MEIO AMBIENTE
MT pode atingir temperaturas de 50°C e Centro-Oeste deve se tornar inabitável em pouco tempo, diz pesquisadora
Ana Paula Paes apontou que o estado sofreu com oito ondas de calor, com variações de cinco a dez graus acima da média, neste ano.

A pesquisadora Ana Paula Paes projetou que Mato Grosso pode registrar até 50°C em pouco tempo, se nada for feito para diminuir as consequências do aquecimento global. O cenário crítico foi apresentado durante o 1º Seminário de Mudanças Climáticas, realizado pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJMT) em colaboração com a concessionária de energia (Energisa), em Cuiabá, entre segunda e esta terça-feira (1º).
O objetivo do seminário é discutir e colocar em prática, ações para tratar a emergência climática atual. Ana ainda revelou que o clima está deteriorando cada vez mais rápido num caminho para condições extremas e regiões como o Centro-Oeste, provavelmente, se tornem inabitáveis entre 2030 e 2050.
De acordo com a pesquisadora, que tem doutorado e pós-doutorado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o estado sofreu com oito ondas de calor, com variações de cinco a dez graus acima da média, neste ano.
Ela apontou também, que 2023 foi considerado o ano mais quente de todos os tempos no mundo e 2024 pode superar, já que em setembro do ano passado, temperaturas acima dos 40°C duraram até uma semana, enquanto neste ano, praticamente o mês inteiro ultrapassou a marca.
No dia 22 de setembro, Cuiabá bateu recorde de temperatura pela sétima vez em menos de dois meses com 43,1°C, se tornando a cidade mais quente do Brasil, segundo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Impacto financeiro
Outro efeito apontado pela pesquisadora é o aumento da conta de energia elétrica, já que o consumo de energia é elevado em até 60%, pelas ondas de calor causarem maior esforço de equipamentos de refrigeração. A falta de chuva também aumenta o uso de fontes mais caras de geração de energia, as termelétricas.
A chegada da Primavera

Com o início da primavera, as chuvas começam a chegar na região Centro-Oeste. Meteorologistas apontam que, a temperatura extrema e ondas de calor podem potencializar os temporais.
De acordo com a meteorologista Josélia Pegorim, a partir de outubro, as pancadas de chuva devem acontecer, porém o volume será abaixo do normal e o calor não deve dar trégua.
“A primavera de 2024 será com temperaturas um pouco acima do normal no norte de Mato Grosso e chuva abaixo. A expectativa de que chova menos que o normal, vale não só para o mês de outubro, mas também novembro e dezembro”, explicou.

Cidades
Nova frente fria traz chuva superior a 100 mm e alerta de temporais durante a semana
Primeiros dias úteis de fevereiro devem trazer clima severo a grande parte do país. Confira a previsão do tempo entre os dias 3 e 7.


Sul
Não chove na maior parte do Rio Grande do Sul e o calorão continua na Fronteira Oeste gaúcha. Risco de chuva moderada no litoral norte e na serra do estado.
Chove em forma de pancadas em Santa Catarina. Risco de temporais no leste e litoral do Paraná. O tempo começa a virar na região a partir de quarta-feira (5) com o avanço de uma nova frente fria levando chuva e temporais para quase todas as áreas do Sul.
Em cinco dias, o volume de chuva deve chegar a aproximadamente 100 mm nas faixas lestes catarinenses e paranaenses, o que pode causar alagamentos e transtornos nos trabalhos em campo. No Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e oeste do Paraná o acumulado da semana varia entre 30 mm e 50 mm.
A tendência é que o mês de fevereiro seja chuvoso em todos os estados, o que pode ajudar no enchimento de grãos de algumas lavouras, especialmente em Santa Catarina e no Paraná, mas também pode trazer impactos devido ao excesso de umidade.
Sudeste
A semana ainda começa instável com frente fria se deslocando na altura do Sudeste. Chove a qualquer momento em São Paulo e no Triângulo de sul de Minas Gerais com risco alto de temporais, em volumes que podem chegar a 100 mm, o que deve gerar estado de atenção. Não chove no nordeste mineiro e nem no Espírito Santo.
No Rio de Janeiro, Espírito Santo e centro-norte de Minas Gerais, semana mais ensolarada, com chuva acumulada de até 15mm. O produtor deve aproveitar a janela de tempo firme para realizar o manejo do solo e o tratamento fitossanitário, principalmente nas lavouras de café da região.
Centro-Oeste
Não chove no oeste e sudoeste de Mato Grosso do Sul, mas as pancadas continuam nas demais áreas do estado. Dia de sol, temperaturas altas em Campo Grande e chuva à tarde, típico do verão. Tempo mais instável no centro-leste e norte de Mato Grosso e no estado de
Goiás.
Semana ainda chuvosa em território mato-grossense e em Goiás com acumulados superiores a 100 mm em cinco dias, o que continuará atrasando a colheita da soja e a semeadura do algodão e do milho segunda safra. Em Mato Grosso do Sul, na porção sul, leste e nordeste do
estado, a chuva da semana gira em torno de 50 mm, mantendo a boa umidade do solo
sem prejudicar os trabalhos em campo.
Já na porção oeste e noroeste do estado, a chuva deve variar entre 10 e 20 mm, o que ainda ajuda na reposição hídrica do solo e alivia o calorão na região.
Nordeste
Muitas nuvens e chuva a qualquer momento no sul do Maranhão, Piauí e oeste da Bahia. Chove em forma de pancadas com risco para raios no litoral maranhense e no Ceará. Pancadas mais irregulares com moderada intensidade nos litorais do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco e da Bahia.
Em cinco dias a chuva é mais volumosa no estado do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, centro norte do Maranhão e centro norte do Piauí com 80 mm, o que prejudica os trabalhos em campo nestas regiões que o solo se encontra com excesso de umidade. No sul maranhense, centro sul do Piauí, leste e oeste da Bahia, o acumulado da semana é de, aproximadamente, 20 mm.
Na porção central do território baiano, a semana é mais seca, pois a chuva acumulada não deve chegar a 5 mm, provocando estresse hídrico nas lavouras de sequeiro.
Norte
O tempo fica mais ensolarado pela manhã em Manaus, mas chove forte à tarde. Pancadas a qualquer momento no sul do Amazonas, no Pará, Tocantins, Amapá e em Rondônia, com risco alto de temporais.
Semana chuvosa nos estados do Pará, Amapá, Roraima, Rondônia, Acre e Amazonas com volume superior a 100 mm em cinco dias, prejudicando os trabalhos de campo em todas as regiões. Porém, em Tocantins, a chuva deve dar uma trégua nos próximos dias, com acumulado previsto entre 20 mm e 30 mm.
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