Política
Ananias avalia prejuízo a Mauro nas eleições por embate com Eduardo Bolsonaro
Nós não vamos abrir mão de projeto que está aprovado que é José Medeiros no Senado e Wellington Fagundes.
/ GD
O presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, descartou qualquer definição sobre uma chapa pura entre o deputado federal José Medeiros (PL) e o vereador Rafael Ranalli (PL) para o Senado em 2026. Ele ainda mandou um recado direto a aliados e interlocutores políticos que, segundo ele, tentam interferir nas decisões internas da sigla.
Em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real, Ananias disse que mesmo com o ataque do governador Mauro Mendes (União) ao deputado federal de São Paulo, Eduardo Bolsonaro (PL), não há orientação de que eventuais alianças ou composições com outros partidos estejam proibidas.
“Dificilmente teremos prepotência de lançarmos uma chapa pura nas candidaturas de governo e Senado nas eleições do ano que vem. Mas, ele tem legitimidade de postular candidatura. Eu como presidente, recebo todos que colocam à disposição”, disse.
Conforme Ananias, a projeção de Ranalli ao Senado é algo tratado sem formalidade e que o nome do vereador servirá para “banco de reservas”.
“Ranalli me disse que está de chuteira e pronto, mas ele ficará no banco de reserva. Nós não vamos abrir mão de projeto que está aprovado que é José Medeiros no Senado e Wellington Fagundes, ao governo”, emenda.
“Mauro foi deselegante; Eduardo respondeu”
Ananias também comentou o recente embate público entre o governador e Eduardo Bolsonaro sobre a política econômica de Donald Trump. O governador chamou Eduardo de “louco” e disse que ele “fala bosta”, enquanto o parlamentar o retrucou chamando-o de “político de bosta e frouxo”.
Na avaliação de Ananias, o episódio não representa uma crise entre PL e União Brasil, mas revelou um comportamento “deselegante” de Mauro Mendes.
“Não melou as tratativas, porque ainda não havia sido instituída nenhuma diretriz de que isso aconteceria. Então, meu posicionamento é que o governador foi deselegante e o Eduardo respondeu. Eu fico com o posicionamento do Eduardo, que defende o que acredita. Foi muito coerente. O governador e o Eduardo travaram luta, um deu soco e outro cruzado, mas essa discussão não atrapalha relacionamento partidário”, pontuou.
Na visão do presidente do PL, o governador Mauro Mendes sai politicamente prejudicado com o embate, já que, em sua avaliação, o eleitorado mato-grossense é majoritariamente de direita e alinhado com o bolsonarismo.
“Quem perde é o governador. O Eduardo não disputa eleições em Mato Grosso, mas as ideias do bolsonarismo estão impregnadas na população daqui. Para que combater ideia onde a maioria é de direita? Está indo contra esse campo. Quem perde é ele”, disse.
Mesmo reconhecendo o trabalho administrativo de Mauro Mendes, Ananias o criticou por se distanciar do campo ideológico da direita. “Ele faz um grande trabalho como gestor, mas na parte política o resultado das urnas mostrou que capacidade eleitoral não é relacionada a ser mandatário. Ele não adianta ir contra pensamentos do PL, que responderemos à altura”, concluiu.
Política
Governador de MT vai acionar a Justiça contra decreto de Lula que homologou novas Terras Indígenas
Mauro Mendes ressaltou que medida cria insegurança jurídica a centenas de famílias e produtores
– AGÊNCIA DA NOTÍCIA
O governador Mauro Mendes anunciou, nesta terça-feira (18/11), que o Governo de Mato Grosso irá acionar a Justiça contra o decreto do presidente Lula que amplia a demarcação de terras indígenas no estado.
As medidas do presidente foram oficializadas durante a Conferência Mundial do Clima (COP 30), em Belém.
Uma dessas terras indígenas é a Manoki, tradicionalmente reconhecida com cerca de 46 mil hectares, e que teve sua área ampliada para aproximadamente 250 mil hectares, segundo dados divulgados pelo próprio governo federal.
De acordo com o governador, a ampliação desrespeita diretamente o artigo 13 da Lei 14.701, que proíbe a expansão de terras indígenas já demarcadas.
Além da Manoki, o governo federal também homologou a Terra Indígena Uirapuru, com cerca de 21,6 mil hectares, e a Terra Indígena Estação Parecis, com aproximadamente 2,1 mil hectares, ambas localizadas em regiões produtivas de Mato Grosso.
“Determinei à Procuradoria-Geral do Estado que ingresse imediatamente na Justiça para barrar essa ilegalidade. Não estamos discutindo o direito dos povos indígenas, que é legítimo, mas sim um decreto que afronta a lei, cria insegurança jurídica e coloca em risco a vida de quem mora e produz nessas áreas”, afirmou o governador.
Mauro lembrou que Mato Grosso possui atualmente 73 terras indígenas demarcadas, que somam 15 milhões de hectares, o equivalente a 16% de todo o território estadual.
Ele reforçou que o respeito aos povos indígenas deve vir acompanhado de políticas públicas reais, como saúde, educação, assistência e infraestrutura, e não apenas de decretos que ampliam território sem planejamento e sem diálogo com as comunidades e com as famílias já estabelecidas no local.
O governador também destacou que na região da TI Manoki existem centenas de famílias e dezenas de CARs (Cadastros Ambientais Rurais) registrados, alguns deles amparados por decisão judicial, o que agrava a situação de conflito fundiário.
Além disso, Mauro ressaltou que Mato Grosso é um dos estados que mais preservam o meio ambiente, com 60% do território protegido, índice superior ao de diversos países que usualmente cobram ações ambientais do Brasil.
“Mato Grosso faz a sua parte. Preserva, produz e respeita a lei. Não é criando problema para milhares de brasileiros em pleno evento internacional que vamos avançar. Queremos diálogo e respeito”, concluiu.
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