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FERROVIA CENTRO OESTE

Duas empresas já têm autorização para explorar ferrovias em Água Boa e Bom Jesus do Araguaia

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Empresas querem expandir malha ferroviária em Mato Grosso Foto: Reprodução

Contratos firmados com a Rumo e a VLI Multimodal foram publicados no início deste ano

O Ministério da Infraestrutura (MInfra) já concedeu autorização para duas empresas explorarem ferrovias em três trechos de Mato Grosso, por meio do programa Pró-Trilhos.

Uma das autorizadas é a Rumo S.A., empresa que inclusive foi a que mais fez pedidos para construções no Estado e já opera o corredor ferroviário que conecta Rondonópolis (MT) até o Porto de Santos (SP) por meio das concessões federais Malha Norte e Malha Paulista. Agora, a empresa irá construir a ferrovia estadual que ligará Rondonópolis a Cuiabá e Lucas do Rio Verde.

A empresa assinou o contrato de adesão e tem autorização para explorar mais dois trechos: o que liga Água Boa a Lucas do Rio Verde, que tem extensão total de 508 km e estimativa de investimento na ordem de R$ 5,08 bilhões; e o trecho entre Bom Jesus do Araguaia e Água Boa, cuja extensão é de 249,2 km e a obra é orçada pela empresa em R$ 2,49 bilhões.

Outra empresa que recebeu o sinal verde do Governo Federal é VLI Multimodal S.A., que está interessada no mesmo trecho que a Rumo, entre Água Boa a Lucas do Rio Verde, e estima o mesmo custo para execução da obra.

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Nesse novo modelo implantado pelo Ministério da Infraestrutura, não é incomum duas ou mais empresas terem autorização para explorarem o mesmo trecho.

Criado por meio da Medida Provisória 1.065/2021, o programa Pró-Trilhos permite a livre iniciativa no mercado ferroviário, ou seja, o setor privado pode construir e operar ferrovias, ramais, pátios e terminais ferroviários, sem que custo algum saia dos cofres públicos.

Nesse formato de autorização, a empresa apresenta o projeto e assume todos os custos para a construção da obra, como desapropriações, desvios, terminais ferroviários e todos os equipamentos necessários. O Governo não tem nenhum desembolso.

A malha ferroviária construída se torna um ativo da empresa, que irá deter a outorga por 99 anos, prazo que pode ser prorrogado pelo mesmo período.

Pedidos

Ao todo, seis empresas entraram com pedidos de requerimento de autorização junto à União para construção de ferrovias em 12 trechos de Mato Grosso e a maior parte dos processos estão encaminhando para a fase final de assinatura do contrato de adesão.

A Rumo, por ecemplo, ainda aguarda autorização para exploração de outros quatro trechos: Ribeirão Cascalheira a Figueirópolis (TO); Primavera do Leste a Ribeirão Cascalheira; Santa Rita do Trivelato a Sinop; e Nova Mutum a Campo Novo do Parecis.

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Com previsão de entrega de trecho em 2028, FICO tem 100% da frente de obras liberada

Linha férrea passará entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT)

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A frente de obras da primeira etapa da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), que liga Mara Rosa/GO a Água Boa/MT, está 100% liberada. Esse marco foi atingido graças à constituição de 344 processos de desapropriação na faixa de domínio da ferrovia.

Na semana passada, a Infra S.A. finalizou o quarto e último mutirão de conciliação na região por onde passará a linha férrea, entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT). Foi um total de 206 audiências ocorridas desde agosto de 2023, com a obtenção de 139 acordos que encerraram processos judiciais, além dos 77 processos de desapropriação encerrados de forma amigável.

Os municípios impactados por esse trecho inicial da FICO, que possui 366 km de extensão são: Mara Rosa, Alto Horizonte, Nova Iguaçu de Goiás, Santa Terezinha, Crixás, Nova Crixás e Aruanã, em Goiás, e os municípios de Cocalinho, Nova Nazaré e Água Boa, no Mato Grosso.

De acordo com Jorge Bastos, diretor-presidente da Infra S.A., estatal responsável pelas desapropriações, licenciamentos ambientais e fiscalização do empreendimento, “a realização de uma obra grandiosa de infraestrutura traz resultados positivos para a logística nacional, mas certamente impacta a vida de quem vive nas proximidades do empreendimento. A iniciativa dos mutirões trouxe agilidade ao processo e permitiu que os expropriados, em sua maioria produtores rurais, pudessem discutir aspectos que vão além da indenização para os trechos desapropriados.”

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Agora, a perspectiva é de que as obras desse primeiro trecho da FICO sejam entregues pela Vale até 2028. É nesse primeiro trecho que a ferrovia se conectará com a Ferrovia Norte-Sul, ligando a região produtiva do Vale do Araguaia a portos como Santos/SP e Itaqui/MA.

Para o diretor de Empreendimentos da estatal, André Ludolfo, os mutirões proporcionaram a resolução de questões que poderiam se arrastar por muitos anos. “O país espera pela FICO e nosso papel até aqui foi o de viabilizar sua execução por meio da obtenção de Licenças Ambientais e Desapropriação da forma mais eficiente possível. Os trilhos que serão utilizados na ferrovia já estão no canteiro de obras e a liberação dessas áreas conclui uma etapa muito importante para o andamento do projeto”, afirmou.

Modelo será replicado

A realização de mutirões de conciliação poderá ser adotada também em outros empreendimentos em andamento conduzidos pela Infra S.A., como a segunda etapa da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL II), ou em planejamento, como é o caso da Ferrovia Transnordestina no trecho que liga Salgueiro a Suape, em Pernambuco, a partir de alinhamentos a serem realizados com centros judiciais de conciliação nessas localidades.

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Escuta ativa da população impactada

Durante os mutirões de desapropriações promovidos pela Infra S.A., a empresa pública abriu espaço para a comunidade local expressar dúvidas, reclamações e sugestões, por meio do projeto Ouvidoria Itinerante. Para a ouvidora, Ladjane de Mello, a iniciativa convida a população afetada pela ferrovia para participar de todo o processo.

“A Infra S.A. tem a preservação do interesse público como missão e, por isso, quer ouvir o ponto de vista do usuário de serviços públicos a fim de sempre aprimorar nossos procedimentos para, ao final, realizarmos ótimas entregas”, afirmou.

Sobre a FICO

As obras do trecho entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT) da FICO são executas como contrapartida da prorrogação antecipada do contrato de concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas celebrado com a Vale. Além da execução dessa obra, outra responsabilidade assumida pela Vale foi o fornecimento de trilhos para a construção da FIOL II, obra conduzida pela Infra S.A. na Bahia.

Após a conclusão da FICO pela Vale, a Infra S.A. poderá realizar a subconcessão do ativo à iniciativa privada, captando recursos que serão aplicados na malha ferroviária do Brasil.

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