GERAL
Preste a ser reeleito, presidente da FMF destaca resgate da credibilidade de MT

Aron Dresch defende que o Cuiabá na Série A será ainda mais positivo se tiver torcida na Arena Pantanal
Presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) desde de 2017, Aron Dresch, agora busca sua reeleição para comandar a instituição no próximo quadriênio. A eleição ocorre às 09h da próxima sexta (26). Atualmente, são 15 times profissionais da 1ª e 2ª divisão e uma liga de futebol que estão filiadas a FMF. Nas palavras de Dresch, a Federação nada mais é que um cartório passador de papel, lugar onde é responsável pela organização de campeonatos e, também, onde se faz todas as questões relacionadas ao futebol.
A equipe do visitou a sede da Federação e conversou com o único candidato até então sobre os desafios que terá pela frente em seu novo mandato. Questões importantes foram citadas pelo atual gestor, como por exemplo, melhorias na Arena Pantanal, ascenção do Cuiabá à Série A, a volta do público nos estádios mato-grossenses, além das principais metas para sua nova gestão.
Veja abaixo os principais trechos da entrevista
Como avalia o seu mandato? Conseguiu cumprir os objetivos?
Em parte, conseguimos, até além do esperado com a sociedade, diria pelo fato dos parceiros que vieram e apoiaram os campeonatos, nos ajudaram nas empreitadas com o nosso futebol. Então, isso nos surpreendeu pelo fato da seriedade, honestidade, credibilidade que a gente tem perante o mercado. Essa questão, por exemplo, da credibilidade, isso conta muito na hora do investimento do empresariado no futebol como patrocinador.
É o único candidato à FMF, quais são as principais metas para a nova gestão?
O que nos falta fazer ainda seria o futebol de base com mais campeonatos e mais categorias Sub-10 até o sub-14 que hoje é o sub-15 e já estamos fazendo, mas esse ano que passou nós não tivemos essas categorias por conta da pandemia, então isso nos deixou um pouco a desejar, mas esse ano de 2021 é um dos objetivos que nós temos e para os próximos anos também, e além das melhorias dos nossos campeonatos de segunda divisão, da Copa FMF. Além do nosso campeonato que vem em pouco a pouco, agora, a emissora vai transmitir os jogos em novo horário, e não mais nos horários que todos reclamavam, então isso acaba sendo um fato que se já passou. Agora nós vamos ter um horário que não choca com o eixo Rio e São Paulo no horário das 15h dos domingos, então isso vai mudar, vai ser nos domingos, na parte da manhã e eventualmente aos sábados à tarde.
Como funciona o orçamento da Federação?
O orçamento da Federação sobrevive em cima da CBF, então hoje nós temos uma porta da CBF que nos dá pagamentos de funcionários, entre outras despesas da Federação. Hoje, como se sabe, nós não temos renda, não temos o 5% e hoje existe também a questão de transferência que não está sendo muito movimentada, mas é um outro meio financeiro que a Federação tem. Hoje o que teria que ter é essa questão de base para que quando o atleta é federado aqui ou tem uma transação internacional, a Federação teria um recebimento, mas hoje está difícil porque os atletas daqui normalmente passam direito para a Federação e vão até outras Federações de outros estados e times para se filiar e jogar nas bases desses times. A questão da base que eu coloquei antes, que não segura o próprio atleta aqui.
O orçamento pode melhorar com o Cuiabá na Série A? Qual a previsão?
Se nós tivermos público será bom, caso ao contrário, não será. Nós temos que basear tudo em público, se não houver público nos estádios, nós não vamos ter nada, da mesma forma desse ano que passou, nós esperamos que esse ano mude quando o Cuiabá estiver jogando aqui, eu acredito que vai mudar. Eu diria assim, igual diz o presidente Bolsonaro, enquanto nós ficarmos em casa sentados, olhando, não vai, é melhor ter que arriscar do que você pagar lá na frente com coisas piores por vir.
Como funciona a divisão da arrecadação entre os times e a Federação?
Quando se tem jogos de fora, como por exemplo, dois grandes times, eles veem e fazem a proposta, normalmente a base é 5%, mas na verdade, o time não quer pagar e nem a Federação quer receber essa porcentagem. Então, se fecha normalmente entre 3% e 4%. Uma arrecadação de R$ 1 milhão, nós ficaríamos com R$ 40 mil no bruto, isso em uma semana, porque cada semana teria um jogo, agora falando numa média, se tivéssemos uma arrecadação de R$ 4 milhões de renda em um mês, teríamos R$ 160 mil no mês.
O que pode melhorar para o futebol mato-grossense e para a própria cidade em si com a ascensão do Cuiabá à elite?
A própria cidade em si melhora toda a questão de hotelaria, entretenimento, turismo, existem muitas coisas que vão mudar. Então, na verdade, só tem a ganhar a cidade e o Estado. Os outros times são aquela questão de você estar na mesma posição que o próprio Cuiabá, que tudo é possível, todos estão a poder fazer a mesma situação que o Cuiabá fez. Não tem porque eles não se espelharem, o bom é eles atingirem o mesmo objetivo que um dia o Cuiabá fez. Os próprios clubes existem uma mobilização, apoio nesse sentido para o Cuiabá e eles também querendo aumentar o próprio nível técnico dos clubes, então isso só deixa que as coisas fiquem melhores para o nosso futebol.
As categorias de bases também terão espaço garantido na Federação? Quais os planos para os 141 municípios de MT?
Hoje existe uma situação de logística um pouco complicada, são 141 municípios, mas só existe uma maneira, se regionalizando e fazendo em partes, e no final traria todos esses times da Capital, seria um modelo para a base, e existe projetos, nós estamos abertos a ouvir em parceria com os próprios clubes que tem interesse na base. Na verdade, essa logística hoje nós possivelmente vamos ter no transporte. Nesse ano de 2021 para fazermos, e como eu citei, é abrindo novas categorias, isso que é o ideal, começando mais cedo, porque hoje se começar no futebol com 14, 15 anos já é tarde, hoje é 10 anos, quando o pessoal já está a procura dele. A ideia é fazer um campeonato curto, mas com calendário, afim dessa base ficar sempre ativa.
A Arena Pantanal é apontada, por alguns, como um “elefante branco”, concorda?
Posso até concordar, mas diria assim, é complicado dizer: “Existe o Cuiabá na Série A e agora não é mais elefante branco”, mas os campeonatos estaduais existiam, e se nós sabíamos que nós tínhamos times da nossa categoria, quando uma Copa do Mundo não iria melhorar os times, então nós éramos sabedores disso, antes da Copa do Mundo. A Arena Pantanal pode ser multiuso, mas o gramado não. Ela pode ser usada como está sendo atualmente com o Centro de Triagem para a Covid-19, então está sendo usada e não é um elefante branco, está sendo usada para escola, mas o gramado é só para o Futebol ou outros esportes que praticam atividades em cima da grama. A Arena foi criada para o futebol, não tem nada a ver com outro esporte, isso é minha opinião, mas se você quiser adaptar, pode adaptar, mas desde que for planejada. A intenção era para ser usada na Copa do Mundo de 2014, então esse legado foi deixado para o futebol e não para outros esportes. Agora, o multiuso na Arena pode ser usado para o que for, menos o gramado. O gramado não é multiuso. O fato de ser um elefante branco é porque não quer usar, mas como é multiuso, pode usar para várias coisas, desde que seja adaptado. Isso é uma questão bastante política, a Arena não está apta para receber nenhum grande evento, quando o nosso governador está fazendo juntamente com o secretário um investimento de aproximadamente R$ 23 milhões para reformar o estádio. Então, na verdade, ela não está apta, caso ao contrário não iria existir essa reforma.
Como estão as tratativas com o governo para melhorar o estádio?
Tranquilo, isso está sendo feito, acho que a verba já está aprovada pelo governador.
É a favor da concessão? Se sim, em qual formato?
Não vejo o porquê, acho que desobriga o Estado de ter uma obrigação com a própria Arena, desde que os clubes que são daqui tenham os diretos deles, tranquilo. Nós temos que ter os nossos direitos de clubes do estado e do município. Nós temos que estar no meio, caso ao contrário, não vai dar certo. Alugar casa para os outros e nós não temos direitos de entrar, fica difícil.
Qual a diferença de gasto jogar na Arena Pantanal e no estádio do Dutrinha?
Hoje tem um custo igual, porque se analisar bem, não tem renda, existe a questão de um valor porcentual sobre a renda que seria o aluguel da Arena para o Estado. Como nós não temos renda, então não tem esse percentual. Hoje, o policiamento e a própria arbitragem, ela é toda igual, tudo que se faz no Dutrinha e se faz também na Arena. Se tiver o público, aí terá o aumento de segurança privada, aí se paga taxa conforme o público.
A Federação vai se movimentar para garantir o retorno dos jogos com torcidas? Acha que já é seguro?
A Federação não teria essa autonomia desse movimento, eu sou a favor dos jogos com presença de público, mas tem que ter o protocolo seguido. O próprio time tem que cumprir, não é dever da Federação, ela vai apenas exigir, mas quem vai fazer o protocolo é o clube mandante. Agora, se isso é viável para o clube, eu não sei. As vezes o molho é mais caro do que a carne, como diz um ditado. Então fica muito mais caro você fazer um protocolo funcionar do que ter de lucro a própria renda dos jogos. Tem que ter um volume reduzido de pessoas, álcool em gel, uma triagem bem-feita, então isso demanda muitas coisas que são necessárias para esse momento. Não é só liberar e ir assistir. A gente não entende como algumas coisas pode, por exemplo, no estádio estamos ao ar livre, e dentro de um avião nós estamos presos com até 200 pessoas, um sentado ao lado do outro e pode, agora dentro de um estágio não pode. São umas coisas que a gente não entende, eu diria que quando você está no estádio, é local de ar livre, e em um ambiente fechado o poder de transmissão é muito maior. Fica complicado julgar e dizer que você não pode ir lá, mas pode ir aqui. É dois pesos e duas medidas.
RD NEWS

GERAL
Conclave: quem pode substituir o papa Francisco? Lista de favoritos tem italianos, americano e brasileiro; veja
Conclave começa na quarta-feira (7) e irá definir os rumos da Igreja Católica para os próximos anos

O conclave que vai escolher o novo papa começa na quarta-feira (7), no Vaticano. A votação reunirá 133 cardeais com menos de 80 anos. Na lista de favoritos para vencer a eleição estão italianos, um americano e até mesmo um brasileiro.
A disputa pela liderança do catolicismo ocorre em meio à expectativa sobre os rumos da instituição após o papado de Francisco. Nos últimos 12 anos, o pontífice ficou conhecido por promover reformas, além de ter se aproximado minorias e ter feito uma Igreja mais voltada aos pobres.
Francisco morreu no dia 21 de abril, aos 88 anos. Desde então, a Igreja está no período de Sé Vacante, ou seja, sem um papa. A expectativa é que um novo líder seja eleito nos próximos dois dias.
Os favoritos ao cargo máximo da Igreja Católica representam uma diversidade de regiões e correntes internas: há nomes ligados ao legado de Francisco, com postura mais progressista, e também figuras de perfil mais conservador.
Confira a seguir alguns nomes.
Jean-Marc Aveline, França
Jean-Marc Aveline é conhecido em alguns círculos católicos como “João XXIV”, em referência à sua semelhança com João XXIII, o papa reformador de rosto redondo do início dos anos 1960.
Aveline é conhecido por sua natureza simples e descontraída, sua facilidade para fazer piadas e sua proximidade ideológica com Francisco, especialmente em relação à imigração e às relações com o mundo muçulmano.
Ele também é um intelectual sério, com doutorado em teologia e graduação em filosofia.
O arcebispo nasceu na Argélia em uma família de imigrantes espanhóis que se mudaram para a França após a independência da Argélia, e viveu a maior parte de sua vida em Marselha.
Sob o comando de Francisco, Aveline fez grandes progressos na carreira, tornando-se bispo em 2013, arcebispo em 2019 e cardeal três anos depois.
O nome dele foi impulsionado em setembro de 2023, quando organizou uma conferência internacional da Igreja sobre questões mediterrâneas, na qual o papa Francisco foi o convidado principal.
Se assumisse o cargo máximo, Aveline se tornaria o primeiro papa francês desde o século 14, um período turbulento em que o papado se mudou para Avignon. Ele também seria o papa mais jovem desde João Paulo II.
Péter Erdő, Hungria
Erdő já era um dos candidatos ao pontificado no conclave de 2013, graças aos seus amplos contatos com a Igreja na Europa e na África. Ele também se destaca por ser visto como um pioneiro do movimento da Nova Evangelização para reacender a fé católica em nações avançadas secularizadas — uma prioridade para muitos cardeais.
O religioso é considerado conservador em teologia e, em discursos por toda a Europa, enfatiza as raízes cristãs do continente. No entanto, também é visto como pragmático e nunca entrou em conflito abertamente com Francisco, ao contrário de outros clérigos de mentalidade tradicional.
Apesar disso, Erdő causou surpresa no Vaticano durante a crise migratória de 2015, quando foi contra o apelo do papa Francisco para que as igrejas acolhessem refugiados, dizendo que isso equivaleria a tráfico de pessoas — aparentemente se alinhando com o primeiro-ministro nacionalista da Hungria, Viktor Orban.
No entanto, após uma audiência com Francisco, ele mudou de opinião e passou a defender os refugiados.
Especialista em direito canônico, Erdő teve uma trajetória acelerada durante toda a sua carreira, tornando-se cardeal quando tinha apenas 51 anos, o que o tornou o membro mais jovem do Colégio dos Cardeais até 2010.
Mario Grech, Malta
Grech vem de Gozo, uma pequena ilha que faz parte de Malta, o menor país da União Europeia. Partindo de um começo modesto, o cardeal evoluiu para grandes feitos, sendo nomeado pelo papa Francisco para ser secretário-geral do Sínodo dos Bispos — um cargo de peso dentro do Vaticano.
Inicialmente visto como conservador, Grech se tornou um porta-voz das reformas de Francisco dentro da Igreja durante anos, evoluindo rapidamente com os tempos.
Em 2008, vários cidadãos gays malteses declararam que estavam deixando a Igreja em protesto contra o que viam como uma postura anti-LGBT do então pontífice, o papa Bento XVI.
Grech demonstrou pouca simpatia na época. Já em 2014, em um discurso no Vaticano, ele pediu para que a Igreja fosse mais receptiva aos seus membros LGBTQIA+ e criativa para encontrar novas maneiras de abordar situações familiares contemporâneas.
No dia seguinte, o papa Francisco deu um tapinha em seu ombro durante o café da manhã e o elogiou pelo discurso, indicando-o para uma futura promoção.
Juan Jose Omella, Espanha
Modesto e bem-humorado, Omella vive uma vida humilde apesar de seu título elevado. Ele dedica sua carreira na Igreja ao cuidado pastoral, à promoção da justiça social e à personificação de uma visão compassiva e inclusiva do catolicismo.
“Não devemos ver a realidade apenas pelos olhos daqueles que mais têm, mas também pelos olhos dos pobres”, disse ele ao site de notícias Crux em abril de 2022, em palavras que refletiam a visão de mundo de Francisco.
Nasceu em 1946 na vila de Cretas, no nordeste da Espanha. Após ser ordenado, em 1970, serviu como padre em várias paróquias espanholas e passou um ano como missionário no Zaire, hoje República Democrática do Congo.
Ressaltando sua dedicação a causas sociais, de 1999 a 2015 ele trabalhou em estreita colaboração com a instituição de caridade espanhola Manos Unidas, que combate a fome, as doenças e a pobreza nos países em desenvolvimento.
Ele se tornou bispo em 1996 e foi promovido a arcebispo de Barcelona em 2015. Apenas um ano depois, Francisco lhe deu um barrete cardinalício vermelho — uma atitude vista como um claro endosso às tendências progressistas de Omella.
Pietro Parolin, Itália
Favorito dos apostadores, Parolin foi diplomata da Igreja durante a maior parte de sua vida e serviu como secretário de Estado do papa desde 2013, ano em que Francisco foi eleito.
O cargo é semelhante ao de um primeiro-ministro, e os secretários de Estado são frequentemente chamados de “vice-papas” porque estão em segundo lugar, depois do pontífice, na hierarquia do Vaticano.
Parolin atuou anteriormente como vice-ministro das Relações Exteriores do papa Bento XVI. Em 2009, foi nomeado embaixador do Vaticano na Venezuela, onde defendeu a Igreja contra as iniciativas do então presidente Hugo Chávez para enfraquecê-la.
Ele também foi o principal arquiteto da reaproximação do Vaticano com a China e o Vietnã. À época, conservadores o atacaram por um acordo sobre a nomeação de bispos na China comunista. Ele defendeu o acordo, afirmando que, embora não fosse perfeito, proporcionou alguma forma de comunicação com o governo de Pequim.
Parolin nunca foi um ativista de linha de frente ou barulhento nas chamadas Guerras Culturais da Igreja, que se concentravam em questões como aborto e direitos gays. Ele chegou a classificar a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo em muitos países como “uma derrota para a humanidade”.
Luis Antonio Gokim Tagle, Filipinas
Tagle é frequentemente chamado de “Francisco Asiático” devido ao seu comprometimento semelhante com a justiça social. Se eleito, será o primeiro pontífice da Ásia.
No papel, Tagle — que geralmente prefere ser chamado pelo apelido “Chito” — parece ter todos os requisitos para ser um papa.
Ele tem décadas de experiência pastoral desde sua ordenação sacerdotal em 1982. Depois, adquiriu experiência administrativa, primeiro como bispo de Imus e depois como arcebispo de Manila. O papa Bento XVI o nomeou cardeal em 2012.
Em uma ação vista por alguns como uma estratégia de Francisco para dar a Tagle alguma experiência no Vaticano, o papa o transferiu de Manila em 2019 e o nomeou chefe do braço missionário da Igreja — formalmente conhecido como Dicastério para a Evangelização.
Ele vem do que alguns chamam de “pulmão católico da Ásia”, já que as Filipinas têm a maior população católica da região. A mãe dele era filipina de origem chinesa.
Joseph Tobin, Estados Unidos
Aos 73 anos, Tobin é o primeiro pontífice da história nascido nos Estados Unidos — e também o primeiro vindo de um país sem maioria católica na era moderna. O americano é o mais velho de 13 irmãos e afirmou ser um alcoólatra em recuperação.
O religioso é conhecido por sua atitude de abertura em relação às pessoas LGBTQIA+, tendo escrito em 2017 que “em muitas partes da nossa igreja, pessoas LGBTQIA+ foram levadas a se sentirem indesejadas, excluídas e até mesmo envergonhadas”.
Tobin trabalhou no Vaticano de 2009 a 2012 e, depois, foi então nomeado pelo papa Bento XVI arcebispo de Indianápolis, Indiana. Francisco o promoveu a cardeal em 2016 e, posteriormente, o nomeou arcebispo de Newark.
Nesta última função, Tobin lidou com um dos escândalos católicos de maior repercussão dos últimos anos. Em 2018, o então cardeal Theodore McCarrick, um dos antecessores dele em Newark, foi afastado do ministério por acusações de má conduta sexual com seminaristas.
McCarrick, que nega qualquer irregularidade, renunciou ao cargo de cardeal e mais tarde foi considerado culpado por um tribunal do Vaticano e removido do sacerdócio.
Tobin recebeu elogios por sua condução do escândalo, incluindo a decisão de tornar públicos acordos anteriormente confidenciais feitos entre a arquidiocese e as supostas vítimas de McCarrick.
Ele também ficou conhecido por enfrentar o presidente Donald Trump por causa das políticas contra imigrantes. Em um dos episódios, Tobin foi testemunha de defesa de um mexicano em um tribunal de imigração.
Leonardo Ulrich Steiner, Brasil
Steiner tem 74 anos. Natural de Forquilhinha (SC), foi considerado pelo Vaticano o primeiro cardeal da Amazônia.
Estudou Filosofia e Teologia no convento dos Franciscanos de Petrópolis e é bacharel em Filosofia e Pedagogia pela Faculdade Salesiana de Lorena. Também é doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
Foi ordenado sacerdote em janeiro de 1978, em Forquilhinha. Após isso, por causa da formação em Pedagogia, atuou em vários projetos de educação. Entre 1999 e 2003, foi secretário-geral do Pontifício Ateneu Antoniano, em Roma. Ao voltar ao Brasil, foi nomeado vigário da Paróquia do Senhor Bom Jesus, em Curitiba.
Em fevereiro de 2005, foi nomeado bispo pelo Papa João Paulo II e assumiu a Prelazia de São Félix do Araguaia (MT). Em 2011, foi eleito secretário-geral da CNBB e, no mesmo ano, nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília pelo Papa Bento XVI.
Em 2019, tornou-se arcebispo de Manaus e, três anos depois, foi criado cardeal pelo papa Francisco.
Peter Turkson, Gana
De origens humildes em uma pequena cidade africana, o Peter Turkson alcançou grandes feitos na Igreja, o que o tornou um candidato a se tornar o primeiro papa da África Subsaariana.
Ele combina uma longa experiência pastoral cuidando de congregações em Gana com experiência prática na liderança de vários escritórios do Vaticano, bem como fortes habilidades de comunicação.
O fato de ele vir de uma das regiões mais dinâmicas para a Igreja, que está lutando contra as forças do secularismo em suas terras centrais europeias, também deve reforçar sua posição.
Quarto em uma família de 10 filhos, Turkson nasceu em Wassaw Nsuta, na então chamada Costa do Ouro, no Império Britânico. Seu pai trabalhava em uma mina próxima e também era carpinteiro, enquanto sua mãe vendia vegetais no mercado.
Ele estudou em seminários em Gana e Nova York, sendo ordenado em 1975. Depois, lecionou em seu antigo seminário ganês e fez estudos bíblicos avançados em Roma.
O papa João Paulo II o nomeou arcebispo de Cape Coast em 1992. Onze anos depois, o tornou o primeiro cardeal na história do estado da África Ocidental.
As promoções continuaram com Bento XVI, que o levou ao Vaticano em 2009 e o tornou chefe do Pontifício Conselho Justiça e Paz — o órgão que promove a justiça social, os direitos humanos e a paz mundial.
Nessa função, ele foi um dos conselheiros mais próximos do papa em questões como as mudanças climáticas e atraiu muita atenção ao participar de conferências como o fórum econômico de Davos.
Matteo Maria Zuppi, Itália
Quando Zuppi foi promovido em 2015 e se tornou arcebispo de Bolonha, a mídia nacional se referiu a ele como o “Bergoglio italiano”, devido à sua afinidade com Francisco.
Se eleito, Zuppi será o primeiro papa italiano desde 1978.
Assim como Francisco quando morava em Buenos Aires, Zuppi é conhecido como um “padre de rua” que se concentra nos migrantes e nos pobres, e pouco se importa com pompa e protocolo.
Ele atende pelo nome de “Padre Matteo”. Em Bolonha, às vezes, usa uma bicicleta em vez de um carro oficial.
Se ele fosse eleito papa, os conservadores provavelmente o veriam com desconfiança. Vítimas de abuso sexual também poderiam se opor a ele, já que a Igreja Católica Italiana, que ele lidera desde 2022, tem sido lenta em investigar e confrontar a questão.
-
Cidades6 dias ago
Com mais de 430 m², nova agência da Sicredi de Capanema/PA inaugura na segunda, dia 09
-
Cidades4 dias ago
Gripe aviária é detectada em aves de subsistência em Campinápolis (MT)
-
Cidades6 dias ago
1º Torneio de Pesca Esportiva em Nova Nazaré acontece neste sábado (7)
-
Política6 dias ago
Quem é a prefeita de Marituba, no Pará, criticada por postar vídeo de biquíni
-
Policial4 dias ago
Condenado pela Justiça de Água Boa por estupro de vulnerável é preso em ação conjunta das Polícias de MT e GO
-
Agricultura4 dias ago
Vazio sanitário da soja começou neste domingo (8) em MT
-
Policial3 dias ago
Radialista é encontrado morto a tiros perto da casa onde morava em MT
-
Policial4 dias ago
Garçom é morto com vários tiros no rosto em Confresa
You must be logged in to post a comment Login