RIO ARAGUAIA
Cantor sertanejo pesca peixe gigante em rio de MT e ostenta na internet
Gusttavo Lima exibiu em suas redes sociais o belo exemplar da espécie pirarara
O cantor Gustavo Lima pescou um peixe pirarara de mais de 30 kg no Rio Araguaia, em Mato Grosso, na tarde deste sábado (29). Segundo um amigo do cantor, que registrou o momento da pesca, demorou mais de 1h30 para conseguir fisgar o ‘peixe gigante’.
Depois de comemorar o ‘troféu’ da pesca esportiva, o cantor soltou o peixe no rio novamente.
“Pescar é maravilhoso, é gostoso, mas a consciência em primeiro lugar. É um esporte que faz a alegria de milhões de pessoas, mas o importante é preservar. Aqui estamos soltando uma pirarara de mais de 30 kg de volta ao seu habitat natural, que é aqui no Rio Araguaia. Vai com Deus, meu amor”, disse.
Entre todas as espécies, a pirarara é uma das mais procuradas na pesca esportiva e costuma ser encontrada nas bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins.
A pirarara também é um dos peixes mais bonitos da região devido ao tamanho e à coloração.
Nas redes sociais, o sertanejo compartilhou uma foto mostrando o peixe. “Aqui pesca mesmo, bebê”.
Gustavo Lima, na companhia do cantor Thiago Brava e outros amigos, chegou em Mato Grosso nessa sexta-feira (28).
Ele compartilhou alguns momentos, entre eles, a visita a uma família ribeirinha e um passeio pelo Rio Araguaia neste fim de semana.
Vale do Araguaia
Terras indígenas da Amazônia influenciam chuvas que abastecem o agro
Influência abrange 80% da área das atividades agropecuárias no país
Estudo divulgado nesta terça-feira (2) pelo Instituto Serrapilheira indica que terras indígenas da Amazônia influenciam as chuvas que abastecem 80% da área das atividades agropecuárias no país.
Os dados indicam que, em 2021, a renda econômica do setor agrícola nas áreas mais beneficiadas por essa dinâmica chegou a R$ 338 bilhões — 57% do total nacional.
“A conclusão é que o impacto da preservação das TIs [terras indígenas] vai além do meio ambiente, destacando-se como peça-chave para a segurança hídrica, alimentar e econômica do Brasil”, destacou o instituto.
Estados
O estudo revela que pelo menos 18 estados e o Distrito Federal encontram-se parcial ou totalmente dentro da área de influência de terras indígenas amazônicas.
“Em estados como o Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, há regiões onde a chuva proveniente da reciclagem de água feita pelas florestas das TIs amazônicas chega a um terço do total anual de cada local.”
De acordo com o instituto, até 30% da chuva média que cai sobre as terras agropecuárias do país está diretamente relacionada à eficiente reciclagem de água nesses territórios.
Apesar das conclusões, Rondônia e Mato Grosso, que figuram entre os nove estados mais influenciados por essa chuva, estão entre os que mais desmataram florestas desde 1985.
Segurança alimentar
Os dados mostram que as chuvas provenientes dessas terras indígenas também contribuem diretamente para a segurança alimentar nacional, uma vez que a participação da agricultura familiar no valor da produção total supera 50% em vários estados influenciados.
“Na prática, a Amazônia ‘irriga’ grande parte do país por meio dos chamados ‘rios voadores’: a umidade reciclada nas florestas das terras indígenas amazônicas é transportada pela atmosfera e se torna chuva em outras regiões do Brasil, como o Centro-Oeste e o Sul”, destacou o Instituto Serrapilheira.
Esse mecanismo natural de geração de chuva, segundo o estudo, depende da manutenção de áreas de florestas nativas conservadas, responsáveis pelo bombeamento de umidade para a atmosfera.
Entenda
As terras indígenas ocupam atualmente cerca de 23% da chamada Amazônia Legal, incluem mais de 450 territórios e abrigam cerca de 403,6 mil pessoas.
“Elas atuam como barreira ao desmatamento ao longo da história.: dos 4,4 milhões de hectares desmatados no bioma Amazônia entre 2019 e 2023, apenas 3% (130,2 mil hectares) ocorreram dentro de TIs.”
De acordo com o instituto, isso acontece porque grande parte das atividades desenvolvidas em terras indígenas é realizada de maneira integrada ao ecossistema, envolvendo formas de uso e manejo que não necessariamente implicam remoção da vegetação nativa.
“Existe, assim, relação intrínseca entre a proteção territorial de povos indígenas e a conservação de ecossistemas”, concluiu.
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