixar o passado recente da pandemia para trás. Ainda sofremos com as consequências da pandemia, mas temos um histórico de população endividada resultado de questões fiscais mal resolvidas.
O endividamento é uma consequência do nosso não crescimento econômico. A economia brasileira cresce com o freio de mão puxado, sem tração, com baixa produtividade. A população no geral tem renda muito baixa e enfrenta o problema adicional sério da inflação alta. A população que precisa de crédito paga mais por isso, e o crescimento econômico não se desenrola.
Somos vítimas de um contexto em que a população tem renda pressionada, com redução da renda inclusive nominal. As vagas geradas são nominalmente menores, o que num quadro de inflação é ainda mais grave. As pessoas ganham menos com preços maiores. É a receita para a tempestade perfeita.
O crédito consignado ao beneficiário do Auxílio Brasil como proposto ajuda?
Não, sem dúvida esse empréstimo consignado é colocar fogo na gasolina. A gente já tem um recorde de inadimplência. O endividamento mostra que a população precisa se financiar, mas a inadimplência mostra que essa população não consegue pagar o financiamento que faz.
Existe algo bem errado na economia brasileira: as pessoas não conseguem se manter, e uma parcela crescente não consegue pagar o crédito que toma. O consignado gera estímulos de consumo em uma situação em que a economia brasileira não tem suporte adequado para esse estímulo.
Como essa situação impacta o crescimento econômico?
Não temos visto ganhos de renda e crescimento econômico, e as medidas pontuais do governo estimulam o consumo. Isso, associado ao endividamento, pode gerar um problema muito maior de insolvência ao longo do tempo. Teremos superendividados em volume excessivo e uma insolvência generalizada, é um padrão insustentável.
Quais os riscos disso para a economia?
Há uma geração maior de incerteza. A taxa de juros já é alta hoje, com essa grande inadimplência e endividamento. O crescimento das dívidas alimenta ainda mais a taxa de juros, é um estímulo para que ela permaneça em um patamar elevado por mais tempo.
A previsão de que a taxa básica de juros comece a cair a partir de 2023 pode ser uma ilusão em um cenário de endividamento como esse. Isso cria uma grande incerteza para o produtor. A taxa alta de juros inibe investimentos e consumo.
O mercado financeiro entende que o risco está alto, o produtor opta por produzir menos e limita ainda mais o crescimento. É um efeito em cascata.
Fonte: IG ECONOMIA
Economia
FPM: municípios de Mato Grosso recebem, nesta quarta-feira (10), mais de R$ 92 milhões; Veja o seu município
O valor é distribuído entre as prefeituras do estado e corresponde à parcela do 1° decêndio do mês de abril de 2024
/Brasil 61
Os municípios de Mato Grosso recebem nesta quarta-feira (10) mais de R$ 92 milhões referentes ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Esse valor é distribuído entre as prefeituras do estado e corresponde à parcela do 1º decêndio de abril de 2024.
Entre os municípios do estado que recebem as maiores quantias estão Rondonópolis, Sinop e Várzea Grande, com a distribuição de R$ 2.466.620,31 para cada.
Por outro lado, cidades como Alto Boa Vista, Barão de Melgaço, Campo Verde, Castanheira e Denise recebem um valor de R$ 369.993,18 cada.
Cesar Lima, especialista em orçamento público, afirma que apesar do recorte imediato de estabilidade, o FPM registra bons resultados no acumulado de 2024.
“É interessante a gente olhar não somente esse último decêndio. No geral, durante o ano — apesar desse decêndio ter um resultado líquido abaixo do esperado — com um pequeno decréscimo quando a gente tira a inflação do resultado, a soma dos valores tem dado um saldo positivo, principalmente quando a gente olha o ano passado, quando os municípios tiveram bastante dificuldade em relação aos valores do FPM”, ressalta.
Os recursos do FPM fazem parte do dinheiro arrecadado pela União, através de impostos, e são repassados, a cada dez dias, a todas as prefeituras do país. Portanto, são feitas transferências de dinheiro aos municípios nos dias 10, 20 e 30 de cada mês. Caso a data caia num sábado, domingo ou feriado, o repasse é feito no primeiro dia útil anterior.
Veja no mapa os valores repassados ao seu município:
Dom Aquino está na lista de municípios impossibilitados de receber os repasses do FPM até que regularizem a situação.
De acordo com a CNM, entre os motivos de bloqueios dos municípios estão:
- Ausência de pagamento da contribuição ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep);
- Dívidas com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);
- Débitos com a inscrição da dívida ativa pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN);
- Falta de prestação de contas no Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde (SIOPS).
É importante ressaltar que, de acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), a distribuição dos recursos é feita de acordo com o número de habitantes, conforme a Lei 5172/66 (Código Tributário Nacional) e o Decreto-Lei 1881/81.
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