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Mato Grosso

MT anuncia que está na 3ª onda de Covid e prevê falta de UTIs em 15 dias

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Estado recuou de fechar Centro de Triagem e alerta que população deve redobrar cuidados para evitar aumento de contágio

O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, admitiu na manhã desta quinta-feira (20), em entrevista à Rádio Capital FM, que Mato Grosso já vive a “terceira onda” da Covid-19. Segundo ele, o reflexo no sistema de saúde do Estado deve começar a aparecer em 15 dias.

Gilberto explicou que o Estado já se prepara para enfrentar uma nova situação caótica como vivenciada em março de 2020 e 2021. “Acho que nós já estamos nela. Porque, o que é uma onda? É quando você tem um período de declínio substancial e depois o declínio termina e começa nascer uma nova onda. Então, isso já começa a aparecer. Já temos novas variantes circulando. Em alguns municípios a gente já sente um crescimento substancial. Provavelmente, nós temos uma onda nova a ser administrada daqui pra frente”, afirmou.

Segundo o secretário, o Estado já tem mudado alguns planos, tendo em vista o aumento de casos confirmados do novo coronavírus. Um deles diz respeito ao Centro de Triagem, localizado na Arena Pantanal.

O governador Mauro Mendes (DEM) estava avaliando fechar a estrutura por conta do início do Campeonato Brasileiro da série A e pela queda na demanda no mês de abril. Porém, Figueiredo afirma que, nos últimos dias, houve o crescimento na procura por atendimento e que já não há data fechamento do local.

“Infelizmente, nos últimos dias nós já estamos experimentando o crescimento do atendimento novamente lá no Centro de Triagem. Então, não temos data definida para interromper os atendimentos lá”, disse.

TUDO ABERTO

Outro motivo de preocupação para o Governo se dá no fato de que oito variantes do vírus estão em circulação no Estado. “Está muito relacionado ao comportamento da população. Nós tivemos uma série de episódios, principalmente, o Dia das Mães, a flexibilização praticamente total nos municípios das atividades que estavam tendo uma certa restrição e isso aumenta a circulação do vírus e de suas variantes. Nós já tivemos em situações mais confortáveis em relação a isso”, comentou.

Figueiredo já teme uma nova superlotação dos hospitais públicos e privados. Segundo ele, os reflexos devem ser sentidos em duas semanas.

“Os efeitos de crescimento nesses números de casos que começa a se apresentar agora, nós vamos perceber na hospitalização daqui uns 15, 20 dias. Então, nós precisamos todos os dias fazer uma análise e acompanhar isso. Nacionalmente, temos um declínio, mas precisamos estar preparados, caso efetivamente uma terceira onda venha com uma densidade muito grande no número de casos. Tem uma série de condicionantes que afetam esse comportamento, principalmente, a população que já está se comportando como se a pandemia tivesse acabado”, alertou.

Atualmente, a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está em 77,25% para UTIs adulto e em 36% para enfermarias adulto. Figueiredo explica que por mais que sejam abertos novos leitos, ainda corre o risco de serem insuficientes, caso a terceira onda seja muito grave.

“Nós não paramos nem um minuto de trabalhar na abertura de novos leitos de UTI. Nós temos hoje 608 leitos de UTI exclusivas para Covid no estado de Mato Grosso. Nós temos leitos de enfermaria em números substanciais, um total de 932 leitos foram criados. Mas, todos acompanham a dificuldade que é você intensificar a abertura de leitos de UTI, um conjunto acaba demandando cerca de 60 profissionais. Por mais que nos esforçamos na abertura de novos leitos, isso pode ser insuficiente caso a onda seja muito grave. Na segunda onda nós chegamos a ter 200 pacientes aguardando por leitos de UTI”, lembrou.

Olho no Araguaia/Folha Max

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Mato Grosso

“Sem fertilizante, o agro e o Brasil quebram”, diz Mendes

Governador apontou que país importa quase 90% do potássio que consome

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O governador Mauro Mendes, que disse que falta de políticas públicas oferecem riscos à segurança alimentar Foto: Reprodução

O governador Mauro Mendes (União) defendeu, nesta quarta-feira (29), a necessidade de o Brasil adotar políticas públicas mais eficientes para garantir a soberania do agronegócio e a segurança alimentar, especialmente com a redução da dependência da importação de fertilizantes.

A defesa foi feita durante sua participação no evento Agro Horizonte, em Brasília, e o promovido pela Globo Rural e Valor Econômico, reuniu especialistas, autoridades e lideranças do setor para discutir inovação e sustentabilidade no campo.

Mauro lembrou que o agronegócio brasileiro é responsável direto pelo superávit da balança comercial e por garantir a segurança alimentar de boa parte do planeta.

“O Brasil importa quase 90% do potássio que consome. Isso é um risco estratégico grave. Não dá para aceitar que uma mina descoberta no nosso território, como a de Autazes, demore 15 anos para ser licenciada. Essa dependência coloca em risco o presente e o futuro do agronegócio”, criticou.

Produtor de alimentos

O governador reforçou que Mato Grosso é o maior produtor de alimentos do país, e faz isso dando exemplo de sustentabilidade.

“Produzimos muito e preservamos mais ainda: 60% do nosso território está intacto. Somos o maior produtor de biodiesel, de etanol de milho e líderes em práticas ambientais transparentes. Mas sem fertilizante, não há produção. E sem produção, o Brasil quebra”, alertou.

De acordo com Mauro, além de reduzir a dependência dos fertilizantes, o Governo Federal precisa fortalecer ações como o seguro agrícola.

“Assim como somos referência no agro, também já fomos referência no futebol e hoje lutamos para não ficar fora de uma Copa. O mesmo pode acontecer com o agro, se não fizermos a lição de casa. Mato Grosso está fazendo sua parte, com investimentos pesados em rodovias, logística e infraestrutura para ajudar a escoar a produção. Mas é preciso que o país como um todo avance”, concluiu.

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