Mato Grosso
Mato Grosso vai sediar a 1ª Exposição Internacional de Máquinas Agrícolas da China

O Estado de Mato Grosso vai sediar, entre os dias 26 e 28 de novembro, a 1ª Exposição Internacional de Máquinas Agrícolas da China (Ciame) no Brasil. O evento, que ocorre em Primavera do Leste, marca os 50 anos das relações diplomáticas do Brasil com a China.
A exposição, organizada pelo Ministério de Comércio da República Popular da China e executada pela empresa Nanguang, conta com apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e busca apresentar as inovações tecnológicas mais recentes desenvolvidas no país na área de agricultura digital e inteligente.
O objetivo da exposição também é fomentar a troca de conhecimento entre empresários e produtores rurais dos países sobre tendências e desafios do ramo, além de apresentar as inovações tecnológicas mais recentes desenvolvidas no país para o setor do agronegócio.
O evento será realizado no estacionamento da empresa chinesa LongPing High-Tech, com mais de 30 empresas expositoras. A entrada é gratuita.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, ressaltou que a escolha de Mato Grosso para sediar o evento demonstra a importância do papel e a boa imagem do Estado no cenário global.
“Este evento é uma oportunidade para continuar fortalecendo a imagem mato-grossense. Nossa agricultura é uma das mais produtivas e inovadoras do mundo. Eventos como esse são fundamentais para impulsionar a troca de experiências e o avanço tecnológico no setor. Estamos muito satisfeitos em apoiar a Exposição Internacional de Máquinas Agrícolas da China, que certamente será um marco para o desenvolvimento econômico do Estado e para o estreitamento de laços comerciais entre o Brasil e a China”, afirmou César Miranda.
O secretário destacou ainda que eventos como esse fazem parte do trabalho de internacionalização do Estado, realizado pela Sedec. O Governo de Mato Grosso busca tornar os produtos agrícolas mato-grossenses ainda mais competitivos no mercado global para consolidar a exportação das commodities e estimular seu desenvolvimento econômico.
Fonte: Governo MT – MT

Mato Grosso
A rotina de uma cuiabana imigrante ilegal nos EUA de Trump
Moradora de Orlando, jovem que pediu para não se identificar relata rotina de medo da deportação.

/ Midia News
Ilegalmente nos Estados Unidos há quase quatro anos, uma jovem cuiabana relatou ao MidiaNews a rotina de medo constante com a nova política do presidente Donald Trump. De acordo com a jovem, o preconceito dos americanos e o risco de deportação são uma realidade cada vez mais próxima dos imigrantes que vivem no país.
A jovem de 22 anos teve o seu contato com o país quando viajou com a mãe para a cidade de Deerfield, na Flórida (FL), a fim de visitar o seu irmão – que morava no país há oito anos – por duas semanas. No entanto, ela decidiu ficar por mais alguns meses.
Ela conseguiu o seu primeiro trabalho em Melbourne (FL), onde ficou por três meses, seguindo para Jacksonville (FL) e para Lakeland (FL), onde morou por mais quatro e oito meses, respectivamente, antes de se mudar para Orlando, a cidade em que vive há cerca de dois anos.
A jovem decidiu continuar no país para conquistar uma situação financeira melhor e fazer cursos que queria no Brasil. Atualmente trabalha em três empregos, como tatuadora, body piercing e babá, e pretende continuar nos Estados Unidos.
Após a posse do atual presidente, Donald Trump, ela afirmou que a situação dos imigrantes, principalmente os que estão no país de forma ilegal, é de medo e receio.
“Em relação às ações anti-imigrantes do Trump, depois que ele foi eleito como presidente, obviamente que a princípio foi bem confuso. E quando começaram as deportações em massa e tudo mais, foi um momento bem assustador, eu diria, mas não assustador ao ponto de paralisar, o tipo de situações que eu desistiria de trabalhar por medo”, afirmou.
A jovem destaca que não tem opção a não ser continuar trabalhando, já que, para se esconder, precisaria parar de trabalhar e não tem dinheiro o suficiente guardado para isso.
“A gente vai com medo mesmo, trabalha com medo mesmo, dirige com medo mesmo e segura na mão de Deus. Não tem muito o que se fazer. A gente já está aqui, já tá no meio disso, não tem pra onde fugir, não tem como se esconder”.
De acordo com ela, uma deportação pode acontecer até mesmo com imigrantes que possuem o Green Card – documento que permite residir e trabalhar no país de forma permanente. Há casos de pessoas que possuíam a documentação e ainda assim foram deportadas, por estarem na hora e local errados.
“Pode acontecer em qualquer momento, se você estiver na hora errada e no lugar errado. Antes tinha uma distinção. Ele disse que ia ter uma distinção e seriam só criminosos, pessoas com passagem criminal ou algo assim. Mas chegou um momento que, independente do que você tem de documentação, se você estiver na hora e no lugar errado, você poderá ter a possibilidade de ser deportado”, disse.
A jovem relata que o que a deixa mais tranquila é o fato de Orlando não ser o foco principal do presidente, mas destaca que o seu medo não é necessariamente ser deportada, e sim presa, o que tem acontecido frequentemente com imigrantes que esperam a deportação.
“Não tenho medo de ser deportada, eu tenho medo do que eles possam fazer antes de ser deportada. Porque o deportada é tranquilo, você vai entrar no avião, voltar para o seu país de graça. Então está ok. O mundo não vai acabar se eu voltar para o Brasil hoje. Mas acredito que até chegar o momento de você entrar no avião, você vai preso com outros presidiários que fizeram outras coisas. Essa etapa é algo que me assusta”, afirmou.
Ela conheceu pessoas que ficaram meses presas antes da deportação de fato, na mesma cela em que estavam pessoas que cometeram crimes graves. “Não que estar em um país [de forma] ilegal não seja um crime. É um crime também, eu digo [ficar] com pessoas que fizeram coisas piores. Então talvez essa etapa, a experiência de estar dentro de uma cadeia americana, comer comida da cadeia, dormir no chão com uma cobertinha de metal, essa experiência eu não gostaria de ter”, afirmou.
Além disso, ela evita se colocar em “situações de risco”, tomando o dobro de cuidado ao dirigir para evitar qualquer tipo de acidente e deixando de sair no período da noite para beber, preferindo viver em um ritmo tranquilo. “Eu nem fico pensando muito nisso, porque senão a gente pira. Se parar pra pensar muito, a gente começa a pirar”.
Preconceito contra imigrantes
A jovem percebe que o preconceito dos americanos contra imigrantes ficou mais acentuado após a posse de Trump. “Sempre existiu aqui, mas, obviamente, com o presidente incentivando a deportação dos imigrantes, incentivando essa individualidade, essa separação, como se eles fossem melhores e a gente piores, muitos americanos saíram da casinha. Aqueles que ficavam mais discretos agora escancaram mesmo o preconceito, sem medo do governo ou algo do tipo, porque o próprio presidente é um dos incentivadores. Então eles tiveram mais liberdade para liberar esse ódio aleatório, ódio de graça contra os imigrantes”, disse.
De acordo com ela, o preconceito fica estampado mesmo quando os imigrantes não são agredidos verbalmente.
“É algo que a gente consegue ver até nos olhares. Eles olham estranho. Quando eles escutam você falando em outra língua, eles reparam. Agora, com a posse do presidente, muitas pessoas se sentiram mais no direito e na liberdade de opinar de uma forma maldosa sobre os imigrantes”, acrescentou.
Ainda assim, a jovem percebe que os brasileiros ainda sofrem menos que povos de outras nacionalidades que possuem culturas muito diferentes da americana e que possam promover um “choque de cultura”.
Qualidade de vida
Atualmente, a cuiabana tem uma vida estável nos Estados Unidos. Ela possui estabilidade financeira, no trabalho e tem um carro. Acredita estar vivendo a sua melhor fase no país nos quase quatro anos de imigração.
Apesar disso, ressalta que morar no país não é fácil e que não é “o melhor lugar do mundo”. Ainda assim, gosta de residir no país.
“Principalmente se for levar em consideração o poder de compra, a qualidade de vida. Obviamente é uma diferença muito grande do Brasil. Aqui você consegue ganhar de acordo com o que trabalha. Então se você trabalha muito, você pode ganhar um dinheiro muito bom. Se você trabalha pouco, você pode ganhar nada. […] Neste sentido, vale mais a pena morar aqui, mas tem outros pontos também que tem que ser levado em consideração”.
“Você consegue perceber isso a partir do momento que você consegue ganhar um pouco mais de dinheiro, mas você não tem liberdade para ver sua família, você não tem liberdade para dirigir um carro, você não tem liberdade para discutir, você não tem autonomia, autoridade…. O preço é muito alto”.
Ela diz que a pessoa precisa estar disposta a recomeçar tudo do zero, a não ser que já tenha uma situação financeira favorável.
“Literalmente você tem que estar disposto a aceitar muito ‘trabalho escravo’, praticamente ganhar uma mixaria, porque você não tem experiência até você chegar em uma posição da qual você pode exercer a sua profissão ou conseguir se aperfeiçoar em alguma profissão nova que você adquirir aqui e conseguir reconhecimento com isso. Mas até acontecer os imigrantes eles sofrem muito aqui”.
Tudo isso além da questão do preconceito são fatores que pesam muito quando uma pessoa de outro país, principalmente emergente, decide morar nos Estados Unidos.
Deportação voluntária
O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos informou, no início deste mês, a iniciativa de oferecer US$ 1.000, além de auxílio em passagens aéreas, para imigrantes que optarem por serem deportados de forma voluntária.
As ações partem do objetivo de diminuir os custos de deportação dos imigrantes e fazer com que eles saiam por vontade própria do país. A jovem afirma que foi uma jogada muito inteligente da presidência, pois muitas pessoas são infelizes no país e só não vão embora por não terem condições o suficiente.
“Eu acredito que o que mais tem aqui é gente infeliz, insatisfeita de ter vindo para cá. E muitas vezes não volta para o país de origem porque não tem dinheiro pra comprar uma passagem, porque não tem realmente estrutura pra voltar”.
Ela teria aceitado a oferta se fosse feita no início de sua estadia nos Estados Unidos, destaca, pois este era o seu caso.
“Eu digo isso porque nos meus primeiros seis meses aqui foram seis meses muito duros. E eu pensava em voltar [para o Brasil] todos os dias da minha vida, mas eu não voltei justamente porque eu não tinha dinheiro e não tinha para quem pedir dinheiro emprestado para voltar e tudo mais. Acabei ficando aqui realmente por não ter outra opção”.
“Acredito que ele [Donald Trump] foi muito esperto nessa jogada e é melhor uma auto deportação você ir lá, se entregar e ir embora do que você ser pego de surpresa e perder tudo aquilo que você conquistou aqui e tudo mais”, afirmou.
Voltaria para o Brasil?
Para a cuiabana, voltar ou não para o Brasil depende unicamente da sua situação nos Estados Unidos. No momento, ela ainda pretende conquistar muitas coisas e não vê motivos para retornar, mas, de acordo com o que acontecer, principalmente com a questão das ações anti-imigrantes, afirma que pode mudar de ideia tranquilamente.
“Não suporto ficar aqui só por estar aqui. Tenho que estar suprindo as minhas necessidades e me fazendo feliz. A partir do momento que isso não suprir mais as minhas perspectivas em relação à qualidade de vida, felicidade, saúde mental, eu não tenho problema nenhum em voltar para o Brasil. Amo o Brasil. Mas ficarei o máximo possível para poder construir algo ou levar algo desse país como aprendizagem na minha vida”.
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