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Covid não é doença respiratória, mas vascular, concluem cientistas

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Pesquisadores do Salk Institute, nos EUA, demonstraram exatamente como o coronavírus danifica e ataca vasos sanguíneos

Embora seja transmitida pela via respiratória, a covid-19 é uma doença vascular, concluíram cientistas do Salk Institute e da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos.

Em um artigo publicado na sexta-feira (30) na revista científica Circulation Research, da AHA (Associação Americana do Coração), os pesquisadores conseguiram comprovar, em nível celular, como o coronavírus SARS-CoV-2, que causa a covid-19, danifica e ataca o sistema vascular.

“Isso poderia explicar por que algumas pessoas têm derrames e por que algumas pessoas têm problemas em outras partes do corpo. O que há de comum entre eles é que todos têm bases vasculares”, explica o coautor sênior do estudo, o professor Uri Manor.

A proteína de pico do coronavírus (spike), localizada na coroa dele, tem um papel crucial nos danos das células que revestem a parte interna dos vasos sanguíneos.

Durante o estudo, o grupo criou um pseudovírus que continha a proteína spike, mas sem vírus real. Eles, então, expuseram animais a ao pseudovírus e constataram que a proteína de pico sozinha é capaz de causar doenças.

As amostras de tecido mostraram inflamação nas células endoteliais que revestem as paredes da artéria pulmonar.

Estudos anteriores já mostravam um efeito semelhante diante do contato com o SARS-CoV-2 inteiro. Mas este é o primeiro trabalho a mostrar isoladamente o papel da proteína spike.

Essa proteína é a que o coronavírus usa para se ligar aos receptores das células humanas, chamados de ACE2.

As variantes mais transmissíveis que surgiram recentemente em vários lugares do mundo, inclusive no Brasil, apresentam mutações significativas nessa proteína, tornando a ligação com as células humanas mais fácil para o vírus.

Por isso, afirma Manor, “outros estudos com proteínas de pico mutantes também fornecerão uma nova visão sobre a infecciosidade e gravidade dos vírus SARS CoV-2 mutantes.

Olho no Araguaia –  R7

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Pandemia

Com 93% das cidades com risco MT esta sem leitos para pacientes com Covid-19

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Os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados para pacientes com Covid-19 em Mato Grosso chegaram a 100% de lotação nesta segunda-feira (26), segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT). O estado tem 38 leitos adultos na rede pública estadual, sendo 20 vagas no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, e 18 no Hospital Regional Hilda Strenger Ribeiro, em Nova Mutum.

Conforme o Painel da SES, os leitos de UTI infantil estão com taxa de ocupação de 20%. Das cinco vagas disponíveis, uma está ocupada em Mato Grosso.

Os dados mostram que a contaminação pelo vírus continua em alta no estado. A secretaria informou que 92,9% dos municípios estão na lista de classificação de risco para transmissão da Covid-19. São 51 cidades em risco muito alto, 43 em alto, 23 como moderado e 14 como baixo.

Os municípios com risco baixo possuem menos de 25 casos da Covid-19 por 100 mil pessoas, em 14 dias. Já em nível moderado representa de 25 a 150 casos da doença por 100 mil pessoas, em um período de 14 dias.

Em nível alto são 150 a 499 casos por 100 mil pessoas. Já em risco muito alto registram mais de 500 casos da doença por 100 mil pessoas.

Morte no Natal

Uma mulher de 54 anos morreu em decorrência da Covid-19 no dia de Natal, comemorado nesse domingo (25). A morte foi registrada em Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a paciente tinha registros de comorbidades. Ela deu entrada na UTI do Hospital das Clínicas no dia 3 deste mês, onde permaneceu até o momento do óbito.

Olho no Araguaia – Notícias dos Municípios

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