POLÊMICAS
Vídeo de policial civil de Canarana agredindo motorista de ônibus viraliza; PJC se manifestou sobre o caso
A briga começou pelo fato de o motorista não utilizar máscara durante a viagem
Conforme apurou o site Olhar Alerta, nas imagens, é possível ver o policial aplicando um golpe conhecido como “mata-leão”, sufocando o motorista, que não revida.
Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Judiciária Civil informou que o policial com sua esposa viajou de Barra do Garças com destino à Canarana, e que desde o início do trajeto percebeu a falta do uso da máscara de proteção facial por parte do motorista, bem como de 70% dos passageiros. Foi solicitado, por mais de uma vez, que ele a colocasse, contudo, o funcionário dizia que não possuía a máscara. Mesmo após as paradas de ônibus nas rodoviárias, o motorista não pedia para a empresa o equipamento de proteção. Ao chegar em Canarana, foi solicitado o documento do motorista para que fosse lavrada a multa por descumprimento da lei do uso obrigatório de máscaras durante a pandemia. O motorista se negou e tentou resistir, neste momento, o policial utilizou de técnicas de imobilização pessoal.
A assessoria informou ainda que q Polícia Judiciária Civil irá apurar o caso por meio da Corregedoria Geral.
NOTA À IMPRENSA:
“A Polícia Civil de Mato Grosso comunica que a Corregedoria-Geral da instituição apura a situação em que dois policiais civis a paisana aparecem em um vídeo aplicando técnicas de abordagem policial contra um motorista de ônibus intermunicipal que estaria realizando o trajeto de Barra do Garças a Canarana sem o devido uso de máscara facial, utilizada para prevenção da Covid-19.
Segundo as informações preliminares, o investigador lotado na Delegacia de Canarana e a esposa retornavam de uma viagem ao nordeste do país, e compraram passagem de uma empresa de transportes com embarque em Barra do Garças para retornar para Canarana.
Antes do embarque, o policial e a sua esposa (que já foram infectados e tiveram sequelas em decorrência da doença) solicitaram à empresa que algum funcionário recomendasse que todos que estivessem no interior do ônibus fizessem o uso da máscara, uma vez que o motorista e 70% dos passageiros não utilizavam o equipamento de proteção.
O pedido foi atendido, porém mesmo com a orientação do funcionário, o motorista iniciou a viagem de aproximadamente cinco horas em ambiente fechado, sem fazer o devido uso da máscara facial. Durante o trajeto foi solicitado que o motorista colocasse a máscara, e diante da negativa o policial produziu fotos do motorista, que mesmo durante as paradas nas cidades não adquiriu uma máscara.
Na chegada de Canarana foi solicitado que o motorista se identificasse para que fosse lavrada multa por descumprimento a Lei 11. 316 de 2021, que dispõe das medidas farmacológicas para evitar a disseminação do coronavírus.
Diante da negativa do condutor em fornecer os seus documentos pessoais para sua devida identificação, foi informado que ele deveria acompanhar a equipe até a Delegacia de Canarana, uma vez que não estava apenas descumprindo uma norma sanitária, mas também cometendo uma infração penal por não fornecer informações para sua devida qualificação.
Um segundo policial civil estava no local, momento em que o motorista apoiou-se em uma grade para tentar resistir a abordagem, sendo utilizada a técnica de imobilização pessoal. O vídeo de alguns segundos que circula nas redes sociais mostra apenas o momento da abordagem policial, não ficando clara a situação como um todo.
Diante dos esclarecimentos do motorista e da informação da empresa de que não havia outro profissional para conduzir o ônibus no restante da viagem, o condutor foi liberado, sendo lavradas multas de R$ 500 ao motorista e R$ 10 mil à empresa de transportes.
O vídeo foi encaminhado para a Corregedoria-Geral da Polícia Civil que irá apurar como os fatos ocorreram e se houve algum excesso na atuação dos policiais.”
Polêmica
Wellington quer investigação contra Alexandre de Moraes: “Quem não tem culpa no cartório, não tem medo”
O senador licenciado Wellington Fagundes (PL) defendeu uma investigação contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após a publicação de uma matéria do jornal Folha de S. Paulo que aponta que ele escolhia quem seriam os alvos das investigações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF), dando preferência para apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“O PL enquanto partido orgânico, que tem sido muito abalado por acusações, por investigações do STF, claro estamos à frente nisso e é legítimo”, disse Fagundes.
“É grave, tem que ser investigado. Não posso dizer agora que esse ou aquele é culpado, quem é o alvo hoje é o ministro e o partido já está buscando assinaturas para um pedido de impeachment”, completou.
Na última semana, o Repórter MT noticiou que cinco deputados de Mato Grosso assinaram o pedido de impeachment de Moraes.
A ideia dos responsáveis pela iniciativa é coletar assinaturas até o dia 7 de setembro. Eles alegam a violação de direitos constitucionais e do sistema acusatória, bem como abuso de poder e desrespeito ao código de processo penal. Até o momento, o pedido conta com mais de 100 assinaturas.
“Tudo na democracia tem que ser aberto, tem que ser investigado. Eu sempre digo que quem não tem culpa no cartório, não pode ter medo de investigação”, finalizou.
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