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TRAIÇÃO NO BANHEIRO

“Meu namorado foi tomar banho e ela entrou”, diz mulher que matou amiga em MT; veja vídeo

Suspeita diz que considerava vítima “uma irmã”

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A acusada de assassinar a amiga Adriana da Silva, 26 anos, a facadas na noite do último domingo (13) no bairro Jardim Bela Vista, em Canarana (830 km de Cuiabá), contou detalhes do crime em entrevista a imprensa. De acordo a autora do assassinato, elas passaram a tarde bebendo na companhia de seu namorado e do marido da vítima.

A confusão teria começado no momento em que as mulheres preparavam o jantar. “A gente tinha uma amizade muito grande e ela foi na minha casa me convidar para a gente tomar bebidas. Ela e meu namorado foram me buscar em casa e ficamos bebendo a tarde toda. Depois, fomos para a casa do meu namorado fazer uma janta. Do nada, meu namorado foi banhar e ela entrou no banheiro. Eu tentei entrar e ela tentou me impedir, mas não teve forças e eu invadi o banheiro”, disse a acusada.

Na sequência, ela detalhou o que ocoreu no banheiro. “Ela jogou um copo no chão para tentar segurar a porta, mas eu invadi. Fiz eles saírem do banheiro, saí gritando no meio da rua com faca e esfaquei ela. Tentei atingir ele também”, relatou.

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“IRMÃS”

Ainda segundo a acusada, ela estava com o namorado há um mês e considerava Adriana “uma irmã”. “Nós éramos mais que amigas. Éramos como irmãs”, lamentou.

Adriana foi esfaqueada pela mulher na região do tórax. O homem tentou intervir e acabou sendo atingido na região do peito, mãos e pernas.

A Polícia Militar foi acionada e, quando chegou ao local, encontrou a vítima caída no chão. Ela foi encaminhada por uma ambulância ao Hospital Municipal Lorena Parode, mas não resistiu ao ferimento e veio a óbito.

A acusada foi algemada e encaminhada a Delegacia de Canarana. O caso foi registrado e será investigado pela Polícia Civil.

Folha Max

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Terras indígenas da Amazônia influenciam chuvas que abastecem o agro

Influência abrange 80% da área das atividades agropecuárias no país

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Estudo divulgado nesta terça-feira (2) pelo Instituto Serrapilheira indica que terras indígenas da Amazônia influenciam as chuvas que abastecem 80% da área das atividades agropecuárias no país.

Os dados indicam que, em 2021, a renda econômica do setor agrícola nas áreas mais beneficiadas por essa dinâmica chegou a R$ 338 bilhões — 57% do total nacional.

“A conclusão é que o impacto da preservação das TIs [terras indígenas] vai além do meio ambiente, destacando-se como peça-chave para a segurança hídrica, alimentar e econômica do Brasil”, destacou o instituto.

Estados
O estudo revela que pelo menos 18 estados e o Distrito Federal encontram-se parcial ou totalmente dentro da área de influência de terras indígenas amazônicas.

“Em estados como o Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, há regiões onde a chuva proveniente da reciclagem de água feita pelas florestas das TIs amazônicas chega a um terço do total anual de cada local.”

De acordo com o instituto, até 30% da chuva média que cai sobre as terras agropecuárias do país está diretamente relacionada à eficiente reciclagem de água nesses territórios.

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Apesar das conclusões, Rondônia e Mato Grosso, que figuram entre os nove estados mais influenciados por essa chuva, estão entre os que mais desmataram florestas desde 1985.

Segurança alimentar
Os dados mostram que as chuvas provenientes dessas terras indígenas também contribuem diretamente para a segurança alimentar nacional, uma vez que a participação da agricultura familiar no valor da produção total supera 50% em vários estados influenciados.

“Na prática, a Amazônia ‘irriga’ grande parte do país por meio dos chamados ‘rios voadores’: a umidade reciclada nas florestas das terras indígenas amazônicas é transportada pela atmosfera e se torna chuva em outras regiões do Brasil, como o Centro-Oeste e o Sul”, destacou o Instituto Serrapilheira.

Esse mecanismo natural de geração de chuva, segundo o estudo, depende da manutenção de áreas de florestas nativas conservadas, responsáveis pelo bombeamento de umidade para a atmosfera.

Entenda
As terras indígenas ocupam atualmente cerca de 23% da chamada Amazônia Legal, incluem mais de 450 territórios e abrigam cerca de 403,6 mil pessoas.

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“Elas atuam como barreira ao desmatamento ao longo da história.: dos 4,4 milhões de hectares desmatados no bioma Amazônia entre 2019 e 2023, apenas 3% (130,2 mil hectares) ocorreram dentro de TIs.”

De acordo com o instituto, isso acontece porque grande parte das atividades desenvolvidas em terras indígenas é realizada de maneira integrada ao ecossistema, envolvendo formas de uso e manejo que não necessariamente implicam remoção da vegetação nativa.

“Existe, assim, relação intrínseca entre a proteção territorial de povos indígenas e a conservação de ecossistemas”, concluiu.

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