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Lote com 8 mil litros de insumo da vacina CoronaVac chega a SP

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Carga importada da China desembarcou no Aeroporto de Guarulhos nesta quinta (4). Butantan estima que conseguirá produzir 14 milhões de doses a partir da matéria-prima em 20 dias.

Um lote com 8 mil litros de insumo da vacina CoronaVac chegou a São Paulo na manhã desta quinta-feira (4).

A estimativa do Instituto Butantan é a de produzir 14 milhões de doses a partir da matéria-prima e iniciar a entrega para o governo federal em três semanas.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, estiveram no local para receber o material.

Secretário da Saúde de SP, governador João Doria e diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, acompanharam a chegada o insumo  — Foto: Reprodução/TV Globo

Importado da China, o lote saiu de Pequim em um voo comercial e desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, por volta das 6h10.

A carga será levada para o Instituto Butantan, responsável pela etapa final de produção da vacina no Brasil – envase, inspeção e rotulagem.

Novo lote com insumo da CoronaVac chega a SP nesta quinta — Foto: Reprodução/TV Globo

Ministério da Saúde

Nesta quarta (3), o Instituto Butantan liberou mais 900 mil doses da vacina Coronavac ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.

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Desde o dia 23 de fevereiro, o Butantan afirma que já disponibilizou 4,6 milhões de novas doses do imunizante ao governo federal, para distribuição no país.

Com isso, o total de vacinas disponibilizadas ao PNI chegaram a 14,45 milhões desde o início das entregas, em 17 de janeiro, diz o governo de São Paulo.

As doses enviadas em fevereiro fazem parte do lote de imunizantes envasados no Butantan com o insumo farmacêutico ativo (IFA), enviado pelo laboratório chinês Sinovac Life Science.

O Instituto afirma que realiza uma força-tarefa para seguir envasando, em ritmo acelerado, novas doses da Coronavac para a entrega ao PNI. Uma das ações foi dobrar o quadro de funcionários na linha de envase.

“Até o final de março serão entregues 21 milhões de doses da vacina e, até 30 de abril o número de vacinas disponibilizadas ao PNI somará 46 milhões. O Butantan ainda trabalha para entregar outras 54 milhões de doses para vacinação dos brasileiros até 30 de agosto”, disse nesta quarta (3) o comunicado oficial do instituto.

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Doses da Coronavac entregues ao Ministério da Saúde em 2021

  • 17 de janeiro: 6 milhões de doses
  • 22 de janeiro: 900 mil doses
  • 29 de janeiro: 1,8 milhão de doses
  • 5 de fevereiro: 1,1 milhão de doses
  • 23 de fevereiro: 1,2 milhão de doses
  • 24 de fevereiro: 900 mil doses
  • 25 de fevereiro: 453 mil doses
  • 26 de fevereiro: 600 mil doses
  • 28 de fevereiro: 600 mil doses
  • 3 de março: 900 mil doses
  • Total: 14,45 milhões de doses
  • Fonte: Instituto Butantan e Governo de SP

Distribuição ao país

Mais 2,5 milhões de doses da vacina CoronaVac estão sendo enviadas a todos os estados e ao Distrito Federal nesta quinta-feira (4), informou o Ministério da Saúde.

Segundo a pasta, o novo lote é destinado a “vacinar o restante dos trabalhadores da saúde, indígenas do estado do Amazonas e pessoas de 80 a 84 anos”.

A nova remessa corresponde à entrega de duas doses. Sendo assim, os estados e municípios precisam reservar a segunda dose da CoronaVac para garantir que ela seja aplicada de 2 a 4 semanas depois da primeira.

G1

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Por que o chocolate enfrenta uma ameaça existencial?

Os preços do chocolate dispararam em meio a condições climáticas muito secas na África e no Brasil, em um sintoma da crescente desertificação de terras alimentada pelas mudanças climáticas

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Regiões como o Nordeste do Brasil, uma das principais áreas produtoras de cacau do mundo, estão lutando contra uma crescente aridez – uma secagem lenta, porém implacável, da terra. O cacau é produzido a partir das sementes do cacaueiro, que se desenvolve em climas úmidos. As plantações estão lutando para sobreviver nessas regiões de seca, assim como os agricultores que a cultivam.

E essa não é apenas uma história do Brasil. Na África Ocidental, onde 70% do cacau do mundo é cultivado, nas Américas e no Sudeste Asiático, a mudança dos níveis de umidade ameaça o delicado equilíbrio necessário para a produção do cacau. Essas regiões, que abrigam ecossistemas vibrantes e celeiros globais que alimentam o mundo, estão na linha de frente do avanço lento, mas implacável, da aridez.

Nos últimos 30 anos, mais de três quartos da massa terrestre da Terra tornaram-se mais secos. Um relatório recente que ajudei a coordenar para a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação constatou que os solos secos agora cobrem 41% da terra global, uma área que se expandiu em quase 4,3 milhões de quilômetros quadrados (1,7 milhão de milhas quadradas) nessas três décadas – cerca de metade do tamanho da Austrália.

Essa secura progressiva não é apenas um fenômeno climático. Trata-se de uma transformação de longo prazo que pode ser irreversível e que traz consequências devastadoras para os ecossistemas, a agricultura e os meios de subsistência em todo o mundo.

O que causa a aridez?

A aridez, embora muitas vezes seja considerada como um fenômeno puramente climático, é o resultado de uma interação complexa entre fatores influenciados pela humanidade. Esses fatores incluem emissões de gases de efeito estufa, práticas de uso da terra e a degradação de recursos naturais essenciais, como o solo e a biodiversidade.

Essas forças interconectadas têm acelerado a transformação de paisagens outrora produtivas em regiões cada vez mais áridas, com consequências que se propagam por ecossistemas e economias.

Emissões de gases de efeito estufa: um catalisador global

As mudanças climáticas induzidas pela Humanidade são o principal fator de aumento da aridez.

As emissões de gases de efeito estufa, principalmente da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento, aumentam as temperaturas globais. O aumento da temperatura, por sua vez, faz com que a umidade evapore mais rapidamente. Essa evaporação elevada reduz a umidade do solo e das plantas, agravando a escassez de água, mesmo em regiões com chuvas moderadas.

A aridez começou a se acelerar globalmente na década de 1950, e o mundo tem visto uma mudança acentuada nas últimas três décadas.

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Esse processo é particularmente acentuado em regiões já propensas a secas, como a região do Sahel na África e o Mediterrâneo. Nessas áreas, a redução da precipitação, combinada com o aumento da evaporação, cria um ciclo de feedback: os solos mais secos absorvem menos calor, deixando a atmosfera mais quente e intensificando as condições de aridez.

Práticas insustentáveis de uso da terra: um acelerador oculto

A aridez também é afetada pela forma como as pessoas usam e gerenciam a terra.

Práticas agrícolas insustentáveis, o sobrepastoreio e o desmatamento retiram dos solos sua cobertura vegetal protetora, deixando-os vulneráveis à erosão. As técnicas agrícolas industriais geralmente priorizam a produção de curto prazo em detrimento da sustentabilidade de longo prazo, esgotando os nutrientes e a matéria orgânica essenciais para solos saudáveis.

Por exemplo, em regiões produtoras de cacau, como o Nordeste do Brasil, o desmatamento para abrir espaço para a agricultura interrompe os ciclos hídricos locais e expõe os solos à degradação. Sem vegetação para ancorá-la, a camada superficial do solo – essencial para o crescimento das plantas – é lavada pelas chuvas ou soprada pelos ventos, levando consigo nutrientes vitais.

Essas mudanças criam um ciclo vicioso: os solos degradados também retêm menos água, o que leva a mais escoamento, reduzindo a capacidade de recuperação da terra.

Conexão entre solo e biodiversidade

O solo, muitas vezes negligenciado nas discussões sobre a resiliência climática, desempenha um papel fundamental na mitigação da aridez.

Solos saudáveis funcionam como reservatórios, armazenando água e nutrientes dos quais as plantas dependem. Eles também apoiam a biodiversidade abaixo e acima do chão. Uma única colher de chá de solo contém bilhões de microrganismos que ajudam no ciclo de nutrientes e mantêm o equilíbrio ecológico.

Entretanto, à medida que os solos se degradam devido à aridez e ao manejo inadequado, essa biodiversidade diminui. As comunidades microbianas, essenciais para os ciclos de nutrientes e a saúde das plantas, diminuem. Quando os solos ficam compactados e perdem matéria orgânica, a capacidade da terra de reter água diminui, tornando-a ainda mais suscetível ao ressecamento.

Em resumo, a perda da saúde do solo cria efeitos em cascata que prejudicam os ecossistemas, a produtividade agrícola e a segurança alimentar.

Crises iminentes de segurança alimentar

O cacau é apenas uma das culturas afetadas pela expansão da aridez.

Outras zonas agrícolas importantes, incluindo os celeiros do mundo, também estão em risco. No Mediterrâneo, no Sahel da África e em partes do oeste dos EUA, a aridez já prejudica a agricultura e a biodiversidade.

Até 2100, até 5 bilhões de pessoas poderão viver em terras secas – quase o dobro da população atual nessas áreas, devido ao crescimento populacional e à expansão das terras secas à medida que o planeta se aquece. Isso exerce uma enorme pressão sobre os sistemas alimentares. Também pode acelerar a migração, pois o declínio da produtividade agrícola, a escassez de água e a piora das condições de vida forçam as populações rurais a se mudarem em busca de melhores oportunidades de vida.

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Os efeitos em cascata da aridez também vão muito além da agricultura. Os ecossistemas, já sobrecarregados pelo desmatamento e pela poluição, ficam estressados com a redução dos recursos hídricos. A vida selvagem migra ou morre, e as espécies de plantas adaptadas a condições mais úmidas não conseguem sobreviver. As delicadas pastagens do Sahel, por exemplo, estão rapidamente dando lugar a arbustos típicos dos desertos.

Em escala global, as perdas econômicas ligadas à aridificação são surpreendentes. Na África, o aumento da aridez contribuiu para uma queda de 12% no produto interno bruto de 1990 a 2015.
Tempestades de areia e poeira, incêndios florestais e escassez de água sobrecarregam ainda mais os governos, exacerbando a pobreza e as crises de saúde nas regiões mais afetadas.

O caminho a seguir

A aridez não é inevitável, nem seus efeitos são completamente irreversíveis. Mas esforços globais coordenados são essenciais para conter sua progressão.

Os países podem trabalhar juntos para recuperar terras degradadas, protegendo e restaurando ecossistemas, melhorando a saúde do solo e incentivando métodos agrícolas sustentáveis.

As comunidades locais podem gerenciar a água de forma mais eficiente por meio da coleta de água da chuva e de sistemas avançados de irrigação que otimizem o uso da água. Os governos podem reduzir os fatores que causam as mudanças climáticas investindo em energia renovável.

A colaboração internacional contínua, incluindo o trabalho com empresas, pode ajudar a compartilhar tecnologias para tornar essas ações mais eficazes e disponíveis em todo o mundo.

Portanto, ao saborear o chocolate neste Dia de São Valentim, lembre-se dos frágeis ecossistemas por trás dele. O preço do cacau no início de 2025 estava próximo de seu maior valor de todos os tempos, em parte devido às condições de seca na África. Sem uma ação urgente para combater a aridez, esse cenário pode se tornar mais comum, e o cacau – e as doces misturas derivadas dele – pode muito bem se tornar um luxo raro.

A ação coletiva contra a aridez não se trata apenas de salvar o chocolate – trata-se de preservar a capacidade do planeta de sustentar a vida.

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