BARRA DO GARÇAS
Defesa Civil e Polícia Militar interditam e multam dois estabelecimentos por aglomerações
A Defesa Civil de Barra do Garças, juntamente com a Polícia Militar, a Fiscalização de Postura e a Vigilância Sanitária, realizaram a interdição de dois estabelecimentos comerciais na manhã deste sábado. O motivo foi o descumprimento das determinações do novo decreto 4643/2021, ao permitirem aglomeração de pessoas na noite de sexta-feira (28).
Além de serem interditados pelo período de cinco dias, esses comerciantes também foram punidos com multa de R$ 10 mil, cada um.
Nos últimos dias, Barra do Garças teve um aumento alarmante no número de casos e óbitos da Covid-19 e, na última terça-feira (25/05) o município entrou na classificação de risco muito alto de contaminação pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT). Desta forma, o prefeito Adilson Gonçalves, visando evitar um lockdown na cidade, editou o novo decreto que além de restringir horários, determinou essa punição mais rígida para os estabelecimentos que não promoverem o distanciamento social e as demais regras de prevenção à Covid-19.
“Já passamos da fase da orientação, estamos há quase um ano e meio vivenciando essa pandemia, agora é hora de punição para quem não fizer a sua parte, temos que lutar para salvar mais vidas”, salientou o prefeito.
Vale do Araguaia
Terras indígenas da Amazônia influenciam chuvas que abastecem o agro
Influência abrange 80% da área das atividades agropecuárias no país
Estudo divulgado nesta terça-feira (2) pelo Instituto Serrapilheira indica que terras indígenas da Amazônia influenciam as chuvas que abastecem 80% da área das atividades agropecuárias no país.
Os dados indicam que, em 2021, a renda econômica do setor agrícola nas áreas mais beneficiadas por essa dinâmica chegou a R$ 338 bilhões — 57% do total nacional.
“A conclusão é que o impacto da preservação das TIs [terras indígenas] vai além do meio ambiente, destacando-se como peça-chave para a segurança hídrica, alimentar e econômica do Brasil”, destacou o instituto.
Estados
O estudo revela que pelo menos 18 estados e o Distrito Federal encontram-se parcial ou totalmente dentro da área de influência de terras indígenas amazônicas.
“Em estados como o Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, há regiões onde a chuva proveniente da reciclagem de água feita pelas florestas das TIs amazônicas chega a um terço do total anual de cada local.”
De acordo com o instituto, até 30% da chuva média que cai sobre as terras agropecuárias do país está diretamente relacionada à eficiente reciclagem de água nesses territórios.
Apesar das conclusões, Rondônia e Mato Grosso, que figuram entre os nove estados mais influenciados por essa chuva, estão entre os que mais desmataram florestas desde 1985.
Segurança alimentar
Os dados mostram que as chuvas provenientes dessas terras indígenas também contribuem diretamente para a segurança alimentar nacional, uma vez que a participação da agricultura familiar no valor da produção total supera 50% em vários estados influenciados.
“Na prática, a Amazônia ‘irriga’ grande parte do país por meio dos chamados ‘rios voadores’: a umidade reciclada nas florestas das terras indígenas amazônicas é transportada pela atmosfera e se torna chuva em outras regiões do Brasil, como o Centro-Oeste e o Sul”, destacou o Instituto Serrapilheira.
Esse mecanismo natural de geração de chuva, segundo o estudo, depende da manutenção de áreas de florestas nativas conservadas, responsáveis pelo bombeamento de umidade para a atmosfera.
Entenda
As terras indígenas ocupam atualmente cerca de 23% da chamada Amazônia Legal, incluem mais de 450 territórios e abrigam cerca de 403,6 mil pessoas.
“Elas atuam como barreira ao desmatamento ao longo da história.: dos 4,4 milhões de hectares desmatados no bioma Amazônia entre 2019 e 2023, apenas 3% (130,2 mil hectares) ocorreram dentro de TIs.”
De acordo com o instituto, isso acontece porque grande parte das atividades desenvolvidas em terras indígenas é realizada de maneira integrada ao ecossistema, envolvendo formas de uso e manejo que não necessariamente implicam remoção da vegetação nativa.
“Existe, assim, relação intrínseca entre a proteção territorial de povos indígenas e a conservação de ecossistemas”, concluiu.
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