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PT afasta vereador que abriu caixão de idoso com facão em Minas VEJA VÍDEO

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O diretório do Partido dos Trabalhadores em Minas Gerais vai afastar um vereador que abriu o caixão de um idoso para tentar mostrar que a vítima não tinha morrido devido à covid-19. William Faria é parlamentar na cidade de Santa Bárbara do Leste, a 290 km de Belo Horizonte e será afastado pela legenda durante a investigação do caso.

O caso ganhou repercussão com o compartilhamento de um vídeo nas redes sociais pelo próprio parlamentar. Nas imagens, William aparece com um facão e viola o caixão do idoso, que estava lacrado.

De acordo com o vereador, o homem de 92 anos teria sido enterrado como vítima de covid-19, mas a ficha de inscrição no cemitério relatava como causa da morte “insuficiência respiratória”.

A gravação mostra que o vereador, primeiro, abre apenas uma tampa da urba. Em seguida, ele pega o facão e abre todo o caixão.

De acordo com o presidente do diretório estadual do PT, o deputado estadual Cristiano Silveira, o parlamentar cometeu falta gravíssima.

— O vereador cometeu uma falta gravíssima e por isso será suspenso imediatamente e responderá a processo disciplinar interno que poderá, e deverá, culminar com sua expulsão definitiva.

Em nota, a direção executiva do partido classificou o fato como “lamentável” e reforçou que o procedimento de lacre do caixão é uma determinação sanitária do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde.

“Num dos momentos mais delicados vividos por toda a população mineira e brasileira em função da pandemia do novo coronavírus, a atitude do vereador representa uma ação violenta e desnecessária, além de ser uma grave ameaça à segurança sanitária”, diz o PT-MG, em nota.

Investigação:

A Polícia Civil de Minas Gerais abriu um inquérito para apurar o caso para avaliar se o parlamentar infringiu medida sanitária preventiva. O crime é previsto no artigo 268 do Código Penal, com pena de até um ano de prisão e pagamento de multa.

Ainda de acordo com a corporação, o atestado de óbito do idoso não consta covid-19, uma vez que os exames ainda não teriam sido concluídos. Por isso, segundo a polícia, o sepultamento com o corpo lacrado foi correto.

A Prefeitura de Santa Bárbara do Leste, informou que “a situação está sendo investigada junto ao Hospital Casu e à funerária responsável”.

“É importante ressaltar que os protocolos referentes a sepultamento são estabelecidos pelo Estado de Minas Gerais. Uma representante da Vigilância Sanitária está acompanhando o caso. A Prefeitura de Santa Bárbara do Leste lamenta a morte e se solidariza com familiares e amigos”, completou a administração municipal em nota.

A Câmara Municipal também lamentou o caso e informou que o ocorrido será investigado em uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). A reportagem tenta contato com Faria. Pelas redes sociais, ele criticou a decisão da Câmara de instaurar uma CPI para investigar sua postura.

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Polêmica

Wellington quer investigação contra Alexandre de Moraes: “Quem não tem culpa no cartório, não tem medo”

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O senador licenciado Wellington Fagundes (PL) defendeu uma investigação contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após a publicação de uma matéria do jornal Folha de S. Paulo que aponta que ele escolhia quem seriam os alvos das investigações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF), dando preferência para apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“O PL enquanto partido orgânico, que tem sido muito abalado por acusações, por investigações do STF, claro estamos à frente nisso e é legítimo”, disse Fagundes.

“É grave, tem que ser investigado. Não posso dizer agora que esse ou aquele é culpado, quem é o alvo hoje é o ministro e o partido já está buscando assinaturas para um pedido de impeachment”, completou.

Na última semana, o Repórter MT noticiou que cinco deputados de Mato Grosso assinaram o pedido de impeachment de Moraes.

A ideia dos responsáveis pela iniciativa é coletar assinaturas até o dia 7 de setembro. Eles alegam a violação de direitos constitucionais e do sistema acusatória, bem como abuso de poder e desrespeito ao código de processo penal. Até o momento, o pedido conta com mais de 100 assinaturas.

“Tudo na democracia tem que ser aberto, tem que ser investigado. Eu sempre digo que quem não tem culpa no cartório, não pode ter medo de investigação”, finalizou.

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