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LEVANTAMENTO

Metade das escolas de MT não tem internet banda larga; 17 não têm banheiro e 7 não possuem energia

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Das 767 escolas estaduais, 33 não possuem esgoto sanitário e 8 não têm água potável.

Um levantamento do Instituto Rui Barbosa, com base no Censo Escolar 2020 divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostra que 49,15% das escolas estaduais de Mato Grosso não possuem internet banda larga para auxiliar os alunos nos estudos. Além disso, 66 escolas não têm água potável para consumo.

A pesquisa reúne dados como falta de internet, internet banda larga, falta de banheiros, esgoto, água, água potável, energia e falta de pátio ou quadra coberta. De acordo com o Instituto, a pesquisa é feita com base no Censo Escolar que é respondido anualmente pelas secretarias de educação de cada município. Todos os dados são autodeclaratórios. A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou que vai se manifestar sobre o estudo, por meio de nota.

Mato Grosso

O estado tem 767 escolas estaduais, com 361.454 alunos matriculados. Cerca de 29 escolas não possuem internet, e 377 não têm internet banda larga.
Além disso, 17 não possuem banheiros. Nelas, estudam 3.445 alunos, que não têm onde fazer as necessidades fisiológicas. Outras 33 não possuem esgoto sanitário, 8 não têm água potável e 7 escolas não têm energia.

Mais de 34 mil alunos não têm acesso à água potável nas escolas e 228 unidades escolares não possuem pátio ou quadra coberta para as atividades. O Censo Escolar ainda categoriza o que é considerado cada item:

Internet: não há qualquer acesso à internet na escola, isto é, não há internet para uso dos alunos, nem para uso administrativo ou da comunidade, e nem para uso nos processos de ensino e aprendizagem;

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Internet banda larga: não há qualquer acesso é internet banda larga na escola, semelhante à variável internet; Banheiro: não há banheiro nas dependências físicas existentes e utilizadas na escola;

Esgoto: não existe esgoto sanitário (rede publica ou fossa);

Água: não tem abastecimento de água (seja rede publica, poço artesiano, cacimba, cisterna, poço, fonte, rio, igarapé, riacho, córrego). Observação: isso não significa dizer que a escola não fornece água potável para o consumo humano;

Água potável: não há fornecimento de água para o consumo humano;

Energia: não possui energia elétrica na escola (seja rede publica, gerador movido a combustível fóssil, fontes de energia renováveis ou alternativas – gerador a biocombustível e/ou biodigestores, eólica, solar e outras);

Pátio ou quadra de esportes coberta: não há pátio coberto nem quadra de esportes coberta nas dependências da escola, espaço que poderia ser uma alternativa para garantir atividades pedagógicas com distanciamento social entre professores e alunos.

Cuiabá

Em Cuiabá, foram avaliadas 73 escolas estaduais, que, em 2020, somadas, tinham 50.667 alunos matriculados. De acordo com o questionário, todas as escolas estaduais localizadas na capital possuem internet, mas 24 não têm banda larga. Além disso, as unidades de ensino têm esgoto, banheiro, energia, água, mas oito não contam com água potável para o consumo dos alunos, professores e administradores da instituição.

Em relação à estrutura, 11 não possuem pátio e quadra de esportes coberta para aulas pedagógicas ou prática de esportes. Em nota, a Secretaria Municipal de Educação, que enviou os dados do Censo Escolar diz que a migração de informações do sistema da pasta para a plataforma do Censo da Educação Básica, no ano passado, foi realizada em meio a pandemia, momento em que os servidores se encontravam em trabalho remoto o que acarretou alguns equívocos na inserção das informações.

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“A Secretaria Municipal de Educação identificou essas inconsistências, e já está já sanando todas elas portanto, no Censo Escolar da Educação Básica de 2021, já estarão atualizadas. No que diz respeito a presença de quadras cobertas esclarece que as modalidades de Ensino oferecidas na rede pública municipal, não necessitam essencialmente dessas estruturas. Mesmo assim, várias unidades foram equipadas com quadras poliesportivas cobertas”, argumenta. Já em Várzea Grande, o segundo maior município de Mato Grosso, 46 escolas estaduais, que possuem 29.709 alunos, ao todo, foram avaliadas. O levantamento identificou que não há internet em uma escola e nem internet banda larga em 15 unidade de ensino.

Além disso, não há esgoto, internet e água potável em uma escola. Doze escolas não possuem pátio e quadra coberta para realizar as atividades físicas e prática de esportes.

Não há falta de energia, banheiros ou água em nenhuma escola. A Secretaria Municipal de Várzea Grande disse que o município reformou 90% das unidades desde o ano passado, mas não comentou o estudo. Todas as unidades possuem internet, sendo que a maioria com cobertura de banda larga.

Olho no Araguaia – G1 MT

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Educação

Mais de 310 mil estudantes retornam às aulas na rede estadual com novas diretrizes nesta segunda-feira (3)

Seduc se prepara para um acolhimento especial e reforça a proibição do uso de celulares nas salas de aula

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A Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) inicia oficialmente o ano letivo de 2025 na Rede Estadual de Ensino nesta segunda-feira, 3 de fevereiro. Neste ano, mais de 310 mil estudantes serão atendidos em 13.621 turmas espalhadas em 627 escolas.

Segundo o secretário de Educação, Alan Porto, na primeira semana de aulas, a atenção de diretores, coordenadores pedagógicos, professores e demais profissionais da educação estará concentrada no acolhimento dos estudantes.

“Nas 13 Diretorias Regionais de Educação haverá muita atenção quanto a proibição do uso de celulares e outras mídias eletrônicas pelos estudantes em sala de aula, biblioteca e outros espaços de estudo”, explica.

O secretário destaca que todos os servidores lotados nas unidades escolares vão contribuir com orientação e a fiscalização, para que a regra estabelecida em lei, sancionada no dia 06 de dezembro de 2024 pelo governador Mauro Mendes, não seja descumprida.

“As equipes psicossociais das escolas e das DREs já trabalham com orientação nesse sentido desde novembro de 2024, quando começamos as discussões acerca da proibição de celulares nas áreas de estudo. Alunos e pais já são conhecedores das regras”, completa.

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Outra novidade para este ano está relacionada ao Novo Ensino Médio, com a proposta de tornar a formação dos alunos mais flexível, permitindo que escolham áreas de aprofundamento de acordo com seus interesses. Essa reformulação visa alinhar o currículo às demandas do mercado de trabalho e às necessidades da sociedade, oferecendo uma educação mais personalizada.

Alan Porto afirma que este será mais um ano de avanços no ensino e na aprendizagem da rede estadual de Mato Grosso. Ele observa que a Semana Pedagógica, realizada em janeiro, pouco antes da volta às aulas, envolveu todas as escolas e suas equipes para alinhamento de diretrizes, estratégias e metas do Plano EducAção 10 Anos.

“Participamos oficinas, palestras e mesas redondas sobre temas estratégicos, como o Sistema Estruturado de Ensino, práticas avaliativas, a integração de tecnologias educacionais, entre outros. Todos os nossos profissionais estão preparados para mais uma volta às aulas após as férias, sobretudo nossos professores”, finaliza.

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