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PROTESTO

Leonardo e AGX: compradores de lotes irregulares em Querência (MT) organizam protesto

Publicado em

– Agência da Notícia

Pessoas que adquiriram lotes irregulares em empreendimentos imobiliários, divulgados pelo cantor sertanejo Leonardo e que são de responsabilidade da empresa AGX, planejam uma manifestação para o próximo mês, em Querência (MT). O protesto ocorreu neste domingo 18 de maio, às 17h, no Lago Betis. 

A organização do ato convidou para participar compradores de terrenos nos empreendimentos Munique Smart Life, Recanto do Suiá e Vista Alegre que se sentiram lesados, que estão sem resposta sobre a procedência dos terrenos ou com ações tramitando na Justiça. Todos esses condomínios foram lançados pela AGX, no município, entre 2021 e 2022, com presença e divulgação do cantor Leonardo.

“Chegou a hora de mostrar nossa união e exigir respeito. Grande parada contra a injustiça! É hora de agir. Você que comprou lote no Munique, Vista Alegre e Recanto do Suiá: é hora de lutar pelos seus direitos. Vamos nos unir e mostrar nossa força. Não caia nesse golpe”, diz o texto do panfleto de divulgação.

O Metrópoles revelou no dia 8 de março deste ano que o cantor Leonardo, ao lado da AGX e do empresário responsável Aguinaldo José Anacleto, são alvos de ações judiciais, movidas por pessoas que compraram lotes nos empreendimentos lançados em Querência e que aguardam uma resposta há anos. Muitas delas, inclusive, já estão com os terrenos quitados.

Prejuízo milionário e lotes irregulares

O prejuízo estimado é de milhões de reais, o que gerou verdadeiro transtorno na cidade. Uma das ações que tramitam na Justiça é movida pela Associação Residenciais Munique, grupo criado para aglutinar em um único processo o caso de 100 pessoas prejudicadas financeiramente pela compra dos tais lotes. A ação tem valor de causa estimado em R$ 2,8 milhões.

Os compradores alegam que o empreendimento Munique Smart Life, lançado há mais de três anos, está parado, em situação irregular e o terreno é objeto de processo de reintegração de posse por parte dos antigos donos. O casal de idosos que detinha o terreno antes da compra feita pela AGX diz não ter recebido o valor total do negócio e exige a retomada do imóvel.

Eles alegam que, do valor acordado em R$ 12,9 milhões, foram pagos, apenas, R$ 4,7 milhões, com atraso evidenciado e cheques sem fundo a partir da terceira parcela, prevista para maio de 2023. Além disso, sabe-se hoje que os residenciais não estariam registrados no Cartório de Imóveis de Querência e que eles ainda não possuem aprovação da prefeitura para comercialização de lotes.

Mobilização

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A organização do protesto iniciou a divulgação do ato com um mês de antecedência para dar tempo de mobilizar a maior quantidade possível de pessoas. Muitos dos compradores que aguardam por resposta não vivem hoje em Querência ou são investidores de outros locais, mas expressaram o desejo de se deslocar até o município para participar da manifestação.

Só no empreendimento Munique Smart Life, são cerca de 800 lotes, e quase todos foram vendidos. Os compradores, sentindo-se vítimas de um golpe, querem a rescisão dos contratos, devolução do dinheiro pago e indenização por danos morais. Além disso, eles pretendem pressionar a prefeitura local por respostas e empenho na luta pela resolução do caso.

Em visita à cidade para lançar os empreendimentos, entre 2021 e 2022, Leonardo e o empresário Aguinaldo Anacleto foram recebidos pelo então prefeito do município, Fernando Gorgen (União Brasil). Em entrevista ao Metrópoles, no dia 11 de março, o político disse que o caso foi “um verdadeiro golpe que deram na população” e que o dono da AGX “agiu de má-fé”.

Procurada pela reportagem, a assessoria de Leonardo informou que o cantor não é sócio, tampouco possui participação nos empreendimentos da AGX, e que ele atuou, apenas, como garoto-propaganda, assim como costuma anunciar em campanhas de empresas e produtos diversos. Além disso, os advogado dele já têm conhecimento do caso e estão tomando as providências cabíveis.

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Já a AGX, de Aguinaldo Anacleto, alega que o projeto do residencial Munique Smart Life “não envolve a venda de lotes, mas sim a captação de investidores por meio de cotas dentro de uma Sociedade em Conta de Participação (SCP), estrutura jurídica devidamente regularizada e em conformidade com a legislação vigente”.

A empresa afirma, ainda, que “um pequeno grupo de investidores, incentivado por um advogado que criou uma associação irregular, ingressou com ações judiciais sem embasamento, distorcendo informações sobre o projeto”. Segundo a companhia, o empreendimento segue em desenvolvimento, apesar da paralisação nos últimos anos. “Eventuais questionamentos jurídicos estão sendo tratados no devido foro competente, com a plena convicção da regularidade dos procedimentos adotados”, aponta a AGX.

Em relação ao processo de reintegração de posse, movido pelos antigos donos do terreno, que alegam atraso no pagamento do valor acordado, a empresa diz que não há decisão judicial definitiva sobre o caso e contesta os argumentos do vendedor da área. Segundo a AGX, ele “fixou o pagamento em sacas de soja e não aceitou a variação do índice conforme determina a lei”.

“A negociação segue judicialmente, mas não há inadimplência reconhecida e a paralisação das obras decorre da inadimplência de investidores, incentivada por calúnias e desinformação”, alega a empresa.

Sobre a participação do cantor Leonardo, a AGX afirma que ele “não tem nenhuma vinculação ou responsabilidade contratual sobre a administração e execução dos empreendimentos em Querência”. O cantor, segundo a empresa, “firmou uma parceria de publicidade, cedendo o direito de uso de sua imagem. Ao firmar essa parceria, ele também apostou no empreendimento, acreditando em seu sucesso, mas não possui qualquer participação ou responsabilidade administrativa nos empreendimentos”.

A parceria com o artista, conforme a AGX, “envolveu o uso de sua imagem e, em contrapartida, a participação em cotas, nos mesmos moldes dos demais clientes”.

 

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Cidades

Lei articulada pelo deputado Nininho e sancionada pelo governador Mauro Mendes e redefine mapa de Campo Verde

Nova lei aprovada por unanimidade na ALMT garante incorporação de seis comunidades e mais acesso a serviços públicos.

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 / Assessoria

O município de Campo Verde acaba de ter seu território oficialmente ampliado com a incorporação de seis comunidades, graças à sanção da lei publicada no Diário Oficial do Estado no dia 16 de maio de 2025. A proposta, de autoria da Comissão de Revisão Territorial dos Municípios e das Cidades da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), presidida pelo deputado estadual Ondanir Bortolini – Nininho –, representa um marco na reorganização administrativa da região da Serra de São Vicente.

A nova legislação põe fim a uma situação de inconsistência territorial entre Campo Verde e Santo Antônio de Leverger, permitindo que comunidades historicamente atendidas por Campo Verde passem, oficialmente, a integrar seu território. A sanção do governador Mauro Mendes consolida um trabalho técnico e institucional articulado ao longo de meses pelo deputado Nininho.

PRESSÃO POPULAR

A proposta foi construída com base em levantamentos técnicos, documentos legais e, principalmente, a escuta ativa da população. Durante o processo, a Assembleia Legislativa promoveu consultas públicas nas comunidades envolvidas, ouvindo diretamente os moradores das localidades da área isolada de Cuiabá.

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A redefinição dos limites foi fundamentada em estudos cartográficos e georreferenciamento realizados em conjunto com o Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat). O mapa atualizado de Campo Verde consta como Anexo I da nova lei e passa a ter validade imediata, conforme o texto sancionado.

Segundo o deputado Nininho, a medida beneficia diretamente centenas de famílias que já eram atendidas por Campo Verde. “As pessoas já se sentiam parte de Campo Verde há anos, porque é de lá que vem o atendimento em saúde, educação e outros serviços básicos. Essa correção territorial reconhece um vínculo que é real e legítimo”, argumenta o deputado Nininho.

DISTORÇÕES CORRIGIDAS

Além de corrigir uma distorção administrativa, a medida promove justiça social e melhora o planejamento e execução de políticas públicas para os moradores das comunidades agora oficialmente campo-verdenses. “Essa é uma vitória da boa política, que ouve as pessoas, analisa os dados e constrói soluções reais. Fico feliz de ver esse projeto sair do papel e virar uma política pública que trará mais dignidade para essas famílias”, enfatiza Nininho.

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O deputado também avalia que a nova configuração fortalece Campo Verde no contexto regional, inclusive com sua recente inclusão na Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá, o que ampliará investimentos e integração entre os municípios.

SEGURANÇA JURÍDICA

A nova lei que redefine os limites territoriais de Campo Verde é um exemplo do trabalho técnico, responsável e participativo que a Assembleia Legislativa, sob a liderança de parlamentares como o deputado Nininho, vem realizando.

A incorporação das comunidades consolida um território mais coerente com a realidade social e geográfica, garantindo mais segurança jurídica, eficiência administrativa e qualidade de vida para os cidadãos.

“Nosso papel como parlamentares é garantir que o Estado funcione melhor para quem mais precisa. A revisão territorial é parte disso: reconhecer onde as pessoas vivem, trabalham e acessam seus direitos. Campo Verde e essas comunidades merecem esse avanço”, conclui o parlamentar.

A ALMT, por meio da Comissão de Revisão Territorial, também firmou cooperação técnica com o Intermat para revisar os limites de todos os 142 municípios mato-grossenses, priorizando regiões com disputas ou inconsistências administrativas.

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