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O Palmeiras vai promover, em parceria com a Embaixada da Noruega, a primeira edição da “Copa Xingu: Por Um Futuro Mais Verde”, campeonato de futebol disputado pelos diferentes povos indígenas que vivem no Território Indígena do Xingu, em Mato Grosso (MT).

A fase final da competição, que leva o nome do programa de responsabilidade institucional do Maior Campeão do Brasil, será realizada nos dias 29 e 30 de janeiro na Aldeia Yawalapiti, localizada dentro do território indígena. O torneio terá a participação de quatro equipes masculinas e quatro femininas, reforçando o protagonismo das mulheres do Xingu.

Todos os times classificados para as semifinais vão jogar com uniformes oficiais do Palmeiras e materiais esportivos fabricados pela PUMA, parceira do Verdão.

“O Palmeiras é mais do que um clube de futebol; o Palmeiras é uma instituição comprometida com o desafio de impactar positivamente a sociedade por meio de condutas responsáveis e sustentáveis. A preservação das florestas é um tema de enorme importância e o Palmeiras, com o alcance global de sua marca, tem o poder de estimular este debate de extrema urgência”, diz a presidente alviverde Leila Pereira. “Estou muito satisfeita com a participação do Palmeiras neste projeto, que mostra também o protagonismo das mulheres dentro do futebol.”

Mais do que fomentar a paixão dos povos xinguanos pelo futebol, a “Copa Xingu: Por Um Futuro Mais Verde” tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância da defesa do meio-ambiente, chamando a atenção para o grave problema do desmatamento das florestas e suas consequências para o planeta, como, por exemplo, o aumento das temperaturas.

A “Copa Xingu: Por Um Futuro Mais Verde” é organizada pela ATIX (Associação Terra Indígena Xingu), entidade que representa os 16 povos que vivem no território: Aweti, Ikpeng, Kalapalo, Kamaiurá, Kawaiweté, Kisêdjê, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Naruvotu, Tapayuna, Trumai, Wauja, Yawalapiti e Yudja.

Para apoiar a realização do torneio, o Palmeiras firmou parceria com o governo da Noruega, um dos países do mundo que mais investem na preservação das florestas brasileiras e da cultura dos povos originários.

“Viabilizar um torneio que valoriza a participação das mulheres do Xingu demonstra que a Noruega também valoriza a equidade de gênero e reconhece o esporte como uma poderosa ferramenta para inclusão e fortalecimento dos direitos das mulheres indígenas”, afirma o embaixador da Noruega no Brasil, Odd Magne Ruud. “A Noruega é parceira do movimento indígena no Brasil há mais de 40 anos, por meio do Programa Norueguês de Apoio aos Povos Indígenas, que tem como principais objetivos o fortalecimento das organizações indígenas, a proteção e gestão ambiental dos territórios e a promoção dos direitos indígenas.”

Criado em 1961, o Território Indígena do Xingu é uma área de preservação ambiental e cultural que compreende 2,8 milhões de hectares, sendo a maior reserva do gênero no mundo. Contudo, o território e seu entorno são constantemente ameaçados pelo desmatamento e pelas queimadas.

Muvuca

Em um ato simbólico, a Rede de Sementes do Xingu realizará a restauração de uma área de 0,3 hectares na Aldeia Yawalapiti. Cerca de 30 kg de sementes de 50 espécies serão semeadas diretamente no solo por meio da técnica da “muvuca de sementes”, promovida pela instituição. Vale destacar que esta técnica é uma solução econômica, eficiente e com inúmeros benefícios sociais para a restauração de ecossistemas no Brasil e no mundo, fomentando arranjos que fortalecem territórios e modos de vida tradicionais, gerando renda com a floresta em pé e promovendo o empoderamento feminino.

Programa Por Um Futuro Mais Verde

O programa Por Um Futuro Mais Verde busca consolidar o Palmeiras como uma organização responsável e geradora de impacto positivo para a indústria do futebol e toda a sociedade. O projeto de responsabilidade institucional conta com pilares econômico, social e ambiental.

No ano passado, o Verdão já realizou uma ação de alerta contra o desmatamento, em parceria com a PUMA. No primeiro tempo do jogo contra o Vasco, pelo Campeonato Brasileiro, a equipe utilizou o seu tradicional uniforme verde, com alguns espaços em branco; na etapa final, o verde perdeu ainda mais espaço na camisa, com aumento dos espaços em branco, simbolizando o efeito das queimadas.

Ainda em 2024, o Palmeiras se mobilizou para ajudar as vítimas da catástrofe climática que afetou o estado do Rio Grande do Sul, doando toda a renda líquida da partida contra o Athletico-PR para vítimas das enchentes, estampando um QR Code na camisa dos jogadores a fim de divulgar campanhas de doações e disponibilizando postos para arrecadação de suprimentos.

Em 2023, o clube destinou mais de 3 toneladas de alimentos não perecíveis ao povo Yanomami, que atravessava grave crise humanitária em Roraima.

A fim de contribuir com a preservação do meio-ambiente, o clube também adotou medidas que influenciam no cotidiano de todos os seus colaboradores, entre elas o uso de eneria renovável na Academia de Futebol e na sede social.

O Maior Campeão do Brasil ainda participa anualmente de campanhas preventivas como Setembro Amarelo (suicídio), Outubro Rosa (câncer de mama e colo do útero), Novembro Azul (câncer de próstata) e Dezembro Verde (abandono e maus-tratos contra animais), entre outras.