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OPERAÇÃO SAFRA

Polícia cumpre 31 mandados contra “piratas da soja” que roubavam cargas em MT

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Além de agir com violência em roubo de cargas, a quadrilha também usava transportadora em esquema de fraude e desvio de cargas.

A Polícia Civil de Mato Grosso cumpre nesta terça-feira (06.07), 31 mandados de prisão e de busca e apreensão dentro da Operação Safra, que investiga o esquema de uma organização criminosa baseada no Estado de São Paulo, que atuava no furto e roubo de cargas de grãos praticados em Mato Grosso e em outros estados. Os mandados judiciais são cumpridos por equipes da Polícia Civil de Mato Grosso em diversas cidades do interior de São Paulo e Paraná, onde também são efetuadas as apreensões de 12 carretas.

As ordens judiciais estão em cumprimento nas cidades paulistas de Assis, Avaré, Conchas, São Miguel Arcanjo, Paraguaçu Paulista, Maracaí e Tarumã; e em Campo Mourão, no Paraná.

As investigações iniciaram na Delegacia de Paranatinga, que apurou o furto de cargas de soja ocorrido em março deste ano. A partir de outras ocorrências registradas nas cidades de Sorriso e de Ipiranga do Norte, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil de Mato Grosso identificou um esquema criminoso envolvendo uma empresa de transportes, sediada no município de Assis (SP), que vem sendo utilizada para a prática dos crimes.

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Durante muitos anos, o proprietário e demais integrantes vinham “desviando” cargas de grãos em Mato Grosso, conforme constam em mais de 40 boletins de ocorrência registrados pelas empresas proprietárias das cargas.

Conforme a apuração realizada pela Polícia Civil, o proprietário da empresa e o grupo criminoso atuam como verdadeiros ‘piratas’, entrando em Mato Grosso e furtando as cargas de grãos. A investigação apontou que a quadrilha utilizava-se das mais variadas fraudes, aproveitando-se de falhas no sistema de controle das fazendas e das transportadoras contratantes. Depois de praticarem os furtos, voltavam à cidade de Assis levando o “espólio” arrebatado (valores em dinheiro).

Reprodução:

Roubo de carga 2

Segundo o delegado de Paranatinga, Hugo Abdon, a operação tem como objetivo colher elementos de informações contra os alvos investigados, assim como interromper as condutas criminosas por parte da organização criminosa, atingir o patrimônio da quadrilha, ressarcir as vítimas dos prejuízos sofridos e, por fim, levar à punição dos associados.

O delegado da GCCO, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira destaca que a investigação apura os crimes de organização criminosa, furto qualificado pela fraude e por concurso de pessoas, além de haver indícios da prática de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

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Roubo de cargas

Com a continuidade das investigações, a Polícia Civil apurou também que a organização criminosa passou a agir no roubo das cargas, mantendo as vítimas reféns durante a ação, além de utilizarem armas de fogo.

“Ou seja, a quadrilha está também praticando os mais variados crimes, inclusive, usando de violência, com emprego de arma de fogo e zombando do sistema de justiça e do principal sistema produtivo brasileiro, que é o agronegócio”, apontou o delegado Vitor Hugo.

Somente em Paranatinga, os membros da quadrilha furtaram duas cargas de soja de caminhões bitrens causando um prejuízo no montante de R$ 300 mil. Em Ipiranga do Norte, os criminosos desviaram quatro cargas completas de soja avaliadas em aproximadamente R$ 600 mil.

Reprodução

Roubo de carga

Com base no material probatório reunido durante a apuração, a Polícia Civil representou à Justiça de Mato Grosso pelos mandados de prisão e de busca e apreensão contra os alvos da investigação. Também serão apreendidos 12 veículos modelo carretas.

Participam da operação 32 policiais civis das unidades da Delegacia de Paranatinga; Delegacia Regional de Primavera do Leste; GCCO; Gerência de Operações Especiais e Polinter.

Olho no Araguaia – Repórter MT
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Policial

Polícia Civil prende integrantes de facção envolvidos em homicídio em Rondonópolis

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Três pessoas envolvidas em um homicídio ocorrido no mês de agosto de 2023 em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá) tiveram mandados de prisão cumpridos pela Polícia Civil, no final da tarde de quinta-feira (18.04), em ação realizada pela equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do município.

Dois dos autores, de 24 e 27 anos, tiveram os mandados de prisão cumpridos pela equipe da DHPP em Rondonópolis. O terceiro envolvido, de 25 anos, teve a ordem judicial cumprida na cidade de Maringá (PR) com apoio da 9ª Subdivisão de Polícia, Setor Antitóxicos, da Delegacia da cidade.

Um menor de 15 anos, que também teve a participação identificada no crime, foi apreendido no final do ano de 2023 pelo envolvimento no homicídio. Os investigados vão responder pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, organização criminosa e corrupção de menores.

Os presos foram identificados nas investigações da DHPP de Rondonópolis como autores do homicídio que vitimou Marcos Antônio Frazão dos Santos, no dia 16 de agosto de 2023. Na ocasião, a vítima foi surpreendida pelos executores no momento em que chegava em sua residência no bairro Vila São José.

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A vítima foi alvejada por disparos de arma de fogo e chegou a ser socorrido até o Hospital Regional, porém não resistiu aos ferimentos e foi a óbito na unidade de saúde.

As investigações apontaram que a vítima teve a morte decretada em razão de disputa pela revenda de drogas, uma vez que revendia drogas sintéticas, além do entorpecente conhecido como skunk (supermaconha) atuando na região dos bairros dominados por uma facção criminosa.

Antes de sua morte, a vítima já havia tomado ao menos dois salves (sessão de castigo físico ordenada pela organização criminosa quando alguém está agindo em desacordo com seu ordenamento) por ordem da facção.

Em um dos “salves”, a vítima foi procurada por um dos investigados pelo seu homicídio, o qual informou que uma conhecida sua, estava interessada em comprar R$ 3 mil em entorpecentes, mesmo com medo da facção já que vinha sendo ameaçada.

A vítima aceitou realizar a negociação e dirigiu-se ao local combinado para a entrega das drogas, momento em que foi surpreendida pelos criminosos. Na ocasião, a vítima foi torturada por integrantes de facção e obrigada a transferir um valor próximo a R$ 4 mil a um dos integrantes do grupo.

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Fonte: Policia Civil MT – MT

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