SPUTNIK V
Anvisa libera para 6 Estados e dá esperança para MT receber 1,2 mi de vacinas russas
Aprovação ocorreu em sessão na tarde desta sexta-feira

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta sexta-feira, com várias condicionantes, a importação excepcional e temporária de 4 milhões de doses da vacina Covaxin contra a Covid-19 e de doses da Sputnik V pelos estados da Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco, Piauí.
A princípio, a Anvisa ainda não aprovou as doses da Sputnik V compradas pelo Governo de Mato Grosso. Todavia, a aprovação de um lote destinado a estados do Nordeste dá esperança de que as 1,2 milhão de doses anunciadas pelo governador Mauro Mendes (DEM) sejam aprovadas em breve.
Após o uso das 4 milhões de doses autorizadas, a Agência vai analisar os dados de monitoramento do uso da vacina para poder avaliar os próximos quantitativos a serem importados.
Ambas vacinas receberam quatro votos favoráveis e um contra. A única a apresentar voto contrário à aprovação foi a diretora Cristiane Jourdan.
Vacina
Esta é a segunda vez que os imunizantes passam pela análise dos diretores da agência. Da primeira vez, ambas foram negadas. A importação do imunizante indiano estava paralisada desde 31 de março, quando a agência indefiriu o pedido feito pelo Ministério da Saúde. O parecer negativo da Anvisa para a Sputnik ocorreu em 26 de abril, alegando falta de dados.
A solicitação foi concedida após a apresentação de documentos exigidos pela agência. No entanto, uma série de condicionantes foram impostas pelos diretores da agência, que devem ser cumpridas pelos importadores.
Veja abaixo:
Distribuir e utilizar a vacina em condições controladas com condução de estudo de efevidade, com delineamento acordado com a Anvisa e executado conforme Boas Prácas Clínicas, conforme sugerido pelo Ocio CIDSNE/PRESID n. 25/2021 de 25/05/2021;
Os lotes a serem desnados ao Brasil devem ser provenientes, das plantas produvas inspecionadas pela Anvisa;
Lotes importados devem ser aprovados pelo INCQS por meio de análise laboratorial que demonstre a ausência de adenovírus replicante, controle de agentes advencios, a potência da vacina e também assegure a sua qualidade. É fundamental que sejam disponibilizados os Procedimentos Operacionais Padrão, materiais de referência, protocolos e insumos específicos;
Deverão ser disponibilizadas às unidades de saúde as informações de rótulos e bulas, que sejam importantes para o uso correto do produto, no idioma português;
No caso da Sputnik V, deverão ser estabelecidas ações necessárias para evitar os erros de trocas entre os dois componentes da vacina, devendo haver monitorização e ações connuas para minimizar o risco e os danos;
Deverão ser suspensas a importação, distribuição e uso, caso a Anvisa ou a OMS reprovem o uso emergencial da vacina
Os importadores deverão comunicar amplamente à sociedade que a vacina importada não possui avaliação da Anvisa quanto aos critérios de qualidade, eficácia e segurança.
A importação só poderá ocorrer se os importadores assinarem um termo de compromisso afirmando que vão seguir as condicionantes.
De acordo com o diretor da Anvisa e relator, Alex Machado Campos, as duas vacinas só poderão ser aplicadas em adultos entre 18 e 60 anos sem nenhum tipo de comorbidades; gestantes, lactantes e puérperas, bem como mulheres que pretendem engravidar nos próximos meses não podem receber os imunizantes.
Nesta primeira etapa, a chegada de lotes da vacina fica restrita a um montante correspondente a 1% da população nacional.
A importação da Covaxin é uma das apostas do governo para aumentar a oferta de vacinas no Plano Nacional de Imunização (PNI) de Covid-19. O governo chegou a incluir lotes da Covaxin no cronograma previsto de vacinação mesmo sem a autorização necessária da Anvisa.
A agência também havia negado o Certificado de Boas Práticas de Fabricação para o laboratório indiano Bharat Biotech, que desenvolveu a Covaxin. O documento é um dos requisitos para obtenção de registro ou autorização emergencial de uso para imunizantes no Brasil. Com o problema superado, a importação foi autorizada.
A Sputnik V, após ter seu primeiro pedido negado, chegou classificar a decisão da Anvisa como de “natureza política”, sem nada ter “a ver com acesso à informação ou ciência”. O acusação foi refutada pelo diretor-presidente da agência, Antônio Barra.
Análise dos documentos
À tarde, o gerente-geral de medicamentos, Gustavo Mendes, afirmou em sua apresentação que a documentação apresentada não atesta qualidade, eficácia e segurança dos imunizantes Covaxin, da Índia, e Sputnik V, da Rússia.
No caso da Covaxin, a documentação analisada inclui documento do governo indiano e também a autorização emergencial provisória do governo do México. Mendes destacou que a vacina possui um “adjuvante novo” não utilizado ainda comercialmente em nenhuma vacina aprovada no mundo, que tem “potencial relação com desenvolvimento de doença autoimune”.
Ele sugeriu como condicionantes que sejam apresentados, nas datas declaradas pela empresa representante, os resultados de imunogenicidade ( 15 de junho) e relatório clínico de segurança ( 30 de junho). Os lotes também devem ser aprovados pelo INCQS.
Na mesma linha, a gerente-geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária, Ana Carolina Moreira, e a gerente de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária, Suzie Marie Teixeira Gomes, apresentaram a necessidade de “condicionantes de mitigação de risco ” para aplicação das vacinas.
No caso da Sputnik, a análise foi feita com base no relatório apresentado pelo Ministério da Saúde da Federação Russa. Segundo Mendes, “não fica claro” o método utilizado para comprovar a segurança do imunizante.
Ele propôs que a distribuição e utilização sejam feitas “em condições controladas com condução de estudo de efetividade”. Os lotes importados devem ser aprovados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fundação Osvaldo Cruz. A vacina também não deverá ser utilizada por grávidas, lactantes e menores de 18 anos.
— Uma questão que é fundamental e muito importante é que essa é uma vacina de dois componentes, dois componentes distintos, são dois adenovírus distintos (…) o risco de troca, mesmo quando a gente está falando de vacinas diferentes, mesmo com fracos diferentes, é uma preocupação extrema. Por isso, nós estamos colocando como condicionantes que os estados devem estabelecer ações necessárias para evitar o erro de troca de componentes — disse o gerente de medicamento.
O uso também deve ser suspenso caso a Anvisa ou a OMS reprovem o uso emergencial.
— Nós não tivemos acesso aos dados. Nós estamos cumprindo a lei — disse Mendes, citando a lei 14.124/2021 que autoriza a importação excepcional de vacinas pelos estados.
Testes clínicos
No início de maio, a agência autorizou estudo clínico de testes de fase 3 da Covaxin no Brasil. Esta é a última etapa antes de ter o uso aprovado. Ao todo, são 4.500 adultos s voluntários nos testes que analisarão a eficácia e a segurança do imunizante contra a Covid-19.
Os ensaios são conduzidos em São Paulo, com 3 mil participantes, no Rio de Janeiro, na Bahia e em Mato Grosso, com outros 500 voluntários em cada estado. Outras 26.300 mil pessoas participam dos testes na Índia, onde a vacina já recebeu aprovação para uso emergencial. Desenvolvida com o vírus inteiro e já inativado, a vacina deve ser aplicada em duas doses.
Segundo a fabricante, há proteção de 78% contra casos leves a moderados e de 70% em relação a assintomáticos. A vacina seria totalmente eficaz contra a forma grave da infecção. Além disso, imunizaria contra a maioria das variantes do novo coronavírus. Os resultados foram divulgados em abril, com base em estudo na Índia.
Folha Max

Saúde
Articulação do deputado Nininho, governador Pivetta assina projeto de R$ 43 milhões para construção do Hospital do Amor
Depois de três anos de reuniões e articulações, deputado Nininho celebra conquista histórica para a saúde de Rondonópolis e região Sudeste.

/ Assessoria
O governador em exercício de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, encaminhou nesta quarta-feira (22.01) à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) o projeto de lei que destina R$ 43 milhões para a construção do Centro de Diagnóstico do Hospital do Amor em Rondonópolis. A iniciativa é resultado de três anos de articulação liderada pelo deputado estadual Ondanir Bortolini – Nininho (PSD), que considera a conquista uma das mais importantes de sua trajetória política.
O projeto de lei foi aprovado em primeira votação pelos deputados estaduais. O recurso será transferido para a Fundação Pio XII, gestora do Hospital de Amor de Barretos (SP), através da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Segundo o texto encaminhado pelo governo, a unidade hospitalar será referência no diagnóstico e rastreamento de câncer de mama e colo do útero, com atendimento 100% gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Esse hospital vai minimizar muito o sofrimento das pessoas e salvar muitas vidas. É uma vitória de todos que acreditam no bem coletivo e lutam pela saúde da nossa população”, destaca o deputado Nininho.
PROJETO TRANSFORMA VIDAS
O projeto do Centro de Diagnóstico foi desenvolvido com base no modelo do Hospital do Amor, em Barretos, reconhecido internacionalmente pela excelência no tratamento oncológico. Em Rondonópolis, a estrutura será construída em um terreno doado pelo município, com área prevista de 40 mil metros quadrados.
De acordo com Otaviano Pivetta, o investimento é um marco para a saúde pública em Mato Grosso. “Tive a honra de assinar essa mensagem. Estamos levando a excelência do Hospital de Barretos para Rondonópolis, o que colocará nosso estado em outro patamar de atendimento oncológico”, afirma o governador em exercício.
Nininho enaltece empenho e compromisso do governador Mauro Mendes, do governador em exercício Otaviano Pivetta, do secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, e do chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, na liberação de R$ 43 milhões para a construção do Hospital do Amor em Rondonópolis. “Essa conquista é fruto de um trabalho conjunto, e agradeço a cada um por entender a importância desse projeto, que vai transformar a saúde da nossa região e salvar inúmeras vidas. Essa união de esforços mostra que, quando colocamos as pessoas em primeiro lugar, grandes avanços são possíveis”, pontua o deputado.
TRÊS ANOS DE ARTICULAÇÃO
A luta pela construção da unidade começou em 2022, com uma reunião entre Nininho, prefeitos e o governador Mauro Mendes. Desde então, o deputado articulou parcerias com lideranças políticas, a Fundação Pio XII e representantes de Rondonópolis.
A aprovação do projeto, segundo Nininho, coroa um esforço coletivo. “Desde a primeira reunião, assumi esse compromisso e busquei apoio de todos os lados. Esse hospital é uma resposta às pessoas que sofrem com o câncer e precisam de dignidade e atendimento adequado”, enfatiza o parlamentar.
ATENDIMENTO 100% GRATUITO
O Hospital do Amor em Rondonópolis oferecerá diagnóstico precoce e tratamento humanizado para milhares de mato-grossenses. A estrutura contará com equipamentos modernos e profissionais qualificados, garantindo acesso a exames, medicamentos e internação pelo SUS.
O projeto também visa ampliar o acesso à prevenção, uma das principais frentes do Hospital do Amor, conhecido por sua eficiência em diagnósticos precoces. Quando detectado no início, o câncer de mama, por exemplo, possui até 95% de chances de cura.
PRÓXIMOS PASSOS
Com a aprovação inicial na ALMT, a expectativa é que o projeto de lei seja sancionado nas próximas semanas, viabilizando o início das obras ainda neste ano. A gestão do centro será realizada pela Fundação Pio XII, que também será responsável pela supervisão da construção e operação do hospital.
A conclusão do projeto representará um novo capítulo na saúde pública de Mato Grosso, consolidando Rondonópolis como referência estadual em oncologia. Para Nininho, o momento é de celebração e trabalho. “Agora, vamos acompanhar cada etapa para garantir que esse sonho se torne realidade o mais rápido possível. Esse hospital é o legado que queremos deixar para as futuras gerações”, finaliza.
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